terça-feira, novembro 27, 2007

... isto é um vicio...

You Are a Centaur

In general, you are a very cautious and reserved person.
However, you are also warm hearted, and you enjoy helping others in practical ways.
You are a great teacher, and you are really good at helping people get their lives in order.
You are very intuitive, and you go with your gut. You make good decisions easily.


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
You Belong in Dublin

Friendly and down to earth, you want to enjoy Europe without snobbery or pretensions.
You're the perfect person to go wild on a pub crawl... or enjoy a quiet bike ride through the old part of town.


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, novembro 19, 2007

+10000 visitas

Ok. Hoje não é usual. É completamente diferente de qualquer coisa que escrevi anteriormente. Começa com ok! Onde já se viu isto? Não estou em estado de excitação, longe disso. De facto nem acho que tenha andado bem ultimamente. Meio perdido, solitário, olhar no vazio [no vazio] do nada que não existe. Ou que existe. Mas não se vê.
Passei as 10000 visitas. Pelo menos desde que reformulei o blog. Visualmente, quero dizer. Que foi... não sei bem quando foi, não me lembro.
Desde Novembro de 2003 que escrevi pela primeira vez. Que decidi que, a partir daquele momento, ia partilhar o que há de mais intimo em mim: a escrita. E abri-me aos olhos do mundo. O meu mundo. Coisa que nunca antes tinha feito:
- Tenho um pré-romance pré-escrito;
- Tenho poesia escondida algures só mostrada a poucos;
- Tenho dois capitulos de um outro romance guardados para futuros [possiveis] laivos de imaginação;
- Tenho várias ideias a fervilhar sobre politica, sociedade, economia, desporto, história, actualidade, humor;
- Tenho várias histórias com sexo, algumas somente com sexo, muito porno hard core, outras num tom bem mais erótico - e bem mais excitantes! - algures guardadas num qualquer monte onde ainda estão os meus livros desde a mudança de casa;
- Tenho um blog com mais de 10000 visitas em que escrevi algumas das coisas mais interiores, mais intimas, mais despegadas, mais... menos eu...

E estou...
Bem, como no ultimo post:
"Cheer up mate, you know what they say! Some things in life about, can really make you mad! Other things just might get you to swear and curse..." - Always look on the bright side of life!

É o que estou a fazer enquanto escrevo.
[Depois de dormir voltarei ao normal... Shhhh...]

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quinta-feira, novembro 15, 2007

Always Look on the Bright Side of Life - Monty Python


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

terça-feira, novembro 13, 2007


Como o Mel Brooks diz e muito bem - no seu filme da História Mais Louca do Mundo - "It's good to be the King!"

[é impressão minha mas já muitos quiseram fazer isto?!]

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, novembro 12, 2007

[Sob pena de ficar escondido no tempo, volto a publicar o que escrevi no dia 29 Outubro de 2004]
Parabéns pelos 8 meses, Luna!

ECLIPSE

Aguardo ansioso por ver-te, ó lua cheia, motivo de amores e imagem de divindades. De ti espero a luz que ilumina o mundo na obscura noite.
Hoje é um dia especial: vais fugir de mim, colocar-te temporáriamente nas trevas, para voltares calma e resplandescente ao teu lugar original - a olhar-me, a iluminar-me, a deixares-te adorar por este ser minusculo que por ti se enamorou.
Como és bela! Notam-se, ao olhar com atenção, que em ti se vêem marcas temporais de um passado dificil, qual mulher lutando pela sua reviravolta social; as cicatrizes que mostras orgulhosamente são marcas de periodos de lutas conturbadas, de formação, de afirmação.
Começas a desaparecer lentamente no céu nocturno. A Terra, planeta invejoso mas onde sobrevivo, impede-me de continuar esta paixão platónica, este amor longinquo, que abordo com ansiedade pela distância, mas também calmo porque sei que o teu amor é recíproco. Ver-te partir é um encobrir do mundo no escuro da morte, na ilusão aparente que tudo o que era visivel e seguro é agora um grande bando de fantasmas negros que atacam no negro da noite.
Encobre-se o céu - acontece aquilo que eu temia! Não vou poder ver o teu aparecimento fulgurante, o teu renascer de uma morte fingida e não vislumbrada. Vais sentir-te morta pela minha falta de atenção, pelo meu amor vazio, que só se demonstra nestes momentos.
Entristeço. Sinto dor. Sofro. Porque nunca mais te vou ver. Porque nunca mais te vou poder conhecer e tocar. Porque nunca mais me vais deixar cortejar-te como bom admirador. Porque falhei e não admites falhas. Choro...
Com as minhas lágrimas de tristeza profunda abre-se um precedente: ouves-me ao longe quando ainda espreitas por uma fresta! Ouves o pingo caído, ouves o soluço verdadeiro, vês o manto fingido que encobre a presença de ambos. Aí moves montanhas e mundos, abres tempestades e marés e nuvéns e sofrimentos e tristezas! Rompes o manto de núvens.
De olhos ainda marejados não observo o teu esforço colossal. Mas percebo, com uma alegria que em mim começa a despontar, que me iluminas mais forte que nunca. Como um holofote de glória para mim dirigido! A alegria transborda, e ainda com os ultimos restos de mar a escorrer-me pela face, esboço um sorriso, o coração quase que sai do peito, a respiração aumenta!
Voltaste para mim; voltaste para iluminar!
É assim que vejo um eclipse lunar - uma história entre dois apaixonados que não se deixam vencer pelas dificuldades constantes do amor e da vida.
Obrigado Luna!

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

domingo, novembro 11, 2007

O Vampiro, de Charles Baudelaire
tradução Jamil Almansur Haddad

Tu que, como uma punhalada,
Entraste em meu coração triste;
Tu que, forte como manada
De demônios, louca surgiste,

Para no espírito humilhado
Encontrar o leito e o ascendente;
- Infame a que eu estou atado
Tal como o forçado à corrente,

Como ao baralho o jogador,
Como à garrafa o borrachão,
Como os vermes a podridão,
- Maldita sejas, como for!

Implorei ao punhal veloz
Que me concedesse a alforria,
Disse após ao veneno atroz
Que me amparasse a covardia.

Ah! pobre! o veneno e o punhal
isseram-me de ar zombeteiro:
"Ninguém te livrará afinal
De teu maldito cativeiro.

Ah! imbecil - de teu retiro
Se te livrássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

sábado, novembro 10, 2007

sexta-feira, novembro 09, 2007

"Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato."
Alvaro de Campos


Às vezes sinto-me estupido. Não por falta de capacidade intelectual ou deficiencia fisica ou psicologica. Sinto-me estupido apenas. E penso nisso, longamente, para me poder sentir ainda mais estupido.
É natural no meu ser, é intrinseco. Faço-o com algum gosto, quase como se me convencesse. Idolatro a minha capacidade para estar presente no momento de maior estupidez. Assinalá-lo, assimilá-lo, fazer a digestão.
Sempre penso que mudarei, que terei forças para tal, que aprenderei. Mas a cada obstaculo digno de pura estupidez escorrego e não consigo saltar. E volto ao ciclo anterior, qual máquina burra sem qualquer capacidade de aprendizagem.
Porque digo isto? Não sei. Apetece-me. Tenho vontade de me ver ao espelho e chamar.
Estupido!...
... estupido...
... estupido...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quarta-feira, novembro 07, 2007

Questões

Há dias em que nos expressamos melhor numa outra lingua. Porque parece que falamos para nós mesmos numa outra lingua, assim falando para quem nos ouve dá-nos um eufórico efeito de compreensão. Ou não.
Tenho questões. Tenho contradições. Tenho confusões. Tenho. E tudo isso não cabe na palavra questões. E não encontro igual na lingua portuguesa em que caibam todos esses significados, apenas o "issues" inglês. Porém os ingleses não sabem o significado de "saudade", pelo que acho que estamos quites.
Estranho.
Tantas vezes... poucas vezes... às vezes... como... assim... é possivel... tão dificil. Expressar. Mesmo em lingua estrangeira. Mesmo que não a perceba. Mas se estiver com atenção aos gestos. Ao balbuciar do vento, às tonalidades do calor que cresce e abranda.
Estranho.
É como eu me sinto. Estranho. Muda a hora, muda o tempo, muda. E estranho. E alteram-se formas de pensar, de sentir, de agir.
Estou a transformar-me em Outono...
(não era nada disto que pensava escrever...)

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

terça-feira, novembro 06, 2007

    Sonho. Não sei quem sou neste momento.
    Durmo sentindo-me. Na hora calma
    Meu pensamento esquece o pensamento,

    Minha alma não tem alma.

    Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
    Parece que erro. Sinto que não sei.
    Nada quero nem tenho nem recordo.

    Não tenho ser nem lei.

    Lapso da consciência entre ilusões,
    Fantasmas me limitam e me contêm.
    Dorme insciente de alheios corações,

    Coração de ninguém.

    Fernando Pessoa, 6-1-1923


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Ler

Sei que não me vais ler. Sei porque nunca lias. Mesmo quando escrevia para ti. E quando lias nunca era para ti, era sempre dirigido a outro mundo, outro rumo, outro universo.
Por isso não me vais ler.
Não existo no teu mundo, sou apenas um pedaço de imaginação. Que imagina. Muito. Mais do que deve. Nas fronteiras da realidade e do visivel estou eu, mero fantasma em semi-obscuridade: ali quando precisas, ali quando não precisas, ausente quando precisas, ausente quando não precisas.
Por isso não escrevo isto para ti. Escrevo para mim. Porque não vais ler. E eu vou. E eu li. E o universo leu, e o mundo leu, e o rumo leu. E vai ler.

[... estive cinco minutos num sonho; estive cinco minutos no paraíso, na praia, no mar. O mar esteve nos meus ouvidos, na minha pele. E eu estive lá. A ver até onde se fundia no céu, e como vinha até mim, imensidão de azul a entrar em vagas pelo branco amarelado da areia. Em vagas continuas. De encontro aos meus pés. Naquele local paradisiaco. Do meu sonho. Do meu sonho...]

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt