"Verdes são os campos
Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
da cor do limão
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
Luís de Camões"
A falta de imaginação leva-me a evocar estes belos poemas.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Pretende ser diferente do normal, por isso ser "contra natura". A ideia é desenvolver textos críticos, que possam misturar (ou não) um pouco de humor não amordaçado.
sexta-feira, fevereiro 27, 2004
quinta-feira, fevereiro 26, 2004
“Ao desconcerto do Mundo
Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.
Luís de Camões”
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.
Luís de Camões”
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, fevereiro 19, 2004
STRIPPERS E STRIPPERS...
" A lap dance is so much better
when the stripper is crying..."
Bloodhound Gang
Quantos de nós, homens, no auge das suas hormonas e vitalidade, não pensou em abordar, positivamente, um bar de strip? Habitualmente frequentados em despedidas de solteiro, estes bares juntam três dos mais importantes componentes da vida de um homem: ambiente sórdido e escuro, bebidas alcoolicas, mulheres semi-nuas, mulheres a despirem-se, e a possibilidade de ver as mulheres a despirem-se... ah, e não esquecer o perfume. A situação ideal era isto acontecer no intervalo dos jogos da Briosa, porque assim aliava-se o futebol e estava-se no paraíso!
Mas o objectivo deste "post" não é falar desses locais mas sim das diferenças do strip para o homem e para a mulher:
1º) Para os homens é strip feminino e para as mulheres é strip masculino (frequentemente!)
2º) Os homens pagam para terem uma mulher a despir-se em cima dele (lap dance, ou table dance) e não lhe pode tocar; se ela quiser tocar em nós pode, e pode ou não gozar com o facto de estarmos, ou não , entumescidos;
3º) as mulheres nem precisam de pagar para que os strippers interajam com o público (percebo a deles!), sendo que eles não têm qualquer problema em tocar nas mulheres, em qualquer parte do seu corpo, em usar as mãos delas para tocar nos seus genitais e corpo, simulam sexo com elas;
4º) muitas das nossas mulheres, ou futuras, começam a optar por essa vertente nas despedidas;
5º) quantos de nós já não ouviram, quando elas sabem que vamos a esse local, algo do tipo " Ah e tal, e não sei quê... e se lá fores nunca mais falo contigo, blábláblá, atreve-te a pagar para um lap dance, blábláblá, eu não sou suficiente, blábláblá, eu não te agrado, blábláblá, não quero que vás lá, blábláblá..." - ou seja: ficam com ciúmes.
Vejamos a lógica disto: elas são tocadas por estranhos, mesmo quando o não querem, uns gajos musculados simulam sexo com as nossas mulheres, usam as suas mãos (quando não a boca como num video que anda aí a circular pelos mails) para mexer na genitália deles que sabe-se lá aonde andou... e as mesmas mulheres que fizeram isso atrevem-se a ter ciumes de um desgraçado que paga para ficar tonto de tusa para não tocar na gaja?!, que só pode olhar e esperar que ela lhe dê uma sova com as mamas na cara para que ele possa sentir o seu corpo?! Qual é a lógica disto?
E mais: falam das strippers femininas como sendo umas putas, quando elas são pagas para pôr um homem a babar, ficar com a pila em pé dentro das calças, rebaixá-lo à condição mais animalesca típica do animal doméstico (só cagas e mijas onde e quando eu digo), tratá-lo com desprezo e abaixo de cão, fazê-lo sentir-se desejado para ele consumir mais... - não acham que elas são as heroinas de muitas feministas da nossa praça?
Se as mulheres querem igualdade de direitos, nós também queremos: pagar o mesmo nas discotecas, até porque como consumimos mais bebida vamos acabar por gastar o mesmo ou mais; ter strip como elas têm, com apalpões na masculinidade, mamas e vaginas nas nossas bocas, simulações de sexo (ou o contrário também é aplicável)!
Se é para ser igual, que seja tudo igual!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
" A lap dance is so much better
when the stripper is crying..."
Bloodhound Gang
Quantos de nós, homens, no auge das suas hormonas e vitalidade, não pensou em abordar, positivamente, um bar de strip? Habitualmente frequentados em despedidas de solteiro, estes bares juntam três dos mais importantes componentes da vida de um homem: ambiente sórdido e escuro, bebidas alcoolicas, mulheres semi-nuas, mulheres a despirem-se, e a possibilidade de ver as mulheres a despirem-se... ah, e não esquecer o perfume. A situação ideal era isto acontecer no intervalo dos jogos da Briosa, porque assim aliava-se o futebol e estava-se no paraíso!
Mas o objectivo deste "post" não é falar desses locais mas sim das diferenças do strip para o homem e para a mulher:
1º) Para os homens é strip feminino e para as mulheres é strip masculino (frequentemente!)
2º) Os homens pagam para terem uma mulher a despir-se em cima dele (lap dance, ou table dance) e não lhe pode tocar; se ela quiser tocar em nós pode, e pode ou não gozar com o facto de estarmos, ou não , entumescidos;
3º) as mulheres nem precisam de pagar para que os strippers interajam com o público (percebo a deles!), sendo que eles não têm qualquer problema em tocar nas mulheres, em qualquer parte do seu corpo, em usar as mãos delas para tocar nos seus genitais e corpo, simulam sexo com elas;
4º) muitas das nossas mulheres, ou futuras, começam a optar por essa vertente nas despedidas;
5º) quantos de nós já não ouviram, quando elas sabem que vamos a esse local, algo do tipo " Ah e tal, e não sei quê... e se lá fores nunca mais falo contigo, blábláblá, atreve-te a pagar para um lap dance, blábláblá, eu não sou suficiente, blábláblá, eu não te agrado, blábláblá, não quero que vás lá, blábláblá..." - ou seja: ficam com ciúmes.
Vejamos a lógica disto: elas são tocadas por estranhos, mesmo quando o não querem, uns gajos musculados simulam sexo com as nossas mulheres, usam as suas mãos (quando não a boca como num video que anda aí a circular pelos mails) para mexer na genitália deles que sabe-se lá aonde andou... e as mesmas mulheres que fizeram isso atrevem-se a ter ciumes de um desgraçado que paga para ficar tonto de tusa para não tocar na gaja?!, que só pode olhar e esperar que ela lhe dê uma sova com as mamas na cara para que ele possa sentir o seu corpo?! Qual é a lógica disto?
E mais: falam das strippers femininas como sendo umas putas, quando elas são pagas para pôr um homem a babar, ficar com a pila em pé dentro das calças, rebaixá-lo à condição mais animalesca típica do animal doméstico (só cagas e mijas onde e quando eu digo), tratá-lo com desprezo e abaixo de cão, fazê-lo sentir-se desejado para ele consumir mais... - não acham que elas são as heroinas de muitas feministas da nossa praça?
Se as mulheres querem igualdade de direitos, nós também queremos: pagar o mesmo nas discotecas, até porque como consumimos mais bebida vamos acabar por gastar o mesmo ou mais; ter strip como elas têm, com apalpões na masculinidade, mamas e vaginas nas nossas bocas, simulações de sexo (ou o contrário também é aplicável)!
Se é para ser igual, que seja tudo igual!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, fevereiro 16, 2004
segunda-feira, fevereiro 09, 2004
Julgava que o meu cãozinho era preguiçoso e burro, no entanto toda aquela pachorrice esconde algo muito maior, que só não é uma conspiração, de tão inofensivo que se trata.
O Ringo, é esse o nome dele, é a prova de que o espiritismo e reencarnação existem! Eu explico, para que pensem que ele é a reencarnação de um qualquer BEATLE: as suas virtudes cartomânticas e a forma como hábilmente tentou alertar todos para o parto próximo de Lola, o nome que carinhosamente apelidamos a "racta" (porca da india), que estava grávida e prestes a ter os seus infantes. Ele é um Zandinga em potência, em pêlo farto (tal como a barba de tão célebre adivinho) e latidos fortes.
A sua raça e especialidade não está na força bruta das suas mandíbulas, nem na ferocidade do seu rosnar, mas sim nas suas capacidades adivinhas.
Como descobri? Boa pergunta! Como não consegue lançar os búzios, não só porque não temos, mas também porque não dá jeito nenhum pegar nos buzios com uma pata canina; como não consegue lançar as cartas e mesmo que conseguisse ninguém perceberia a sua interpretação em latidos, ele simplesmente chora com tonalidades e ladra baixinho para não importunar o paciente.
Não sou estudioso na matéria mas penso que com estudo adequado poder-se-ia descobrir a linguagem dificilima e completissima, o seu extenso vocabulário, que vai do tradicional "béu" canino a um longo e penetrante conjunto de silvos chorosos típicos dos cães, extremamente agudos.
Mestres Sani, Safé, Sirtai, Bungibirgilai, Banzé, Mafu e Mantorras esqueçam as vossas virtudes adivinhatórias, que nada são próximo deste espécime fantástico que tenho o privilégio de albergar em minha casa!
Por acaso nem me importava que ele tivesse reencarnado como BEATLE; afinal quando faltasse a luz ele poderia fazer uns concertos à guitarra...
Quanto à "Racta" Lola encontra-se bem de saúde, bem como a sua prole, composta de 3 pequenas porquinhas da india de marca... fêmea, das quais duas têm pêlo levantado e a outra tem pêlo como o da mãe, não encaracolado.
Bem Haja!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
O Ringo, é esse o nome dele, é a prova de que o espiritismo e reencarnação existem! Eu explico, para que pensem que ele é a reencarnação de um qualquer BEATLE: as suas virtudes cartomânticas e a forma como hábilmente tentou alertar todos para o parto próximo de Lola, o nome que carinhosamente apelidamos a "racta" (porca da india), que estava grávida e prestes a ter os seus infantes. Ele é um Zandinga em potência, em pêlo farto (tal como a barba de tão célebre adivinho) e latidos fortes.
A sua raça e especialidade não está na força bruta das suas mandíbulas, nem na ferocidade do seu rosnar, mas sim nas suas capacidades adivinhas.
Como descobri? Boa pergunta! Como não consegue lançar os búzios, não só porque não temos, mas também porque não dá jeito nenhum pegar nos buzios com uma pata canina; como não consegue lançar as cartas e mesmo que conseguisse ninguém perceberia a sua interpretação em latidos, ele simplesmente chora com tonalidades e ladra baixinho para não importunar o paciente.
Não sou estudioso na matéria mas penso que com estudo adequado poder-se-ia descobrir a linguagem dificilima e completissima, o seu extenso vocabulário, que vai do tradicional "béu" canino a um longo e penetrante conjunto de silvos chorosos típicos dos cães, extremamente agudos.
Mestres Sani, Safé, Sirtai, Bungibirgilai, Banzé, Mafu e Mantorras esqueçam as vossas virtudes adivinhatórias, que nada são próximo deste espécime fantástico que tenho o privilégio de albergar em minha casa!
Por acaso nem me importava que ele tivesse reencarnado como BEATLE; afinal quando faltasse a luz ele poderia fazer uns concertos à guitarra...
Quanto à "Racta" Lola encontra-se bem de saúde, bem como a sua prole, composta de 3 pequenas porquinhas da india de marca... fêmea, das quais duas têm pêlo levantado e a outra tem pêlo como o da mãe, não encaracolado.
Bem Haja!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, fevereiro 05, 2004
Bem, devo uma explicação ao Senhor dos Blogues, afinal publiquei algo sem que tivesse nada escrito.
Pois é, na tentativa de perceber o funcionamento das coisas internéticas, que é como dizer os bastidores de tão humildes locais de fazer opinião, acabei por deixar a sanita intelectual aberta e o papel em branco.
No entanto decidi anular tal decisão mal me apercebi dela e acorri em boa hora a tão lugubre local só para deixar esta posta.
Aproveito também para um pequeno comentário no que toca ao português comum, que fica surpreendido quando uma revista de qualidade tem um título sugestivo: "Portugueses os mais pessimistas da Europa". Se visitaram o site do diário regional "As Beiras" são confrontados com uma sondagem, como é normal no seu site, sobre se achamos que a PSP está preparada para o Euro 2004. Após deixar o meu voto, sou surpreendido (ou não, porque já estava à espera...) com a maioria de respostas negativas...
Será que isso responde à surpresa sobre o título da anterior revista?
Não nos falta qualidade para a Europa, é provável que até sobre, falta-nos é mudança de atitude e auto-estima.
Portugal não é pior do que os outros países, nem nós somos piores cidadãos ou menos inteligentes, simplesmente subestimamos a nossa qualidade e assim, meus caros, não iremos sequer às meias finais.
Este torna-se a primeira comunicação que faço a falar para alguém invisivel, algo que já não tentava desde a madrugada de ano novo; a diferença está nos olhos: na altura estavam fechados com todas as minhas forças (não tive nenhuma experiencia post-mortem, se é isso que estão a perguntar), e agora estão abertos, a encarar todos os quatro que entraram no blogue, e estou, mágicamente, a teclar.
Bem haja!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Pois é, na tentativa de perceber o funcionamento das coisas internéticas, que é como dizer os bastidores de tão humildes locais de fazer opinião, acabei por deixar a sanita intelectual aberta e o papel em branco.
No entanto decidi anular tal decisão mal me apercebi dela e acorri em boa hora a tão lugubre local só para deixar esta posta.
Aproveito também para um pequeno comentário no que toca ao português comum, que fica surpreendido quando uma revista de qualidade tem um título sugestivo: "Portugueses os mais pessimistas da Europa". Se visitaram o site do diário regional "As Beiras" são confrontados com uma sondagem, como é normal no seu site, sobre se achamos que a PSP está preparada para o Euro 2004. Após deixar o meu voto, sou surpreendido (ou não, porque já estava à espera...) com a maioria de respostas negativas...
Será que isso responde à surpresa sobre o título da anterior revista?
Não nos falta qualidade para a Europa, é provável que até sobre, falta-nos é mudança de atitude e auto-estima.
Portugal não é pior do que os outros países, nem nós somos piores cidadãos ou menos inteligentes, simplesmente subestimamos a nossa qualidade e assim, meus caros, não iremos sequer às meias finais.
Este torna-se a primeira comunicação que faço a falar para alguém invisivel, algo que já não tentava desde a madrugada de ano novo; a diferença está nos olhos: na altura estavam fechados com todas as minhas forças (não tive nenhuma experiencia post-mortem, se é isso que estão a perguntar), e agora estão abertos, a encarar todos os quatro que entraram no blogue, e estou, mágicamente, a teclar.
Bem haja!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
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