quinta-feira, julho 29, 2004

Estava a ler o "ultima hora" do site do Publico...
 
E encontrei umas passagens muito interessantes. Decidi transcrevê-las e deixar sem comentários - esses deixo-os para quem ler.

"A legislação italiana exige desde há um quarto de século que todas as áreas ardidas sejam registadas e mapeadas. Proíbe também alterações no uso desses terrenos durante 15 anos e construções de edifícios durante dez, e não autoriza financiamentos públicos à reflorestação durante cinco."

"Os presidentes executivos das empresas portuguesas e austríacas são os mais relutantes em divulgar os seus salários e rendimentos, revela um estudo comparativo realizado pela consultora britânica BoardEx.
...
"Não parece haver muita pressão nas empresas portuguesas para que divulguem muita coisa", explicou à Lusa o autor do estudo, Brendan Sheehan."A maioria dos países têm já alguma forma de obrigatoriedade de revelar dados como estes, mas no caso de Portugal - e ainda que não conheça em profundidade a legislação vigente - isso parece não acontecer", sustenta.Sheehan sugere que a falta de divulgação dos rendimentos dos responsáveis das maiores empresas portuguesas poderá dever-se, em parte, ao facto de estas não estarem ainda tão internacionalizadas como as de outros países. "

Comments anyone? Voulez vous dire quelque chose?

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quinta-feira, julho 22, 2004

GRANDIOSA TAINADA, COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ!!!

Sábado, dia 24 de Julho, a partir das 18h, decorrerá uma grandiosa sardinhada e afins, na casa dos Arosos - Rua Brigadeiro Correia Cardoso 310 2º, Santo António dos Olivais, Coimbra. Na convocatória para já planeada constam:

  • sardinha assada à tainador
  • salada mista, um misto de alface, tomate, cebola, pimento, pepino e temperos
  • pão alentejano e broa (de qualquer lado, não somos esquisitos)
  • Azeitonas, das boas
  • Vinho tinto e branco a rodos... mais o tinto, para acompanhar condignamente a sardinha
  • cerveja, para os apreciadores desse néctar maravilhoso
  • sumos, para as gajas e para os rotos
  • água, del cano, que é a mais cara
  • sobremesas a designar
  • música e boa disposição

Para todos os leitores deste maravilhoso blog, estende-se já o convite de participação neste magnifico evento (custo de participação 5€) com tudo à descrição até acabar. A organização agradece que compareçam até às 19h do próprio dia, ou façam marcação pelo telefone 963432238 ou e-mail (paulo.aroso@zmail.pt).

AVISO: Este anúncio é mesmo para levar a sério, não é brincadeira! Quem não souber onde é a rua, procure nas páginas amarelas, em mapas na net, em programas tipo autoroute express, pergunte ao Julio ou, simplesmente telefone e pergunte onde é.  

AVISO Nº2: Como não há neve nesta altura do ano, não haverá girafas. O strip também não está previsto para essa data.  

AVISO Nº 3: Não temos advérbios de modo, pronomes pessoais, nem moelas. A possibilidade de um aperitivo não está colocada de parte. É proibido o pagamento com miminhos.  

AVISO Nº4: Preço especial para Deus(es) (de qualquer tipo de religião), santos padroeiros, anjos e arcanjos: 15€ - é que essa malta é um bocado má onda, está em todo o lado e a luz das auréolas incomoda um bocado. E as penas no assador?!  

Não percam esta oportunidade!!! Amanhã já não há!!! Não é todos os dias!

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, julho 19, 2004

Momento Político - uma opinião pessoal
 
Após a passagem desta pequena instabilidade, resolvida habilmente pelo Presidente da Républica, o unico que foi imparcial nesta história toda, permito-me a tecer breves comentários sobre o que se passa e passará no futuro. Realço que este futuro que falo é a minha humilde opinião, somente, e não se trata de nenhuma visão num qualquer sonho como tive durante o Euro 2004.
 
Como é normal, pelo menos em Portugal, os responsáveis de cada partido pensaram primeiro nos seus camaradas de partido, nos "boys" e possiveis tachos, no assumir de poder, e na influência ou não que poderiam ter junto do Presidente da Républica. Jorge Sampaio mostrou ter coragem, uma coragem que os militantes do PS, seu partido, nunca acreditaram que ele tivesse, já desde a altura em que ele foi secretário geral do partido. Dessa forma tornou-se, na sua acção governativa, como o Presidente da Républica mais imparcial que me lembro - Mário Soares aproveitou o seu segundo mandato (como seria o ultimo) a mostrar a sua antipatia pelo governo de Cavaco Silva e vetava e criticava por dá cá aquela palha, o que serve para perceber do sentido de democracia desse e outros senhores como ele: é bom desde que seja bom para mim pessoalmente e, em segundo lugar, para o país.
 
O maior partido da oposição, Partido Socialista, perdeu todo este tempo de consulta do Presidente da Républica, a juntar as suas fileiras, a preparar as eleições legislativas e a ver quem teria mais valor para assumir cargos governativos. Desde o despoletar da crise foi ver o corre-corre dos militantes rosa para as sedes, os telefonemas, os sorrisos, e a preparação dos vários caciques. Como lhe competia, Ferro Rodrigues foi dando a cara em vários jogos do Euro, sendo quase sempre entrevistado para a televisão. Ele, Durão Barroso, Jorge Sampaio e José Luis Arnaut foram os politicos entrevistados a maioria das vezes, nunca ninguém se referindo aos outros lideres partidários, o que é uma grande vergonha da comunicação social. Na hora dos resultados viu-se que Jorge Sampaio não é um lacaio do partido e que trabalha para Portugal, ao contrário da maioria das bases partidárias dos principais partidos politicos, e Ferro Rodrigues, vexado, demitiu-se porque viu que não basta ser-se amigo para mudar opiniões. Foi uma grande lição aprendida (espero) pelos militantes do Partido Socialista.
 
Ana Gomes não aprendeu a lição e, mais uma vez, voltou a não ter papas na língua. Mais uma vez revelou a sua falta de educação e falta de bom senso na forma como falou do seu arrependimento. O seu desabafo/estupidez pode-lhe valer muitas antipatias mesmo dentro do partido, e junto de muitos militantes ou indecisos. Os anos que passou em contacto com os indonésios do regime de Suharto deixaram mossa... ou então os sorrisos pepsodent da altura eram mesmo cinismo a esconder uma personalidade politiqueira e trampolineira.
 
Disse que ia ser breve mas alonguei-me. Para terminar resta-me dizer que, infelizmente, a politica cada vez se assemelha mais ao futebol: primeiro era na forma aguerrida como os militantes se "agarravam" à bandeira e camisola do partido, estando-se nas tintas para se se faz ou não o melhor para o país... desde que se consiga um bom cargo, um bom salário, empregos para familia e amigos mais próximos, carros e plafonds de cartão de crédito, tudo vale; agora reparo numa nova aproximação ao quotidiano futebolistico: os "treinadores de bancada" que dizem que este e este não deviam ter sido "convocados", que haveriam pessoas melhor colocadas para o cargo. Simpatizo com Santana Lopes, confesso, mas pela obra recente dele acho-o muito despesista. Porém espero, para bem do país, que ele se saia tão bem como o Scolari à frente da selecção, e passe de besta a bestial. É que há muita gente, desde analistas a cabeças de partido, a gente anónima, que está a precisar de perder a arrogância e a que "o tiro lhes saia pela culatra".
 
 
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

domingo, julho 18, 2004

Interludio de poesia: Eu e ela, Cesário Verde
 
"Eu e ela
 
Cobertos de folhagem, na verdura,
O teu braço ao redor do meu pescoço,
O teu fato sem ter um só destroço,
O meu braço apertando-te a cintura;
 
Num mimoso jardim, ó pomba mansa,
Sobre um banco de mármore assentados.
Na sombra dos arbustos, que abraçados,
Beijarão meigamente a tua trança.
 
Nós havemos de estar ambos unidos,
Sem gozos sensuais, sem más ideias,
Esquecendo para sempre as nossas ceias,
E a loucura dos vinhos atrevidos.
 
Nós teremos então sobre os joelhos
Um livro que nos diga muitas cousas
Dos mistérios que estão para além das lousas,
Onde havemos de entrar antes de velhos.
 
Outras vezes buscando distracção,
Leremos bons romances galhofeiros,
Gozaremos assim dias inteiros,
Formando unicamente um coração.
 
Beatos ou pagãos, vida à paxá,
Nós leremos, aceita este meu voto,
O Flos-Sanctorum místico e devoto
E o laxo Cavalheiro de Flaublas... "       
                  Cesário Verde
 
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, julho 12, 2004

Considerações de um cidadão que preza a democracia

Não pretendo, com este post, bater na decisão do Presidente da Républica, mas sim dar a minha opinião sobre ela. Primeiro acho que o Presidente tomou a decisão mais acertada para o bem do pais, não em termos de politica seguida pelo governo, que é discutivel, mas em termos de estabilidade geral do país. Senão vejamos: estamos a ter os primeiros indices de retoma, ainda timidos; acabou agora o Euro que foi um sucesso retumbante, conseguido pela união de todo um povo em torno de um objectivo - onde já se viu em qualquer evento desportivo um acompanhamento da sua selecção, os festejos apaixonados de outros povos pela vitoria da sua selecção, o sorriso por receber bem e dar tudo para que se sintam em casa? - e que devemos ficar bastante felizes por isso; temos compromissos europeus a cumprir, e somos olhados como um país capaz, organizador, discilpinado e obstinado. Marcar eleições antecipadas agora iria fazer perigar tudo o que foi conquistado.
Explico melhor a minha opinião: felizmente nasci e vivi dentro de um periodo democrático; entendo a democracia como a melhor forma que o povo tem de mostrar o seu descontentamento usando os meios ao seu dispor - eleições. Sou contra qualquer tipo de perturbação à ordem publica e de insubordinação contra as instituições democráticas e forças de segurança. Acho que os mandatos saidos das eleições devem ser cumpridos até ao fim a não ser que os mais votados se declarem incompetentes para o cumprimento desse prazo (como aconteceu com o Engº Guterres). Assim sendo torna-se lógico: o primeiro ministro demite-se para assumir um cargo de extrema importancia na hierarquia europeia; o partido mais votado, a governar em maioria, declara-se competente para cumprir o mandato na coligação formada; o presidente da républica, mais alta figura de estado, e com poder decisor, decide tomar uma decisão imparcial, de dar confiança dentro de determinadas premissas, aos partidos da coligação. Cumpriu-se a democracia! O que houve de errado?
O errado na historia toda é uma questão de respeito pelas instituições democráticas e de amnésia geral: apos as eleiçoes europeias os partidos da oposição viram fragilizada a coligação governamental; sentindo o cheiro de saida do primeiro ministro, o PS e o PCP começaram a imaginar-se no poder, somaram os resultados das Europeias, e toca de pressionar Belém para lhes proporcionar uma retumbante vitória. Afinal o Presidente da Républica é um socialista e não vai renegar o seu passado. Alguma semelhança com o apelo ao clientelismo que estes partidos dizem combater na Assembleia?
O que interessou na opinião destes senhores foi a vitoria do partido, e nao o bem estar do país; isso viu-se após a decisão, a forma revoltada como os meninos mimados reagiram, não respeitando a decisão do presidente e emitindo opiniões não só desrespeitosas às instituições democráticas como despeitadas e absurdamente estupidas. O mais contido ainda foi o Ferro Rodrigues, mas que ao admitir uma derrota pessoal transmite o clientelismo que já falei.
A democracia funcionou, e é de aplaudir; as instituições democráticas souberam resolver o problema, e quer se goste quer nao deste governo e da sua acção, nas eleiçoes legislativas vota-se um partido e nao uma pessoa; o partido continua lá, a pessoa é que se foi embora; o partido diz que tem alternativas para governar, então cheguem-se à frente! Se o Engº Guterres e o PS não tiveram os mesmos tomates em 2002 é problema deles, porque o Presidente disse que iria pelo caminho da estabilidade, que seria pedir ao PS para indigitar um novo primeiro ministro. Memória curta para os que hoje batem em Belém, é que o PS disse que nao tinha condições para governar.
Na minha optica, daqui a dois anos teremos eleições. Nessa altura faça-se a devida justiça! Quem está descontente agora estará daqui a dois anos, pelo menos na maioria. Então demonstrem-no e não fiquem em casa, a preencher os abstencionistas! Votem, nem que seja em branco, mas votem!
Ou pensam vós que se houvessem eleições, sendo um governo de esquerda, ia logo retirar todas as leis aprovadas por este governo, como primeiro acto de governação? Como diz Jorge Sampaio: o país precisa de estabilidade! E isso nao se consegue mudando radicalmente as politicas de dois em dois anos!
Afinal quem precisa de crescer são os politiqueiros esfomeados de esquerda, que já tinham a militancia toda preparada para o assalto aos cargos publicos...
Deviam ter vergonha, senhores!

Ultimamente tenho votado no Bloco de Esquerda porque acho que o Parlamento só com quatro forças politicas torna-se amorfo e retrógrado. Tinha razão: o Bloco trouxe mais cor, mais trabalho, mais discussão. No entanto entrou também no autocarro rápido do insulto nesta situação. Fiquei triste, porque os achava diferente. Também padeço de memória curta, mas posso não me esquecer deste passo em falso, e não sei se manterei a confiança nesta força politica, apesar de saber todo o trabalho que têm feito. Mas democraticamente devo demonstrar o meu desagrado no local proprio: na Urna de Voto!
Até lá, então...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

sexta-feira, julho 09, 2004

"Espalhem a notícia" - Sérgio Godinho

"Espalhem a notícia
do mistério da delícia
desse ventre
espalhem a notícia do que é quente
e se parece
com o que é firme e com o que é vago
esse ventre que eu afago
que eu bebia de um só trago
se pudesse

Divulguem o encanto
do ventre de que canto
que hoje toco
a pele onde à tardinha desemboco
tão cansado
esse ventre vagabundo
que foi rente e foi fecundo
que eu bebia até ao fundo
saciado

Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher

A terra tremeu ontem
não mais do que anteontem
pressenti-o
o ventre de que falo como um rio
transbordou
e o tremor que anunciava
era fogo e era lava
era a terra que abalava
no que sou

Depois de entre os escombros
ergueram-se dois ombros
num murmúrio
e o sol como é costume foi um augúrio
de bonança
sãos e salvos felizmente
e como o riso vem ao ventre
assim veio de repente
uma criança

Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher

Falei-vos desse ventre
quem quiser que acrescente
da sua lavra
que a bom entendedor meia palavra
basta é só
adivinhar o que há mais
os segredos dos locais
que no fundo são iguais
em todos nós

Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher"

Adoro esta musica, tem uma letra fantástica!

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quinta-feira, julho 08, 2004

O seu a seu dono - agradecimento especial

Para quem leu o meu ultimo post terá reparado os elogios e agradecimentos que faço a toda a equipa do jornal universitário A Cabra. Porém esqueci-me de mencionar um nome, que está incluida junto com a equipa, mas que será justo mencionar à parte.
Foi ela que teve a ideia, em sabendo através do meu mano caçula que ia para Erasmus, de me propor a escrita das crónicas. Casualmente já nos tinhamos cruzado durante a Latada 2003, por ocasião de uma entrevista dada ao site d'A Cabra, estava eu como responsável da barraca do NEEMAAC (Núcleo de Estudantes de Engenharia Mecânica da AAC), com Martini Bianco - e promoções inovadoras como o fantástico Beijo Lésbico! Na altura trocou o meu nome e, curiosamente, apareci como Miguel Aroso, nome do meu mano mais velho (coincidência!) mas daí não resultou qualquer problema. E se a promessa da oferta do Martini foi cumprida, a proposta de experimentar a promoção do Beijo Lésbico foi, com muita pena nossa, declinada.
Refiro-me à Rita Dellile, com quem falei apenas dessas vezes. Estendo então os meus agradecimentos à Rita por me ter ajudado a cumprir um dos meus sonhos, de tornar a minha escrita visivel para uma grande comunidade.

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

terça-feira, julho 06, 2004

Retorno à Pátria amada...

Para todos e todas aqueles que me conhecem e que me sabiam ausente, saibam que ja voltei. Era notorio que estava em Paris devido ao teor das minhas ultimas contribuições para este espaço, que deixou de ser um local de critica como foi concebido, para ser uma forma de contacto com todos os que me eram mais proximos, ou anonimos que se decidiram em ver o que estava para aqui escrito.
Infelizmente, por falta de tempo, nao pude enviar a ultima cronica para o jornal universitário "A Cabra". Foi-me impossivel enviar anexos na ultima semana em Paris, e no ultimo dia possivel, ja cá em Portugal (no dia 30 de Junho, dia memoravel), recolhi-me egoisticamente para junto daqueles com quem ja nao compartilhava de belos momentos, ja fazia uns meses. Penso que nao me levarao a mal.
Gostaria de agradecer aqui, publicamente (ja que qualquer pessoa pode ler este espaço), ao João Pereira, editor do Jornal Universitário A Cabra, e responsável pelo site www.acabra.net, que consta nos meus links, a oportunidade por fazer uma coisa que adoro e que sempre tive interesse em fazer: escrever um artigo de opinião. Agradecer também ao meu mano caçula, o João, que neste momento faz parte da redação do mesmo jornal (e que muito gosto me dá por ter insistido com ele, desde que entrou na universidade, em participar neste projecto), que me apresentou às pessoas do jornal. Espalhar este agradecimento a todos os que tornam possivel a edição escrita do jornal, muitos deles estudantes de Jornalismo na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, outros apenas estudantes na mesma universidade e que têm gosto em participar num projecto que vive do voluntarismo de uns quantos benfeitores, que prescindem do seu precioso tempo para criar algo de novo e de fantástico. Com isto endereço-me também a quem coloca no ar o site, de grande qualidade e com noticias praticamente na hora, com toda a informaçao actualizada sobre a academia e uma boa fonte de noticias para quem vive a Universidade, a Académica, e está longe de casa.
A maioria das pessoas que consulta este blog de tempos a tempos serão, concerteza, meus amigos de sempre, que sempre vejo e acompanham, familiares proximos. Porém, e apesar de nao ter o sucesso de visitas que o Enjohnny (do meu mano caçula, um blog de grande qualidade) tem, penso que muitos anonimos o visitam, lêem as minhas opiniões e guardam para si uma critica. Um dos objectivos ao fazer este projecto era o de tentar obter um feedback de quem visita, numa primeira fase deixando o meu endereço de e-mail, e depois acrescentando comentários. Esse objectivo ainda nao foi atingido plenamente por haver poucos comentários. Compreensivel porque muita gente lê e passa a outro site, continuando a sua navegação; aconteceu-me varias vezes em Paris, querer reagir a algo e nao ter paciencia para o fazer, porque tinha passado o dia a trabalhar e limitava-me a ler o que os outros tinham escrito. Mesmo assim penso que, com o tempo e com a continuação da minha escrita, que esse objectivo pode ser atingido.
Nas ultimas semanas tive bastantes visitas mas nao actualizei. Vou-me esforçar para escrever mais vezes, e coisas de interesse, de modo a manter a temática. Possivelmente o proximo post será a ultima crónica que tinha preparado para A Cabra, ainda nao tenho a certeza.

Certeza tenho que este projecto é para continuar. Outros projectos surgiram na minha cabeça neste meio tempo, so nao sei como os vou concretizar: se através de um site, se através de um blog. Para quem me conhece nao será dificil descobrir do que se trata: mostrar as maravilhas do Antigo Egipto, que tive oportunidade de observar uma parte no Museu do Louvre (e fiquei ainda mais impressionado com a sua magnificência), e que tenho tido oportunidade de ler de vários historiadores. É um mundo maravilhoso, muito diferente daquele que nos foi pintado na disciplina de História.

Termino, por hoje, com uma saudação muito especial quanto estranha. A Endovélico, esse deus que foi venerado por várias tribos Lusitanas durante a ocupação romana, e durante o tempo de Viriato. A Endovélico porque tal como Viriato o povo português deixou de lado todo o seu pessimismo, todos os problemas politicos e económicos, todas as intrigas e mesquinhices provocadas por politiqueiros, trampolineiros, sociologos de má rês que acham parolos a ostentaçao dos simbolos nacionais, empunhou a sua nacionalidade, voluntarismo, alegria e emoção, e foi à luta. Curou as feridas da selecção apos a primeira derrota da mesma forma que uma mãe trata das feridas do filho que cai; deu-lhe força e apoio para o proximo embate, enquanto que acolhia, alimentava e apaixonava todos os outros povos que se dirigiram a Portugal a acompanhar a sua equipa nacional, e que sairam com Portugal no coração - conquistados pelo carinho, pela mostra espectacular de amor que dedicamos aos nossos jogadores, por todas as bandeiras que mostramos com orgulho e sem medo que outros achassem parolo.
Portugal é um gigante. Demonstrou-o com os descobrimentos, periodo de auge de um povo que nao está habituado a luxos nem a riquezas, mas que precisa de alegrias para viver. Alegrias para renascer. Acordaram o gigante, assim o espero!
A Endovélico, então...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt