"Já houve gajas boas a trabalhar nas lojas de roupa"
No outro dia, enquanto passeava pelas lojas de roupa do Dolce Vita - obviamente acompanhado pela minha cara metade feminina - ia-me divertindo (a meio do suplicio é bom encontrar uma distracção para achar aquilo divertido) com os modelitos mais horriveis que, segundo o meu gosto particular, estariam expostos no dito estabelecimento. Ao entrar naquela loja cujo nome não posso revelar (começa por um B, termina num A e no meio tem ERSHK) reparei que as meninas que lá trabalhavam anteriormente, só uma se mantinha.
Fiquei com pena. Especialmente pela da caixa, pois tinha sempre um belo decote arejado, a fazer sobressair o contorno dos seus belos, embora pequenos mas muito bem desenhados, seios.
Nisto, enquanto sentia pena por não se ver mais do que um centimetro de costas femininas, comecei a desenrolar um argumento cinematográfico que terminaria com o titulo exibido em cima.
Claro que é um titulo um tanto ou quanto grande, porém tão ou mais original que o roteiro. Senão vejamos: a acção desenrola-se num centro comercial com várias e variadas lojas, sendo filmado pelas cameras de segurança, tanto das lojas, como dos corredores do centro, como as dos vestiários, casas de banho, etc. Até onde é permitido haver segurança.
Os protagonistas (ou deverei dizer "as") são funcionárias das lojas, que podem ou não conhecer-se, e que vão passando o seu dia ora a atender clientes, ora a ser abordadas pelos olhares ou conversa deste ou daquele com mais ou menos interesse nas bugigangas das lojas, e pelos pensamentos e conversas paralelas que cruzam a cabeça de quem trabalha em tão interessante local.
Claro que não será fácil incluir no argumento todos aqueles predicados que fazem um bom filme ser bom e, quiçá, rentável, tais como sexo, crime, drama e um final feliz.
Mas ainda é uma frase embrionária, por isso...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
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