quinta-feira, novembro 03, 2005


125 Azul - Trovante
(João Gil/Luis Represas)

Ouvi esta musica hoje na rádio. É uma das minhas preferidas dos Trovante e, por momentos, pareceu-me familiar: na voz, no trato, no travo, nos pensamentos, na saudade.
Sentimental, chamem o que quiserem. Eu chamo...
... não chamo, calo e sinto!
(Foto: Arco do Triunfo visto de La Défense, Paris 2004, Paulo Aroso Campos)

(Sei que algumas pessoas que lêem o blog acham enfadonho copiar letras de musica. Confesso que não é o que mais leio quando visito blogs alheios, a não ser que me diga qualquer coisa. Esta diz, e por isso não vou quebrá-la com pensamentos, imaginação ou divagações. Ficam no meu egoísmo, guardadas como murmurios que desperdiçarei em filmes e sonhos. No silêncio do sono ou no vislumbre de um olhar...)
Foi sem mais nem  menos
Que um dia selei a 12 5 azul
Foi sem mais nem menos
Que me deu para abalar sem destino nenhum

Foi sem graça nem pensando na desgraça
Que eu entrei pelo calor
Sem pendura que a vida já me foi dura
P'ra insistir na companhia

...
Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre

...
Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de
parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o
vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém
sentiu
...
Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar
...
Foi sem mais nem menos
Que um dia selou a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que partiu sem destino nenhum
Foi com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida
quer
Foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

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