quinta-feira, fevereiro 07, 2008

(no MSN)
- Vou dedicar-te uma musica, posso?
- Claro!
- (Semisonic - Secret Smile)
- Porquê?
- Porque a musica é a tua cara...
("Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me...")
Essa como outra e outra e outra que me lembro. E me lembrarei daqui para a frente, enquanto o tempo vai voando penosa e lentamente, ao som de cada acorde musical que me façam lembrar de ti.
Temo ser incompreendido mas não posso deixar de passar o testemunho. Porque cada caso, cada pessoa, cada gesto que guarda alguma importância na memória deve ser lembrado. Uma e outra e outra vez. Para que possa sempre voltar a lembrar daquele sorriso, palavra, som que passou e marcou.
És importante. E querida. E interessante. Interessantissima. E cidadã do mundo, que não tem local onde ficar porque todo o mundo é a sua casa. Tem, isso sim, bases de estadia, onde passa temporadas até escolher a nova base de destino e estadia. E espalhar perfume e charme com o ritmo tão tipico que o sotaque te apresenta.
Seria bom, optimo, que tivesses de- pudesses - ficar. Como talvez gostasses. Ou quisesses. Ou simplesmente o desabafaste porque no imediato ias perder tudo aquilo que foste conquistando ao longo de um ano. Mas não pertences aqui - há todo um ritual de passagem a todos quantos um dia aqui viveram - tal como não pertencem a maioria dos que conheceste.
Voltaste para a base inicial. Deixas saudades. E sotaque. E charme. E um vazio dificil de preencher. Que vai marcar e deixar ferida aberta durante algum tempo. E que vai sarar e deixar uma cicatriz - que com o tempo e as rugas será apenas uma leve marca inapagável...
Não consigo continuar. Sinto que tenho ainda muito para dizer ao mundo mas não se solta nem pela garganta nem pela ponta dos dedos.
Com o tempo, e ao assimilar, vão-se soltando os demais sentimentos. É assim que acontece comigo - ser primário - sempre que perco alguém importante. Sempre será assim. Aconteceu o mesmo quando a avó Alice partiu rumo ao Ocidente. E que ainda estou a assimilar.
Cuidarei da Luna com todo o carinho que ela precisa. Cuidarei da Sandra e da nossa vida dentro da liberdade e do que me for permitido. E seguirei sempre o teu conselho de correr atrás porque as mulheres merecem sempre e precisam que nós o façamos. Mesmo que não o mereçam, merecem sempre...
Tudo na vida tem um limite, um começo e um fim, um alfa e um ómega; e sempre que acontece algo que me marca - como te falei numa das ultimas mensagens que contigo partilhei - sinto que há um ciclo que se acaba e que um monte de coisas deixa de fazer sentido. E uma delas irei partilhar no post acima, que irei escrever a seguir a este.
É hora de equacionar.
Não te vou pedir para não me esqueceres, tal como não te pedi para ficares cá. Não sou egoista a esse ponto (ou até sou em pensamento, e ai deixo morrer as minhas intenções). Apenas digo que a tua marca permanecerá em mim, a tua ajuda, o teu cuidado, companhia, paciência, cafés, carinho. Algo que nunca conseguirei agradecer e que me arrependi no final de não o ter feito convenientemente.
Ultima frase:
Até breve, ou até outra vida!
Para a Juliana.

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

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