quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Lua, eclipse, Luna

Sábado dia 3 de Março haverá eclipse total da Lua, visto em Portugal. Luna, Lua em espanhol, é o nome que escolhemos para a nossa filha. Por coincidência ou talvez não, e porque o tempo de gestação está a terminar, é bem possivel que a Luna nasça no dia em que a Lua desaparece por momentos, para depois voltar a brilhar.
Em tempos antigos só o facto de uma criança nascer no proprio dia do eclipse poderia marcá-la. Como feiticeira, deusa, sacrificada, sacerdotiza ou apenas com um nome em memória daquela Deusa que em alguns momentos passa da luminosidade à penumbra.
Neste momento e com o grau de tecnologia que possuimos - humanidade - já é possivel prever datas possiveis para os nascimentos. Todavia nunca dá para prever ou ter a certeza da data exacta em que tem que haver concepção, ou que esta se efectiva, para poder nascer na data que queremos.

Mas por outro lado, para os mais crentes, será que esta data não estaria já escolhida? Terá sido o destino a dar-nos a Luna no dia da Lua?

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Erasmus

Participar no programa Erasmus, de intercâmbio com universidades estrangeiras, é uma daquelas coisas que só se faz quando se tem bem a certeza que é isso que queremos. Na maioria dos casos somos colocados num país cujo nível de vida é superior ao de Portugal e as diferenças financeiras fazem-se sentir; quem vai para paises cujo nivel de vida é inferior tem que gastar mais dinheiro nas viagens, o que acaba por ficar ela por ela.
As bolsas Erasmus servem para esbater essa diferença, no entanto para quem vai, a perspectiva de acolher um novo mundo é muito grande.
Nem sempre somos bem vistos por amigos, familiares, namorados, porque parece que nos queremos alhear deles, que queremos seguir a nossa vida noutro local longe deles. Mas esse é um pensamento retrógrado, tipico de quem pensa que este programa é uma perda de tempo e um gasto extra de dinheiro.
Na segunda feira despedi-me de uma amiga que partiu para a Bélgica. O ambiente era de festa mas à medida que as várias amigas que estavam com ela se aperceberam que ela estaria de partida por alguns meses surgiu uma subita tristeza. Tristeza no olhar de quem ia partir porque se privaria daquela companhia agradável durante um periodo muito grande; tristeza nos rostos das amigas que iam sentir falta da sua companhia habitual.
Quem vai assistirá a um novo mundo. E está preparado para isso, de certa forma. Pode ser mais ou menos surpreendido. Os meses que passamos fora parecem anos, e nas primeiras semanas surge aquele bater cardiaco superior sempre que está em causa algo relacionado com o nosso país. O primeiro mês é crucial porque é a nossa integração num mundo que não é nosso que está em causa; as saudades do mundo que ficou com os amigos, com a familia; os telefonemas, os contactos, as visitas. O bom de se ficar fora apenas uns meses e não um ano é que é tudo de uma vez; não haverá muito espaço para visitas a Portugal, o que é positivo porque uma vez chegando as saudades batem forte e não dá vontade de ir; o mesmo acontece quando as visitas têm que voltar.
O aperto é grande, mas a magia que está associada a um tão grande passo como o de ir para o estrangeiro estudar, compensa largamente.
Não são só os portugueses que são apegados a casa e ao país. Os espanhois juntam-se com todos os que falam castelhano: vemos madrilenos, bascos, catalães, mexicanos e venezuelanos a compartilharem alegres conversas, garrafas de vinho e jantaradas, numa cumplicidade que provavelmente não veriamos em Espanha. Os gregos, os italianos, também gostam de se juntar entre os seus. Os nórdicos gostam apenas de conhecer e aprender. São multilingues e o contacto com qualquer estrangeiro é como a agua da fonte da juventude para eles.
Sinto saudades do periodo de Erasmus; todos os que voltam após esse periodo sentem essas saudades, e recordam com amigos que não estiveram com eles mas que tiveram a sua experiencia algures. É vivificante e inolvidável.
E é por isso que, por mais que cada um se sinta só, não deve nunca desistir. Resiste aos apelos e guia-te por ti!


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Petição electrónica
(o texto apresentado não é de minha autoria, eu apenas me limitei a copiar o texto junto da petição. Quem estiver interessado em assinar terá apenas que deixar o seu nome completo - penso que não aceitará acentuação - e o seu endereço de e-mail, que poderá ficar em privado, não sendo apresentado.)

To: Assembleia da Républica Portuguesa

Motivação:
"Depois de ter feito uma despistagem sobre a percentagem de monóxido de carbono nos pulmões, descobri que tenho pulmões de fumador, com 31% de monóxido de carbono. Não sou fumador, nunca fui. Tenho apenas o azar de trabalhar num local onde as pessoas fumam e de ser obrigado a almoçar em restaurantes (trabalho longe de casa) onde as pessoas fumam. Tudo isto com o aval do Governo Português, uma vez que a nossa legislação não protege o cidadão não fumador, que é assim condenado a morrer de cancro. Deixo esta pergunta para reflexão: Em nome do quê, ou de quem, é que os cidadãos não fumadores se sujeitam a respirar um agente nocivo que seguramente lhes provoca mal? E em nome do quê, ou de quem, é que o Governo da Républica dá cobertura a esta situação?"

Objecto sucinto da petição:
"Aprovação da legislação sobre o consumo de tabaco, extendendo a proibição a todos os locais de trabalho, incluindo restaurantes e estabelecimentos similares"

Texto da petição:
"Esta petição electrónica serve para exigir ao Governo Português que aprove, quanto antes, a legislação sobre o consumo de tabaco recentemente produzida, obrigando à proibição do consumo de tabaco em todos os locais públicos e de trabalho, incluido todos os restaurantes, bares, discotecas, e estabelecimentos similares. Relativamente a estes últimos, poderá ser permitido fumar em zonas que estejam totalmente separadas (com extracção de fumos) da zona de não fumadores e que poderão ter apenas uma fracção da área total do estabelecimento."

Plano:
"Esta petição irá ser apresentada à Assembleia da Républica Portuguesa. Por isso, é necessário um minímo de 4000 assinaturas para que obrigatóriamente a petição tenha de ir a Plenário. Sendo assim, e para que as assinaturas sejam válidas, é essencial que cada peticionante insira o seu nome completo, sendo este o único requisito."

Sincerely,

The Undersigned

Para se dirigir ao site basta clicar em qualquer local do texto apresentado, ele fará a ligação directa ao site da petição on-line.

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Interessante: vidas passadas!

Your past life diagnosis:
I don't know how you feel about it, but you were male in your last earthly incarnation.You were born somewhere in the territory of modern Tibet around the year 1825. Your profession was that of a artist, magician or fortune teller.
Your brief psychological profile in your past life:
Bohemian personality, mysterious, highly gifted, capable to understand ancient books. With a magician's abilities, you could have been a servant of dark forces.
The lesson that your last past life brought to your present incarnation:
The timid, lonely and self-confident people are everywhere, and your task is to overcome these tendencies in yourself and then to help other people.
Do you remember now?

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Derivado à falta de corredores aéreos de segurança...

... e também porque, e nomeadamente, a cegonha não tem descanso merecido vai para muito tempo, decidiu partir à aventura e viajar de cruzeiro.
Assim, e deste modo, a Luna chegará apenas para meados da próxima semana.

Aceitam-se apostas:
Favor dizer datas entre 17 e 28 de Fevereiro, sendo que no dia 20 está prevista uma visita cordial ao Dr. Daniel de Matos.

O prémio estará para decidir.

Assinado,
o pai.

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A cegonha levantou vôo

Quis o imaginário comum que as cegonhas trouxessem os bebés em belos cestos de veludo de belas e luminosas terras imaginárias, dando a ideia que a concepção é algo de belo - que o é - e que é indolor mas maravilhoso para quem transporta esse fruto tão adorado - que não é assim tão verdade.
A imagem pega na perfeição quando é a nossa geração seguinte, quando é o pai a sentir de longe e com preocupação as dores da mãe, os leves movimentos do rebento.
Luna já está prestes a chegar. Não tardará muito.
Brevemente todos vós que vos sentis tios de tão humilde bebé serão presenteados com um sms avisador.

Já vem no ar...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Há coisas q me fazem ir votar
E esta é uma delas:

Este referendo do proximo domingo é muito estranho, porque mexe com assuntos que são muito delicados na sociedade portuguesa. Tão ou mais delicados porque mexem com o conceito que as pessoas têm da vida, e que varia de acordo com a condição social, estudos... ou talvez não.
Na imagem acima está a razão que me fará ir votar "SIM" no domingo. Mas se olharem atentamente este é uma comunicação de apoiantes do não. Porque esta mensagem me fez pensar o contrário?
Eu cito algumas frases, belas pérolas, tão boas ou melhores que as melhores do célebre Diácono Remédios, personagem de Herman José, provedor da Herman Enciclopédia.
Começando:
"É um facto indisputavel que a protecção especial de Deus se reflectiu na transformação miraculosa - religiosa, moral e até económica - de Portugal que se seguiu à consagração do nosso país ao Imaculado Coração de Maria, feita pelos Bispos portugueses em 1931 e 1938. De facto, será que Portugal já viu melhores dias do que os que se seguiram àquela notável consagração?" (Já sabemos quem é que votou em Salazar para uma das Figuras mais importantes de Portugal...)
"Mas a bênção de Deus é acompanhada por uma grande obrigação. A escolha eterna que Deus fez de Portugal como o lugar das aparições de Nossa Senhora em 1917, e a consagração de Portugal ao Imaculado Coração de Maria, feita mais tarde, significam não só os favores especiais de Deus, mas também um dever para com Ele por parte do Povo Português. Porque como Nosso Senhor declara na Sagrada Escritura: 'A quem muito foi dado, muito será pedido...' (Lucas 12:48)."
(É bom que Deus se tenha lembrado de nós e pedido a Lucas para o escrever nas Sagradas Escrituras, mesmo antes de nos tornarmos uma nação. Mas Ele pode! É chato é fazê-lo escrever à hora de almoço - 12:48! - mesmo para um Deus, é um pouco exagerado, não?)
"O povo português não pode aceitar a legalização do aborto, sejam quais forem as circunstâncias. Como a Igreja sempre ensinou, uma lei imoral não é lei. Santo Agostinho, S. Tomás de Aquino e todos os Papas, Santos e Doutores da Igreja são unanimes a declarar que os Católicos não só devem recusar-se a apoiar uma lei imoral, como ainda devem opor-se-lhe activamente e recusar-se a cumpri-la, mesmo que entre em vigor." (Desobediência civil, versão Vaticano)
"Pede-se agora ao Povo Português que sirva de legislador com o seu voto em 11 de Fevereiro. Está nas nossas maõs proteger as vidas inocentes por nascer. E ai de quem votar para atraiçoá-las às mãos de médicos ou de outros. Não se pode troçar de Deus. Ele fará a Sua justiça em qualquer cidadão português que votar a favor de derramar sangue inocente." (Como tem feito no Iraque àqueles infiéis muçulmanos...)
"O Povo Português deve escutar as vozes destas mulheres, vitimas do crime do aborto legalizado. Nenhum católico digno desse nome pode argumentar que uma mulher seja ajudada pela escolha do aborto. Isto é um argumento do diabo, que é o Pai das Mentiras." (E um não católico já pode? E porque há um dia das mentiras se o Diabo é o pai delas?)

Para terminar, e para não tornar isto chato, deixo um dos paragrafos finais que é da mais fina linhagem da literatura medieval. Atentem bem:
"Povo português, segui os conselhos de Nossa Senhora de Fátima e rezai o terço diariamente pela intenção de derrotar esta medida perversa!" (neste caso a letra pequena foi mesmo do texto, não da minha citação).

Assim, e pelo acumular de hipocrisia, e pelo descaramento de ser invadido em minha casa por um manifesto original, contudo direccionado a um católico - coisa que não sou e porque felizmente tenho liberdade de escolha, e porque Portugal é um país livre e laico - decidi que quem escreveu este tipo de manifesto deve ser penalizado nas urnas.
E é por isso que irei votar "SIM" no domingo.


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Tenacious D - Kickapoo

..::Jack Black (Narrator)::..
A long ass fuckin' time ago,
In a town called Kickapoo,
There lived a humble family
Religious through and through.
But yay there was a black sheep
And he knew just what to do.
His name was young J.B. and he refused to step
in-line.
A vision he did see-eth
Fuckin' rockin' all the time.
He wrote a tasty jam and all the planets did align.


..::Jack Black (Son)::..
Oh the dragons balls were blazin' as I stepped into
his cave,
Then I sliced his fuckin' cockles,
With a long and shiney blade!
'Twas I who fucked the dragon,
Fuckalize sing-fuckaloo!
And if you try to fuck with me,
Then I shall fuck you too!
Gotta get it on in the party zone!
I gots to shoot a load in the party zone!
Gotta lick a toad in the party zone!
Gotta suck a chode in the party zone!
[Crying]


..::Meat Loaf (Father)::..
You've disobeyed my orders, son,
Why were you ever born.
Your brother's ten times better than you,
Jesus loves him more.
This music that you play for us comes from the depths
of hell.
Rock and roll's The Devil's work, he wants you to
rebel.
You'll become a mindless puppet;
Beelzebub will pull the strings!
Your heart will lose direction,
And chaos it will bring.
You'd better shut your mouth,
Better watch your tone!
You're going for a week with no telephone!
Don't let me here you cry,
Don't let me hear you moan!
You gotta praise The Lord when you're in my home!


..::Jack Black (Son)::..
Dio can you hear me?
I am lost and so alone.
I'm askin' for your guidance.
Won't you come down from your throne?
I need a tight compadre who will teach me how to
rock.
My father thinks you're evil,
But man, he can suck a cock.
Rock is not The Devil's work,
It's magical and rad.
I'll never rock as long as I am stuck here with my
dad.


..::Ronnie James Dio (Dio poster)::..
I hear you brave young Jables,
You are hungry for the rock.
But to learn the ancient method,
Sacred doors you must unlock.
Escape your father's clutches,
And this oppressive neighborhood.
On a journey you must go,
To find the land of Hollywood!
In The City of Fallen Angels,
Where the ocean meets the sand,
You will form a strong alliance,
And the world's most awesome band.
To find your fame and fortune,
Through the valley you must walk.
You will face your inner demons.
Now go my son and rock!


..::Jack Black (Narrator)::..
So he went from fuckin' Kickapoo With hunger in his
heart;
And he journeyed far and wide to find the secrets of
his art;
But in the end he knew that he would find his
counterpart.
Rooooock. Rah-ha-ha-ha-hock. Raye-yayayayaye-yock.
Como é que, através de um pequeno questionário, se consegue enganar uma parte do mundo:

Your Kissing Technique Is: Perfect

Your kissing technique is amazing - and you know it.
You have the confidence to make the first move.
And you always seem to know what kissing style is going to work best.
Sometimes you're passionate, sometimes you're a tease. And you're always amazing!



Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Gato Fedorento - Marcelo Rebelo de Sousa

Ainda sobre o Aborto:
Marcelo Rebelo de Sousa pode declarar-se pelo não no referendo mas não se pode ser pelo sim?
Viva a democracia em Portugal!
Sobre o aborto...
Porque o Ricardo Araújo Pereira se manifestou pelo sim... a ler a opinião na Visão:

(imagem retirada do blog de Nuno Markl)

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

(foto: Praia do Carvalhal, 2007 - Paulo Aroso Campos)
Dificil

Dificil é olhar e não guardar na memória, não decalcar para uma folha branca a capacidade autentica de desenho perfeito, a mãos nuas, da realidade crua, bruta, apaixonante.
A sensibilidade ofuscada quase como por uma ausência forçada, como fazendo de conta que a realidade não existe, estando lá, na mais apaixonada pétala de flor.
Dificil é ver e não descrever porqe não se imagina, toldado pelas letras e pelo comum do comum dos mortais. Das noticias, dos sons, da poluição sonora, visual, intelectual, sexual.
Dificil é fugir da facilidade de um corpo nu e transformá-lo num ser sensual, num chamamento de vista; não como objecto que se quer possuir, mas como uma companhia que se quer ter, ouvir, falar, sentir, possuir e ser possuido. Como num jogo. Como num raio de luz.
Dificil é...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt