Dia primeiro.
Ficou sem perceber como as coisas tinham chegado àquele ponto, mas a partir dali nada mais poderia fazer senão deixar correr. Não sabia tampouco o desfecho, inesperado. Tanto quanto a situação em que se tinha metido. Maneira que após dedicar várias horas e a noite anterior (dia zero) a pensar nisso tomou a decisão.
Arrisco.
Nas ruas o movimento estava normal. O tempo, a temperatura, amenos. Nada por aí além. Percorre as ruas pacatamente, ora a olhar para o relógio, ora a ver passar as pessoas por ele, ele pelas pessoas. Parou numa montra. Não que lhe interessasse o que lá estava (o que lá estava?) era apenas para não estar obececado a ver as horas. No relógio. No telemóvel.
Passou.
Dia correu em voltas pelas ruas agora vazias. Paragem aqui ali, café na esplanada olhar o tumulto. O silêncio.
Volta para casa na escuridão da alma, onde deixa o resto das horas (dia segundo menos qualquer coisa) em lágrimas.
Porque decidiu arriscar...
E não o fez.
E não sabe porquê.
Porque também não sabe como.
E chorou.
Até...
Dia segundo...
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