terça-feira, maio 31, 2005

Porto Covo, by night...

(foto: Paulo Aroso Campos Posted by Hello)

Singela homenagem a um lugar bonito e cuidado e maravilhoso; às gentes simpáticas que sabem acolher, receber, e que de sorriso nos lábios nos incentivam a re-visitar.
Porto Covo, a praça central, em dourado ouro. Defeito da imagem ou realidade do local?
... linearmente dependente...
Zambujeira do Mar...
e o sol vai recolhendo aos aposentos...

(foto: Paulo Aroso Campos Posted by Hello)

Olhei-te de norte, distinto. Sussurrado por ti, Deus Sol, que abrasaste a minha pele e indicaste o local de repouso: Zambujeira do Mar, a flor de lótus que seria o tímido descanso, o leve banhar, o salgar da pele na aquecida água oceânica. A água da separação, a água da reconciliação.
Invejo-te e tenho vergonha. Porque não sou quente como tu, ó Sol que nos banhas; porque te deitas nas calmas águas atlântidas e és envolvido dormente adormecido sem morreres ou te afogares; porque atrás de ti vem uma Lua reluzente que te procura te ama te quer e por ti ilumina o mortal...
Mostro as imagens porque não posso descrever o que me vai na alma, como corre o sangue nas veias. Só tu o sabes, porque a ti o canto e conto.
Iluminante, quente, iluminado, adorado, desejado... dourado como os desejos e como os deuses!
Para sul... cabo sardão

(foto: Paulo Aroso Campos Posted by Hello)

A névoa esconde o que o olhar humano persegue. O sul, ambicionado por muitos, escondido para a maioria. Lá mil desejam estabelecer-se e aproveitar as maravilhas, as delicias, os prazeres...
Inigualável, inatingível. Só por imagens, não pelo homem.
O sul... para além da Taprobana...

segunda-feira, maio 30, 2005

Sopro

Vejo o sopro da vida na cadência do vento, frio ou quente, presente.
Ouço a voz, o murmúrio dos elementos que acompanham e que alimentam a imaginação fértil (ou mórbida ou fétida ou negra... ou livre ou colorida ou apaixonada).
Tento ver na cor dos teus olhos...
Procuro perceber e pensar e imaginar e sonhar com o significado das tuas palavras e expressões e sorriso e gestos e...
... vida...
Enfim, tento ser eu; somente eu, simplesmente eu...

Audioslave - Be Yourself
By Audioslave

Someone falls to pieces
Sleeping all alone
Someone kills the pain
Spinning in the silence
to finally drifts away
Someone gets excited
In a chapel yard
Catches a bouquet
Another lays a dozen
White roses on the grave

Yeah
And be yourself is all that you can do
Yeah
To be yourself is all that you can do

Someone finds salvation
In everyone
Another only pain
Someone tries to hide himself
Down inside himself he prays
Someone swears his true love
Until the end of time
Another runs away
Separate or united
healthy or insane

And be yourself is all that you can do
All that you can do
To be yourself is all that you can do
All that you can do
To be yourself is all that you can do
All that you can do
To be yourself is all that you can do

Even when you paid enough
been put upon
Or been held up
Every single memory of
Good or bad
Traces of love
Don't lose any sleep tonight
I'm sure everything will end up alright
Even with love
Be yourself is all that you can do
Yeah
To be yourself is all that you can do
Oh
To be yourself is all that you can do
All that you can do
To be yourself is all that you can do
All that you can do
To be yourself is all that you can
To be yourself is all that you can
Be yourself is all that you can do

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

domingo, maio 29, 2005

"Cursos mais difíceis são medicina, artes e engenharias
Ensino superior: Um em cada cinco alunos procuram apoio psicológico já pensou no suicídio"
Titulo in "O Público Online"


Confesso que já abordei o suícidio, em tempos idos e não após os fracassos universitários. Passou-me da ideia porque vi que desistir da vida é que era cobardia e não o querer viver. Não é preciso ter coragem para tirar o sopro que nos faz viver, pelo contrário! A falta de coragem é que nos leva a encarar esse ultimo passo.
A vida não é justa, e encara-se isso à medida que vamos crescendo, ganhando e construindo personalidade. Esta faz-se dos sucessos, dos fracassos, das experiências e dos modelos que tomamos e assumimos como influências. Desistir, deixar para trás toda esta vivência com o infortunio, com o acaso, com a experimentação, com a probabilidade, isso é cobardia. Arriscar viver e arriscar ser feliz e procurar as coisas boas da vida, as vitórias, os sorrisos, a alegria, a amizade, o amor...
... sim, para isso sim, é necessário coragem!
Vive, luta, transforma... já que chegaste a este processo de evolução natural - só os fortes sobrevivem, e estamos vivos, logo... (?!)
(por motivos óbvios de espaço encurtei a letra da musica... quem conhece percebe porque pensei nela ao escrever este post.)
Gabriel Pensador - Dentro De Você
by Gabriel,o Pensador
...
Pois todo mundo é igual e no fundo nós somos crianças
Aprendemos a dar importância às diferenças mas não percebemos
nossas semelhanças
Vivemos no mesmo planeta e ainda somos estranhos no mesmo ninho

Procuramos etês e cometas mas não conhecemos os nossos vizinhos
...
Aprenda a viver
Descanse quando morrer
Tudo que você precisa está dentro de você
...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

sexta-feira, maio 27, 2005

Por falta de:
- tempo;
- imaginação;
- paciência;
- paixão;
- inovação;
- audácia;
- obstinação;
- teimosia;
- tudo;
- nada;
e, acima de tudo, por:
- não querer deixar o blog sem qualquer tipo de actualização,

deixo mais uma letra de musica que ouço frequentemente e que adoro.
Tem:
- tudo o que escrevi acima e que me falta neste momento, e
- tem significado.
Como todas as boas coisas que recordamos e guardamos na memória - momentos Kodak - mesmo se tirados com outra marca.

l'éspèce humaine
Luke

tu as le regard de courses que l'on perd
comme tant d'autres que toi
amis révolutionnaires!
est-ce que le fou est devenu roi

tu as le sourire de sangles que l'on sert
de cette âme qu'on nettoie
au fond qu'est-ce que l'on espère
que sous l'immonde on ait de quoi

entre tes mains
l'espèce humaine
voudrait briller sous d'autres peaux
elle s'insurge puis vocifère
viens voir fleurir ce tombeau
où l'on crie libre mais solitaire
à la faveur de l'étau(à l'ombre de l'étau)

j'ai crié ce silence d'insoumis
sous le feu de sabbat(sous les banquets de sabbat)
on est à genoux devant l'oubli
mais debout devant les rois

j'ai rêvé de frontières endormies
moi ce chien qu'on abat
on me vends du rêve et de la pluie
de la mort et du visa
refrain

tu as le regard de courses que l'on perd
de l'argent qui nettoie
amis révolutionnaires!
le fou est devenu roi

refrain



Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

terça-feira, maio 24, 2005

Todos temos máscaras. Uns que usam mais, outros que usam menos; outros que ficam verdes quando a põem, e que parecem desenhos animados com a voz do Jim Carrey, retratados por Hollywood, com uma Cameron Diaz a apaixonar-se por eles... ou pela máscara... ou por os dois.
Afinal mesmo usando a máscara não seremos nós que estamos lá sempre? E só agimos assim porque temos uma cobertura que não permite à maioria conhecer como realmente gostaríamos de ser?
Maestro...

Pitty - Máscara
by Pitty

Diga, quem você é me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida

Tira, a máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser

Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer consciente inconsequente
Sem se preocupar em ser, adulto ou criança

O importante é ser você, mesmo que seja, estranho
Seja você, mesmo que seja bizarro bizarro bizarro
Mesmo que seja, estranho, seja você, mesmo que seja

Tira, a mascara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser

Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer consciente inconsequente
Sem se preocupar em ser, adulto ou criança

O importante é ser você, mesmo que seja, estranho
Seja você, mesmo que seja bizarro bizarro bizarro
Mesmo que seja, estranho, seja você, mesmo que seja

Meu cabelo não é igual
A sua roupa não é igual
Ao meu tamanho não é igual
Ao seu caráter não é igual
Não é igual, não é igual
Não é igual

I had enough of it but I don't care
I had enough of it but I don't care
I had enough of it but I don't care

Diga, quem você é me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida

E o importante é ser você, mesmo que seja, estranho
Seja você, mesmo que seja bizarro bizarro bizarro.

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, maio 23, 2005

Jota Quest - Do Seu Lado

Almograve, Costa Vicentina, Alentejo Posted by Hello

Faz muito tempo, mas eu me lembro você implicava comigo.
Mas hoje eu vejo que tanto tempo me deixou muito mais calmo.

O meu comportamento egoísta, seu temperamento difícil.
Você me achava meio esquisito, e eu te achava tão chata.

Refrão:
Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino,
Viver é uma arte um oficio, só que precisa cuidado, pra perceber
que olhar só pra dentro é o maior desperdício, o seu amor pode
estar do seu lado.
O amor é o calor que aquece a alma.
O amor tem sabor pra quem bebe a sua água.

Eu hoje mesmo quase não lembro que já estive sozinho, que um dia
seria seu marido seu príncipe encantado.
Ter filhos, nosso apartamento, fim de semana no sitio, ir ao
cinema todo domingo só com você do meu lado.

Refrão:
Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino,
Viver é uma arte um oficio, só que precisa cuidado, pra perceber
que olhar só pra dentro é o maio desperdício, o seu amor pode
estar do seu lado.
O amor é o calor que aquece a alma.
O amor tem sabor pra quem bebe a sua água.

Refrão:
Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino,
Viver é uma arte um oficio, só que precisa cuidado, pra perceber
que olhar só pra dentro é o maior desperdício, o seu amor pode
estar do seu lado.
O amor é o calor que aquece a alma.
O amor tem sabor pra quem bebe a sua água.

Estou numa de música brasileira. Ouço sem qualquer significado... ou terá? Fica em suspenso essa possibilidade, afinal será possivel ouvir sem pensar? Será possivel não anexar mentalmente certas musicas a situações e pessoas?
Futuro...

domingo, maio 22, 2005

Mesa - Esquecimento
Mesa

esta é sobre ti
tem amor e ódio
é para ires ouvindo nestas horas d'ócio
tem fim numa parte de um sonho perdido
libertei-o, ja o tinha esquecido
é um sinal...
espero o momento
na sombra da rua
ouço uma voz que me lembra a tua
passei pelo risco de sofrer
ou não ler os teus sinais
é um sinal...para recomeçar...

quero que a gente tenha fé na terra
chegar a casa e ter alguém à espera
quero o presente, querer ser bera
quero ser submissa, quero ser a fera

quero que a gente tenha fé na terra
chegar a casa e ter alguém à espera
quero o presente, querer ser bera
quero ser submissa, quero ser a fera

leva-me as areias quentes
que investigam os sentimentos
que me deixam nua perante os elementos
ensina-me a escavar objectos sem estragar
para que sorrir seja sempre vulgar
dá-me de beber, finas gotas desse mel para que o meu saber não
esteja só no papel
ensina-me a lembrar
o teu gosto pelo mar
para que um dia fique pronta a zarpar
esperar que amanha tudo seja diferente...
e tu possas estar presente...

quero que a gente tenha fé na terra
chegar a casa e ter alguém à espera
quero o presente, querer ser bera
quero ser submissa, quero ser a fera

quero que a gente tenha fé na terra
chegar a casa e ter alguém à espera
quero o presente, querer ser bera
quero ser submissa, quero ser a fera

sinto muito bem, os olhos sem soprar
quero-te dizer seja vulgar...

quero que a gente tenha fé na terra
chegar a casa e ter alguém à espera
quero o presente, querer ser bera
quero ser submissa, quero ser a fera

ensina-me a tirar
para recomeçar...
chegar a casa e ter alguém à espera
quero o presente, querer ser bera
quero ser submissa, quero ser a fera

quero que a gente tenha fé na terra
chegar a casa e ter alguém à espera
quero o presente, querer ser bera
quero ser submissa, quero ser a fera


Só isto, mais nada...
... teria mais comentários, mas também justificações...
... não me apetece...
... censura...
... whatever...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

sábado, maio 21, 2005

Skank - Vamos Fugir
by Gilberto Gil e Liminha

Vamos fugir
Deste lugar, baby
Vamos fugir
To cansado de esperar
Que você me carregue.

Vamos fugir
Pro outro lugar, baby
Vamos fugir
Pra onde quer que você vá
Que você me carregue

[Refrão]
Pois diga que irá,
Irajá, Irajá
Pra onde eu só veja você,
Você veja-me só
Marajó, Marajó
Qualquer outro lugar comum, outro lugar qualquer
Guaporé, Guaporé.
Qualquer outro lugar ao sol, outro lugar ao sul.
Céu azul, céu azul.
Onde haja só meu corpo nu
Junto ao seu corpo nu

Vamos fugir
Pra outro lugar, baby.
Vamos fugir
Pra onde haja um tobogã,
Onde a gente escorregue

Vamos fugir
Deste lugar, baby.
Vamos fugir
To cansado de esperar
Que você me carregue.

[Refrão]

Vamos fugir
Pra outro lugar, baby.
Vamos fugir
Pra onde haja um tobogã,
Onde a gente escorregue
Todo dia de manhã
Flores que a gente regue
Uma banda de maçã
Outra banda de Reggae
To cansado de esperar
Que você me carregue.

Todo dia de manhã
Flores que a gente regue
Uma banda de maçã
Outra banda de Reggae

... lembrei de ti quando ouvi a música...
...just a thought...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quinta-feira, maio 19, 2005

"As revoluções fazem a história"

Amanhecer... um desses dias... Posted by Hello

Ouvi isto de um professor de história que marcou muito todos aqueles que tiveram aulas com ele. Parecia austero; a alcunha, que já vinha de escolas e turmas anteriores, era "Hitler", "Fuhrer" e coisas assim. Não porque tinha parecenças com esse personagem hediondo mas porque exigia um respeito militar nas aulas, tinha uma atitude bem formal e rigida para com os seus alunos e não tolerava falta de disciplina. Sempre de fato e gravata, que lhe engolia o pescoço, ele colocou a maioria a ter gosto pela História e conseguiu que toda uma turma considerasse alguém que muitos detestavam: ele próprio, à sua maneira.
A frase do título foi dita por ele uma vez enquanto estudávamos a Revolução Socialista em 1917. Muitos, na altura ainda a formar o pensamento político, acharam aquele sistema e utopia socialista o melhor e mais sensacional sistema politico de massas, perfeito. Como se viu com o decorrer do tempo e pela degeneração do sistema, as coisas não correram como previsto.
Mas não é disso que quero falar, apenas das pequenas revoluções que fazemos todos os dias nas nossas vidas, muitas delas tão mínimas que nem as vemos.
Leio alguns blogs de pessoas que conheço. Na maioria são mais jovens que eu e o que leio é muito daquilo que sinto e senti. Há muito de mórbido e triste e cinzento na cabeça da juventude, comigo e com muitos outros incluidos...
Eu sou assim de natureza, e admito que muitos outros o sejam também, mesmo que sejam pessoas bonitas, brilhantes, inteligentes, bem falantes, curiosas, trabalhadoras... quando leio as suas angústias, revoltas, tristezas, há algo em mim que brilha: porque os conheço nem que seja de vista, porque podem até ter graves problemas, mas isso não é razão para ser tão negro - afinal estamos vivos e podemos desfrutar de tudo o que a vida oferece (sim, oferece! Mesmo aquelas coisas que temos que lutar arduamente nos são oferecidas com bonomia por uma vida que só nós vivemos, e sem viver não lutávamos, e sem viver não tinhamos proveito!).
Os dias fazem-se de pequenas vitórias e são essas que devem ser percebidas no interior de nós, mesmo nos dias mais faustosos e farruscos; essas é que nos darão a alegria para continuar, para ver o sol a amanhecer todos os dias no olhar, nas fotos, no amor, no prazer, na musica, na festa, nos amigos. E nas pequenas vitórias incluem-se a alegria de um amigo, o presente aquela pessoa, aquele olhar desconhecido que nos abala, o sol nascente ou poente, o som do mar, o beijo das estrelas, a brisa fresca na noite quente, ou aquele prato que tanto se adora e que, mesmo com pouco dinheiro, fazemos um esforço e vamos comer. Porquê? Só porque o dia correu mal e merecemos uma alegria, um presente!

Ankh! (Vida, Prosperidade, Saúde - do antigo Egipto)

quarta-feira, maio 18, 2005

O tempo voa...
... ou a relatividade do tempo

Obelisco Egipcio, La Concorde, Paris - Abril 2004 Posted by Hello

Quando cheguei de Paris, à cerca de um ano, fui-me apercebendo que practicamente nada tinha mudado, que os 4 meses que passei fora tinham sido como semanas. Excluindo os meus pais, irmãos, namorada, que me olharam e receberam como se eu tivesse estado 134 anos fora de portas, na cidade e no Departamento de Engenharia Mecânica e no Bossanova e na Universidade e na AAC, etc, pouco tinha mudado. Houve pessoas que até me perguntaram se eu já tinha chegado, tanta foi a surpresa de me verem! (inclusivé a novela que agora repete na SIC, Chocolate com Pimenta, já estava a dar quando fui e continuava quando voltei, ainda como se nada tivesse alterado na história...).
Este ano tenho uma perspectiva dos que cá estiveram, e tenho amigos no estrangeiro. Pois bem, aqui o tempo corre!
É que mudando para um novo ambiente, com pessoas novas e novas experiências, o tempo parece que pára ao inicio, começa a desenrolar-se mais ou menos a ritmo normal a meio, e no ultimo mês corre vertiginosamente para o fim; aqui, por outro lado, não: o tempo corre religiosamente da mesma forma - constante, cadente, síncrono e rotineiro. Sempre a mesma rotina, as mesmas caras, as mesmas coisas. Só muda quando o permanente se altera momentâneamente para transitório, casos de férias e de festas (Queimas das Fitas e Latadas). Hoje é que vi bem a data: meio de Maio... daqui por mês e meio os erasmus voltarão à base e nos encontraremos novamente. Nós na mesma para eles e eles na mesma para nós, como se tivessem somente passado umas férias fora!
Depois da minha experiência fora de portas, e de um artigo de opinião muito bem conseguido uns domingos atrás, no Diário de Coimbra (da autoria de Madalena Lucas), vejo que vivi anos de vida lá fora; anos e vidas e experiências e observações e conhecimentos que aqui nunca teria, nunca viveria, nunca sequer imaginaria...
Se é um incentivo a quem me lê experimentar? Cada um faça o seu julgamento. Do meu lado e apesar algumas dificuldades no inicio eu adorei a experiência e voltaria a repetir. Mas também já estava preparado psicologicamente para o fazer porque desde que entrei na Universidade tinha sonhado em participar nesta experiência.
Pena é que, no meu caso e no caso de muitos outros, os familiares mais chegados não compreendam esta mudança que se operou e tentem, à força, trazer-nos para aquele mundinho pequeno em que sempre vivêmos e que, para eles, nunca saímos...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, maio 16, 2005

Reflexão (ou o preenchimento do vazio...)

A debandada do Queimódromo... até para o ano! Posted by Hello

No final faz-se sempre um relatório de todos os dias e noites (estas principalmente) vividas em festa. Como o ano passado estava em Paris e com uma pequena tristeza de não poder curtir, senão ao longe, esta festa que tanto adoro, confesso que entrei no Queimódromo, na primeira noite, com aquele sorriso parvo dos tolos, de alegria incontida. A parvoíce foi tanta que, na brincadeira com uns amigos perdi o telemóvel (que foi recuperado por um desses amigos, sem o saber, e posteriormente devolvido). Pois, as queimas têm destas coincidências, tal como aquela em que se encontra sempre toda a gente excepto quem se procura... vai das vidas!
As saídas de manhã do recinto repetiram-se por todas as noites, tendo sido interessante aquele pequeno almoço no Angola (que te esqueceste de referir) e consequente viagem de comboio para a Figueira da Foz; as viagens de autocarro (uma com grande alarde e cantorias, e as outras com o cansaço a bater à porta de um dos fiéis escudeiros e adormecer); os pequenos desentendimentos que quase sempre acontecem entre amigos, irmãos ou namorados; as pessoas que se conhecem no momento, os antigos colegas e amigos que se encontram, as alegres surpresas daqueles outros que se revelam companheiros...
Devo referir a juventude que tive o grande prazer de conhecer, muitos deles amigos do meu mano mais novo, João, sejam do curso de Jornalismo ou do jornal A Cabra. Não só fizeram com que me tornasse uns anos mais novo como foram sempre inexcediveis na companhia, na animação e na alegria.
De resto, e porque a vida deve ser feita de alegrias e não de tristezas, guardarei para mim o facto de estar a terminar o curso e de estar a viver, muito possivelmente, a ultima queima como estudante. Não tenho pena porque foram muitas que me diverti, que conheci pessoas lindas e fantásticas, que compartilhei com amigos e familiares. De forma sentida mas egoista permitam-me que guarde as lágrimas para meu próprio prazer, e renovo a companhia para as próximas vezes que tenhamos oportunidade!
Aquele abraço "praxolas" e que venha a próxima!

segunda-feira, maio 09, 2005

Ah, e tal, cá estivémos...

Saturday night fever!!! Posted by Hello
Crónicas de um sábado e domingo...

Domingo, dia 8 de Maio, Praia da Figueira da Foz Posted by Hello

Sábado de queima foi perfeitamente normal, expepto a ideia de, este ano, ir à Figueira da Foz. A ideia não era tanto ver a garraida, mas antes assistir ao comportamento do grosso dos estudantes. Ora tendo acordado pelas 15h de sábado, com a saída do Queimódromo pelas 9h da madrugada de domingo, viagem de comboio, e "instalação" na praia eram 10:30 quando estávamos preparados para o descanso. Ora acontece que quando se está meio embriagado ou excitado a pessoa que é pessoa não consegue estar calada, pelo que o adormecer real foi depois das 11:30.
Da parte que me toca acordei com o barulho pelas 13:20 e tivemos que procurar um local para almoçar...
Ok, o dia passou-se, a volta a Coimbra foi numa viagem bem chata de comboio, e o sono não foi colocado em dia, pelo que na segunda se sai do parque pelas 7h e precisa-se descansar um pouco... para aguentar o ritmo até 6a feira!!!
Blind Zero em actuação... como é linda a imagem! Posted by Hello

sábado, maio 07, 2005

Queima das Fitas... de volta... Posted by Hello

Estar um ano afastado, longe, e voltar.
Aquele sorriso parvo da alegria incontida...
É lindo!

terça-feira, maio 03, 2005

Vous êtes belle: on vous adore.
Vous êtes jeune: on vous sourit.
Si un amour pourrait éclore
Dans ce coeur où rien ne luit.

Ce sourire de ma tristesse
Se tournerait, reflet lointain,
Vers l'or cenoré de votre tresse,
Vers le blanc mât de votre main.

Mais se n'en fais que ce sourire
Qui sommeille au fond de mes yeux-
Lac froid qui, en vous voyant rire,
S'oublie en un reflet joyeux.
Fernando Pessoa

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt