quinta-feira, setembro 29, 2005

Instituto de engenharia do Porto cria fundo para ajudar alunos a pagar propinas


Na Universidade de Coimbra foi criado um fundo de apoio ao estudante, em reunião de Senado (as mesmas reuniões que eram boicotadas por estudantes, e em que os Professores Doutores fizeram panelinha para os alunos pagarem a propina máxima) de Novembro de 2004. Esse fundo, gerido pelos Serviços de Acção Social por já terem experiência no caso das Bolsas de Estudo, tinha prazo de candidaturas até 10 de Março. Posteriormente esse prazo foi alargado porque, segundo funcionários dos SASUC, tinham havido poucas candidaturas.
O apoio apresentado é de cerca de 400 € e serve para apoiar os estudantes carenciados nas várias despesas que têm; foi introduzido tendo em vista o ano lectivo 2004/2005.
Estamos quase em outubro, o ano lectivo 2005/2006 está a começar; quem não tiver as propinas pagas não se pode matricular. O Fundo de Apoio ainda não divulgou as listas dos estudantes que recebem apoio e essas listas, segundo funcionários, só sairão durante o mês de outubro. Em desabafo a funcionária referiu não haver dinheiro...
Afinal para que serve o dinheiro das propinas e as promessas de apoios? Poderei pagar as minhas propinas alegando que, realmente, terei dinheiro para pagar mas neste momento não está disponível? Acho que não, que me mandam dar uma volta, ou pior, me cobram juros pelas minhas dívidas e acrescentam uma multa por não me ter matriculado no prazo.
Assim dá para perceber o porquê do Reitor ter perdido o epíteto de "Magnífico"!
(Chamar de Magnifico o Reitor é uma questão de tradição e praxe, e quando alguém tem esse cargo não pode ceder a pressões sejam elas quais forem. É como o presidente do Supremo Tribunal, Presidente da Republica, Primeiro Ministro e todas as profissões de responsabilidade. Quando ele cede a "panelinhas" de pessoas importantes dentro da universidade, tal titulo perde o valor e a tradição não se mantém.)

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, setembro 26, 2005

"Tribute"

[Spoken]
This is the greatest and best song in the world... Tribute.

Long time ago me and my brother Kyle here,
we was hitchhikin' down a long and lonesome road.
All of a sudden, there shined a shiny demon... in the middle... of the road.
And he said:
[Sung]
"Play the best song in the world, or I'll eat your soul." (soul)
[Spoken]
Well me and Kyle, we looked at each other,
and we each said... "Okay."
[Sung]
And we played the first thing that came to our heads,
Just so happened to be,
The Best Song in the World, it was The Best Song in the World."
Tribute - Tenacious D

Fito o negro que se condensa à minha frente; torna-se denso o nevoeiro em que caminham nos meus sonhos. As imagens são apenas miragens, tributos. Sensações vãs que não são mais que finas particulas de denso nevoeiro e que nada significam. Nem aos meus olhos, nem aos teus, nem aos de alguém que pudesse olhar bem fundo nestes sonhos.
...
Vou acordar.


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quinta-feira, setembro 22, 2005

"Caminha: candidato do PSD espancado à porta de casa", in Publico Online

Depois dos vários debates televisivos das autarquicas, em que as "brigas conjugais" são a unica coisa que se discute, do candidato Mário Soares a nova eleição de presidente e dos ultimos 4 governos em Portugal...
Estamos a perder os ultimos raios de democracia que restam do 25 de Abril... e tendo em conta que este tipo de coisas já acontecem em eleições para Associações Académicas (!) acho que também não se pode esperar muito da minha geração.
Quem é o proximo tirano?

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, setembro 19, 2005

"Há uma lei à qual obedecemos, e à qual todos os que estarão na nossa situação deverão obedecer, embora ninguém conheça a sua origem: o ser quer ser mais ser para poder continuar a ser, o poder mais poder para poder sobreviver."
História da guerra do Peloponeso, Tucídides

Li no jornal online o que aconteceu no debate para a Câmara Municipal de Lisboa, em que os candidatos em vez de anunciarem os seus programas, pontos de vista e tentar mostrar o porquê da sua candidatura ser melhor - e fazerem isto através de uma boa preparação retórica, respondendo às perguntas e levantando novas questões que os cidadãos passem todos os dias - passam o tempo todo do debate a apontarem defeitos de vária ordem ao adversário, ao seu partido, ao governo ou ex-governo ou a alguma situação que correu mal, ou esteja mal explicada, na governação autarquica anterior. E assim se passa o tempo de debate sem sequer surgir uma ideia nova senão ensinar aos mais novos como não se deve estar na política (ou como cidadão), e aplicando nos mais velhos uma nova injecção de abstenção.
No debate sobre Coimbra aconteceu a mesma coisa, com o sr. Victor Baptista a atacar o actual presidente e equipa sobre o problema dos incêndios na cidade, esquecendo-se que quando ele foi governador civil acontecera o mesmo e com uma câmara com a sua cor política. Infelizmente estas eleições mostram muito do que nunca se deve fazer para tornar a politica e os seus intervenientes como algo claro e de confiança - vejam-se as candidaturas de autarcas à revelia dos seus partidos e com acusações pendentes em tribunal. Infelizmente numero dois é ver que o proximo acto eleioral já está minado pela mesma incúria, ao ver-se que um dos candidatos presidenciais é um ex-presidente em dois mandatos, uma pessoa com bastante afeição popular mas que está velho e senil. Mas que tem um dos maiores partidos a apoiá-lo, o que se traduzirá num grande numero de apoiantes que depositam o seu voto por filiação e não por quererem realmente o melhor para o país.
Cada vez mais penso que nos debates televisivos deveria haver um juri, assim como há nos concursos do vários jogos da Santa Casa, em que avaliariam se o que é tratado é ou não importante para o espectador. Assim ao cair-se no insulto ou na pura demagogia, ou ainda na tentativa fraudulenta de fugir à apresentação de ideias acusando o anterior candidato de não ter feito nada, o debate seria liminarmente interrompido pelo apresentador.

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

sábado, setembro 17, 2005

Esquece...

Janela. Vento que abafa o calor, cheiro de calor misturado com o vento. Dia. Não me lembro da ultima vez que estive em situação semelhante, de olhar no vazio, com as vozes a sobreporem-se uma à outra, e à outra, e à seguinte. Não lhes dou atenção, não as ouço... não quero.
Não tenho tempo para vos ouvir ou para reproduzir o que ouço (não tenho tempo não tenho tempo).
Mesmo.
O brilho do sol atravessa em pedaços pequeninos os buracos da persiana e dá ao quarto um aspecto de assombro. Ou acabei de acordar e é assim que te vejo.
Aqui ao lado.
Perfume de mulher.
Vestido de mulher.
Caio novamente na almofada. Decidi: ainda não acordei, não vale a pena esforçar mais o meu cérebro cansado de ter pouco tempo (não tenho tempo).
Volto a fechar os olhos...
Esquece...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quarta-feira, setembro 14, 2005

Bóia

Olho para o fundo do mar à medida que a corrente me vai levando para junto da praia. Estou de barriga virada para baixo e costas ao sol. Não porque me esteja a bronzear, estou apenas morto. No meio do oceano, não sei bem aonde, apareço morto e sou levado para a costa, por vagas e ventos, e marés e ondas. O meu corpo apodrece e alimento várias espécies de animais, que se vão servindo dos restos e compondo a sua cadeia alimentar.
Não passo de plancton nesta ultima etapa de vida.
Plancton...

Espuma,
Onda,
areia...

Acordo. Afinal estou vivo.

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, setembro 12, 2005

Conversa da treta...

Vi ontem parte do debate das autárquicas à Câmara Municipal de Coimbra. Pareceu-me que quem estava mais bem preparado eram os jornalistas/moderadores do debate que souberam colocar questões incómodas ou perturbar os principais candidatos apontando-lhes comentários anteriores que fragilizavam a sua posição. Dos três, apesar de não se destacar e de não ser um brilhante comunicador, destaco Gouveia Monteiro que, de uma forma sóbria, explicou o seu trabalho como vereador da Habitação e soube destacar os pontos mais importantes da sua candidatura, objectivos do seu partido, e pontos de trabalho que tentou que fossem aprovados durante a sua vereação mas que esbarravam no conceito de politica da maioria camarária.
Quanto aos outros dois: Vitor Batista é mau demais para ser verdade (como candidato) e como não tem argumentos melhores passou o tempo todo a criticar a politica da Câmara em situações em que ele também seria visado (porque foi Governador Civil). Nomeadamente em incêndios florestais e na gestão e concurso do Metro de Superficie.
Tal como no Gato Fedorento: "ó Sôtor, Sôtor!"...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, setembro 05, 2005

(no amanhecer)

Chove no verão, numa noite que começou na tranquilidade do calor de fim de tarde. Chora a noite em recuperação de um verão a doer, a secar, a espelhar o seco que corre nas veias de um povo.
(Sinto a tua falta na solidão destas linhas, no desespero de lugar nenhum. A musica parece vaga e companhia parca para o pedaço que falta e se solta e verga um corpo - um ser - à inutilidade.)
Todos os dias, o amanhecer. O ver o dia nascer, indirectamente. Dentro de quatro paredes, no cubiculo, no escuro do quarto, de barriga para cima, a imaginar o negro escuro azul menos denso a clarear e engolir os pequenos pontos brancos brilhantes.
(Estrela que desaparece com o alvor da manhã, que me olha do longe da entrada da porta. Do mundo.)
[Pausa. O silêncio. Merecido.]
Sorriso.
(Sem decepções.)
Aquele.

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
O poder da palavra:
Um boato tornou-se o mais mortífero atentado terrorista no Iraque.

O poder da Natureza:
Katrina fez das suas e conseguiu o que grande parte do mundo, e 48% dos americanos, desejavam: provar que G.W. Bush é um imbecil e incapaz. Pena que milhares de pessoas tivessem que sofrer... nos EUA, porque no Iraque já acontece à uns anos...

O poder da Senilidade:
Mário Soares, 81 anos, ex-presidente da Republica por dois mandatos, candidata-se a um terceiro mandato - de cinco anos! A palavra "basta" terá lugar no seu dicionário?

O poder do Poder:
Para não perder um acto eleitoral o Partido Socialista apoia, em desespero de causa, um ex-presidente que já deveria - mesmo com esta legislação - estar na reforma.

A piada do ano:
Se Cavaco Silva visse o circo que se montou em Portugal e não se candidatasse a Belém: haveria muito boa gente que receberia um belo de um chá de semancol!

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Skank - Saideira
by Skank

Tem um lugar diferente
Lá depois da saideira
Quem é de beijo, beija
Quem é de luta, capoeira
Tem um lugar diferente
Lá depois da saideira
Tem homem que vira macaco
E mulher que vira freira

Comandante! Capitão! Tio! Brother! Camarada !
Chefia! Amigão! Desce mais uma rodada

Desce mais
Desce mais

Comandante! Capitão! Tio! Brother! Camarada !
Chefia! Amigão! Desce mais uma rodada

Tem um lugar diferente
Lá depois da saideira
Tem bandeira que recolhe
Tem bandeira que hasteia
Tem um lugar diferente
Lá depois da saideira
É tomando uma gelada
Que se cura a bebedeira


Comandante! Capitão! Tio! Brother! Camarada !
Chefia! Amigão! Desce mais uma rodada



Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

Imagem de Satélite...
... no dia a seguir à fogueira...



Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt