Conforto Religioso [A palavra amiga]
Acordei sobressaltado, a suar as estopinhas, por causa de um sonho estranho, mau. Definitivamente deveria beber menos. Alcanço com esforço a garrafa de água para tentar combater aquele sabor péssimo da boca durante a dureza e aridez da ressaca.
Vazia...
Pego nela, chateado por ter de me deslocar até uma torneira, sair do quente dos lençóis, para o chão e ambiente frio da casa.
Saída da cama, pernas não respondem e estatelo-me, estrondosamente, no chão.
- Oh meu Deus, disse eu em desespero de causa, será que esqueci como se anda?!
Um clarão de luz paira sobre mim, quase me cegando. Em stereo uma voz calma, suave, doce, melodiosa até para uma voz masculina (ah e falava em eco):
- Então meu caro aro aro... como poderias esquecer de andar ar ar? Tens é má memória ória ória, pois és paraplégico égico égico!
Tenho quase a certeza de ter visto um sorriso a escapar daquela luz, sacana de Deus sádico. Dá com uma mão mas tira com duas...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Pretende ser diferente do normal, por isso ser "contra natura". A ideia é desenvolver textos críticos, que possam misturar (ou não) um pouco de humor não amordaçado.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
"Munich", de Steven Spielberg
Vi ontem o novo filme de Spielberg. Acho que não é preciso fazer apreciação do realizador, ele é fantástico e está cada vez melhor - mas não é para falar de realização que escrevo, para isso deixarei para outro post - e o filme é de alguma violência, mais psicológica que visual.
No entanto motivou-me a escrever por uma frase que é falada no filme, em que uma israelita diz que antes não tinham terra e agora os judeus têm um país, uma casa, só deles. Algo do tipo " uma casa de judeus, só para judeus". Isto parece-me de um radicalismo enorme porque, se formos a ver no mundo democrático e civilizado, os paises não são identidade nem casa só de um tipo de pessoas, mas de todos aqueles que estiverem dispostos a respeitar a constituição e leis desse país. Em viver em harmonia com todos os que lá vivem.
Afinal a ideia de um país, de um estado judaico, era tão só e apenas isso: um país judaico, um estado judaico: apenas queriam um ghetto, um "campo de concentração" vigiado por eles próprios e mascarado de país, para viverem em "paz", já que noutros países não eram bem vistos.
Por outro lado, e fugindo um pouco deste ponto, vê-se que a estratégia de Israel tentar acabar com a violência - a partir de violência e fugindo aos preceitos religiosos que presidem ao judaismo - não é nem foi nunca a mais indicada. Os seus vizinhos, a quem foi roubada terra pelos estados ocidentais para formar um país com um povo mal vindo na sua própria pátria, são os mais ferozes e inconformados possivel. E todas as tentativas de, por morte, tortura e outros meios ilicitos, terminar com essa violência, apenas trouxe sucessores mais sanguinários, mais aguerridos e com mais ódio. Vê-se que Israel fracassou porque após aquele inimigo, Arafat, que aturaram ao máximo apesar de odiarem, o povo palestiniano votou no partido mais reaccionário e mais contra a paz.
Deus, seja lá quem for, escreve direito por linhas tortas. Quem será que dará a outra face primeiro?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Vi ontem o novo filme de Spielberg. Acho que não é preciso fazer apreciação do realizador, ele é fantástico e está cada vez melhor - mas não é para falar de realização que escrevo, para isso deixarei para outro post - e o filme é de alguma violência, mais psicológica que visual.
No entanto motivou-me a escrever por uma frase que é falada no filme, em que uma israelita diz que antes não tinham terra e agora os judeus têm um país, uma casa, só deles. Algo do tipo " uma casa de judeus, só para judeus". Isto parece-me de um radicalismo enorme porque, se formos a ver no mundo democrático e civilizado, os paises não são identidade nem casa só de um tipo de pessoas, mas de todos aqueles que estiverem dispostos a respeitar a constituição e leis desse país. Em viver em harmonia com todos os que lá vivem.
Afinal a ideia de um país, de um estado judaico, era tão só e apenas isso: um país judaico, um estado judaico: apenas queriam um ghetto, um "campo de concentração" vigiado por eles próprios e mascarado de país, para viverem em "paz", já que noutros países não eram bem vistos.
Por outro lado, e fugindo um pouco deste ponto, vê-se que a estratégia de Israel tentar acabar com a violência - a partir de violência e fugindo aos preceitos religiosos que presidem ao judaismo - não é nem foi nunca a mais indicada. Os seus vizinhos, a quem foi roubada terra pelos estados ocidentais para formar um país com um povo mal vindo na sua própria pátria, são os mais ferozes e inconformados possivel. E todas as tentativas de, por morte, tortura e outros meios ilicitos, terminar com essa violência, apenas trouxe sucessores mais sanguinários, mais aguerridos e com mais ódio. Vê-se que Israel fracassou porque após aquele inimigo, Arafat, que aturaram ao máximo apesar de odiarem, o povo palestiniano votou no partido mais reaccionário e mais contra a paz.
Deus, seja lá quem for, escreve direito por linhas tortas. Quem será que dará a outra face primeiro?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Dia de São Valentim, aka Dia dos Namorados
Como a maioria dos dias que comemoram qualquer coisa, este é uma comemoração absurda. Tal como dias festivos género Natal, só serve para gastar dinheiro em prendas para oferecer a quem se gosta. A diferença principal para o Natal é que o destinatário é só um (a não ser que se tenha um harém, ou para quem a palavra monogamia não consta do dicionário).
Assim desenvolvi uma teoria: o São Valentim devia ser comerciante ou ter um restaurante! Afinal é uma altura em que o consumismo está agregado ao próprio título, em que as filas nas floristas ultrapassa quase todas as vendas somadas de um ano, e que os restaurantes têm filas de espera enormes de casalinhos ávidos a jantar juntos, no romantismo de uma fila de espera - como se fora desse dia não pudessem jantar em conforto e romanticamente.
Depois encontra outros furos: quem não tem namorado(a) e é virado para o desespero? Cria depressão porque não tem com quem jantar/receber flores/compartilhar o amor que tem para dar.
Na minha opinião um relacionamento não conta pelo que se faz num dia, nem é um dia previamente marcado que vai servir para melhorar uma relação. Será mais proveitoso lembrar o dia em que se conheceram, começaram a namorar, casaram, tiveram filhos - dias muito mais marcantes (e muitas vezes facilmente esquecidos, o que nunca é bom) e que serão mais significativos para ambos e que devem ser comemorados a preceito.
Para mim o São Valentim, como a maioria dos santos, não tem qualquer significado, e até incomoda um pouco o cliché "o que fizeste com a tua namorada no dia 14?". Por isso vou dizer o que fiz:
Fiz caricaturas de Maomé, de Alá e das 70 virgens; o mesmo para o Holocausto e os judeus; queimei 100 bandeiras da Dinamarca, pisei também da Finlândia, Noruega, França, Alemanha e do Benfica - para ninguém se ficar a rir; alimentei um indiano com carne de vaca e um judeu com carne de porco (sem eles saberem); violei 3 cães, duas cadelas, um canário, duas velhinhas e uma fechadura; paguei a uma prostituta para se vestir de beata enquanto rezava 3 avé-marias e 2 pais nossos; fiz de professor universitário e realizei um exame; fiz de funcionário publico e cocei a micose; fiz de Ministro dos Negócios Estrangeiros e rasguei o cartão de Sócio do PP, escrevi uma peça de teatro e dei um beijinho no Sócrates; fiz de tudo um pouco e ainda pude ir para a noite beber como se não houvesse amanhã (hoje, que já é ontem...), e ainda adormeci que nem um anjinho a ouvir musica.
(Na verdade cozinhei um belo de um prato com salmão, delicias do mar e esparguete!)
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Como a maioria dos dias que comemoram qualquer coisa, este é uma comemoração absurda. Tal como dias festivos género Natal, só serve para gastar dinheiro em prendas para oferecer a quem se gosta. A diferença principal para o Natal é que o destinatário é só um (a não ser que se tenha um harém, ou para quem a palavra monogamia não consta do dicionário).
Assim desenvolvi uma teoria: o São Valentim devia ser comerciante ou ter um restaurante! Afinal é uma altura em que o consumismo está agregado ao próprio título, em que as filas nas floristas ultrapassa quase todas as vendas somadas de um ano, e que os restaurantes têm filas de espera enormes de casalinhos ávidos a jantar juntos, no romantismo de uma fila de espera - como se fora desse dia não pudessem jantar em conforto e romanticamente.
Depois encontra outros furos: quem não tem namorado(a) e é virado para o desespero? Cria depressão porque não tem com quem jantar/receber flores/compartilhar o amor que tem para dar.
Na minha opinião um relacionamento não conta pelo que se faz num dia, nem é um dia previamente marcado que vai servir para melhorar uma relação. Será mais proveitoso lembrar o dia em que se conheceram, começaram a namorar, casaram, tiveram filhos - dias muito mais marcantes (e muitas vezes facilmente esquecidos, o que nunca é bom) e que serão mais significativos para ambos e que devem ser comemorados a preceito.
Para mim o São Valentim, como a maioria dos santos, não tem qualquer significado, e até incomoda um pouco o cliché "o que fizeste com a tua namorada no dia 14?". Por isso vou dizer o que fiz:
Fiz caricaturas de Maomé, de Alá e das 70 virgens; o mesmo para o Holocausto e os judeus; queimei 100 bandeiras da Dinamarca, pisei também da Finlândia, Noruega, França, Alemanha e do Benfica - para ninguém se ficar a rir; alimentei um indiano com carne de vaca e um judeu com carne de porco (sem eles saberem); violei 3 cães, duas cadelas, um canário, duas velhinhas e uma fechadura; paguei a uma prostituta para se vestir de beata enquanto rezava 3 avé-marias e 2 pais nossos; fiz de professor universitário e realizei um exame; fiz de funcionário publico e cocei a micose; fiz de Ministro dos Negócios Estrangeiros e rasguei o cartão de Sócio do PP, escrevi uma peça de teatro e dei um beijinho no Sócrates; fiz de tudo um pouco e ainda pude ir para a noite beber como se não houvesse amanhã (hoje, que já é ontem...), e ainda adormeci que nem um anjinho a ouvir musica.
(Na verdade cozinhei um belo de um prato com salmão, delicias do mar e esparguete!)
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
terça-feira, fevereiro 14, 2006
"Je suis un étranger parmi les étrangers"
("sinto-me um estrangeiro entre os estrangeiros", Xavier, personagem do filme Residência Espanhola[L'Auberge Espagnole] )
É uma das ultimas cenas do filme, recentemente transmitido na RTP, canal 1, e que possivelmente muita gente não lhe dá o devido significado. Tal como somente o combatente dará significado a uma cena pura e dura de guerra ou uma mãe dará significado a uma cena real de um parto. Porém o que se vê naquela imagem é um comentário posterior do personagem enquanto ele anda sem rumo, a chorar, pelas ruas. Nada muito dramático, comparando com os exemplos que dei. No entanto quem esteve integrado no programa Erasmus deverá sentir-se reconhecido por este filme. Em todas as cenas são explicitos todos os momentos vividos, de várias formas, para quem embarca numa dessas aventuras.
Não é necessário que seja igual, porque cada experiencia é unica e, como todas e para toda a gente, é vivida intensamente. Cada periodo de alegria, de tristeza, de solidão, de carinho, de reconhecimento, de loucura, de bebedeira, de amizade, de camaradagem, de conhecimento. Nada, digo eu, se compara a uma aventura por alguns meses no estrangeiro.
Porque quando se retorna à patria natal somos estrangeiros. E quem vemos nas ruas são estrangeiros. E mesmo quem estava habituado a ouvir, nas ruas, outro idioma que não o português, sente estranheza por só ouvir falar português... mas sente-se quase em casa quando reconhece um idioma estrangeiro.
Por isso que faz tanto sentido a frase, que me ficará sempre presente no idioma de origem:
"Je suis un étranger parmi les étrangers"...
P.S.- Como a maioria dos meus leitores deve saber, estive em Erasmus em Paris de março a final de junho de 2004. Alojado na Cité Internationale Universitaire de Paris - CIUP, station RER B Cité Universitaire - na residência des arts et métiers (ENSAM), e a estudar na École Nationale Supérieur des Arts et Métiers(ENSAM), Boulevard de L'Hôpital (metro Place d'Italie). Seminário em Aerodinâmica, coordenado pelo professor Smaïne Kouidri.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
("sinto-me um estrangeiro entre os estrangeiros", Xavier, personagem do filme Residência Espanhola[L'Auberge Espagnole] )
É uma das ultimas cenas do filme, recentemente transmitido na RTP, canal 1, e que possivelmente muita gente não lhe dá o devido significado. Tal como somente o combatente dará significado a uma cena pura e dura de guerra ou uma mãe dará significado a uma cena real de um parto. Porém o que se vê naquela imagem é um comentário posterior do personagem enquanto ele anda sem rumo, a chorar, pelas ruas. Nada muito dramático, comparando com os exemplos que dei. No entanto quem esteve integrado no programa Erasmus deverá sentir-se reconhecido por este filme. Em todas as cenas são explicitos todos os momentos vividos, de várias formas, para quem embarca numa dessas aventuras.
Não é necessário que seja igual, porque cada experiencia é unica e, como todas e para toda a gente, é vivida intensamente. Cada periodo de alegria, de tristeza, de solidão, de carinho, de reconhecimento, de loucura, de bebedeira, de amizade, de camaradagem, de conhecimento. Nada, digo eu, se compara a uma aventura por alguns meses no estrangeiro.
Porque quando se retorna à patria natal somos estrangeiros. E quem vemos nas ruas são estrangeiros. E mesmo quem estava habituado a ouvir, nas ruas, outro idioma que não o português, sente estranheza por só ouvir falar português... mas sente-se quase em casa quando reconhece um idioma estrangeiro.
Por isso que faz tanto sentido a frase, que me ficará sempre presente no idioma de origem:
"Je suis un étranger parmi les étrangers"...
P.S.- Como a maioria dos meus leitores deve saber, estive em Erasmus em Paris de março a final de junho de 2004. Alojado na Cité Internationale Universitaire de Paris - CIUP, station RER B Cité Universitaire - na residência des arts et métiers (ENSAM), e a estudar na École Nationale Supérieur des Arts et Métiers(ENSAM), Boulevard de L'Hôpital (metro Place d'Italie). Seminário em Aerodinâmica, coordenado pelo professor Smaïne Kouidri.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Um olhar atento
Nas ultimas semanas observou-se que nem sempre de grandes é feita a actualidade, por vezes as pequenas coisas são as mais importantes. Torna-se, por vezes, e ironia do destino, critico quando essas pequenas coisas saltam de repente para a ribalta e provocam grandes movimentações de massa(s). Dois exemplos:- Um pequeno jornal de um pequeno país europeu, a Dinamarca - grande do ponto de vista dos direitos dos cidadãos, da qualidade de vida e da democracia - publica uns cartoons humoristicos sobre os islâmicos radicais. Passados uns meses, e segundo o New York Times, uma acção concertada de um grupo de radicais islâmcios lançam a ira junto do mundo muçulmano condenando este pequeno acto de liberdade e humor. Mau timing dinamarquês? Talvez. Porém os radicais islâmicos, como qualquer radical que se preze, é extremamente sério, sem escrúpulos e sem sentido de humor. Não perceber que uns desenhos humoristicos não ridicularizam uma religião mas sim quem a usapara abusar de quem dela acredita piamente é um choque, ainda mais vindo de pessoas supostamente instruidas - como os imãs e xeques. Os manifestantes são só a massa, aguerrida pelo seu falso profeta, que diz para atacar. Como qualquer cão obediente, eles atacam... e por vezes matam... em nome do seu Deus...
- A SONAE, um grupo empresarial privado português, faz o impensável ao tentar comprar o gigante das comunicações, PT. Para muitos loucura e ruina, para outros jogada inteligente e... loucura. A economia não é o meu forte, porém tenho uma certa curiosidade que me leva a ler tudo o que tenha a ver com jornalismo económico. Para mim a administração da SONAE é bastante corajosa e fez algo arrojado que, normalmente, nunca se faz em Portugal: arriscar! Assim se abrem caminhos e mentes, para todos aqueles que pensam que é impossivel atingir determinado objectivo por parecer inalcansável.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
"Caricaturas do Islão" protestam
Um grupo auto-denominado "caricaturas do islão", constituido por representantes das caricaturas publicadas em vários jornais europeus, difundiu um comunicado por várias agências noticiosas da Europa, do mundo e, inclusivé, do Irão, protestando contra os ataques que se propagaram um pouco por todo o mundo muçulmano... ou melhor, por algum mundo muçulmano.
Assim, e citando o referido comunicado, o grupo refere que "não nos revemos neste tipo de política de pisa e queima bandeiras pois não somos unicos como caricaturas.". Mais à frente na comunicação pode ler-se que "os mullahs sempre foram uma imagem fatela e caricaturada do nosso querido profeta e nunca antes ninguém se manifestou".
Para terminar, num tom muito duro e critico, o grupo acha "indecente que os próprios muçulmanos que estão contra as caricaturas matem e maltratem outros muçulmanos que precisam de trabalhar... e que destruam edificios no seu próprio país, contra tudo o que é racional".
A ultima frase do comunicado é suspeita, pois só diz, dirigindo-se aos mullahs: "Larguem a droga..."
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Um grupo auto-denominado "caricaturas do islão", constituido por representantes das caricaturas publicadas em vários jornais europeus, difundiu um comunicado por várias agências noticiosas da Europa, do mundo e, inclusivé, do Irão, protestando contra os ataques que se propagaram um pouco por todo o mundo muçulmano... ou melhor, por algum mundo muçulmano.
Assim, e citando o referido comunicado, o grupo refere que "não nos revemos neste tipo de política de pisa e queima bandeiras pois não somos unicos como caricaturas.". Mais à frente na comunicação pode ler-se que "os mullahs sempre foram uma imagem fatela e caricaturada do nosso querido profeta e nunca antes ninguém se manifestou".
Para terminar, num tom muito duro e critico, o grupo acha "indecente que os próprios muçulmanos que estão contra as caricaturas matem e maltratem outros muçulmanos que precisam de trabalhar... e que destruam edificios no seu próprio país, contra tudo o que é racional".
A ultima frase do comunicado é suspeita, pois só diz, dirigindo-se aos mullahs: "Larguem a droga..."
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Caricaturas do Islão
Para nós, povos democratas, "civilizados", umas caricaturas demonstrando algum sentido de humor com a actualidade não faz mais que rir, sorrir, ou fazer apontamento de uma realidade. Possivelmente um muçulmano que faça parte deste mundo pode ver a realidade e actualidade do momento cartoonistico ou até rir com o desenhado, ou até ficar indignado - tal como aconteceu quando António fez uma caricatura do Papa com um preservativo no nariz - como os católicos quando a eles toca a sorte.
A indignação do mundo democrático quando no mundo dos radicais islâmicos se queimam bandeiras da Dinamarca, se invadem embaixadas, se mata e se promete morte, é que me deixam, de certo modo perplexo. Afinal desde à muitos anos os radicais islâmicos matam em atentados SUICIDAS só porque os EUA existem, ou porque as pessoas são livres, porque há liberdade de expressão, livre comércio...
Um qualquer anúncio de soutiens ou pensos higiénicos indignaria qualquer muçulmano radical; é por isso que os jornais, digamos, em Teerão ou na Argélia, não têm esse tipo de publicidade. Cartoons?! Será que eles usam esse tipo de exercicio subversivo? Até agora que tipo de ironia foi usada pelos radicais islâmicos? Crianças a explodir para matar infiéis? Mulheres a demonstrarem a sua emancipação podendo explodir-se matando civis inocentes que vivem num país infiel?
Comecemos uma guerra: os países cujas bandeiras são queimadas e pisadas sentem-se indignados porque estão a destruir um simbolo nacional. Pedem aos estados em questão que se retratem por uma manifestação espontânea do seu povo... como termina esta escalada?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Para nós, povos democratas, "civilizados", umas caricaturas demonstrando algum sentido de humor com a actualidade não faz mais que rir, sorrir, ou fazer apontamento de uma realidade. Possivelmente um muçulmano que faça parte deste mundo pode ver a realidade e actualidade do momento cartoonistico ou até rir com o desenhado, ou até ficar indignado - tal como aconteceu quando António fez uma caricatura do Papa com um preservativo no nariz - como os católicos quando a eles toca a sorte.
A indignação do mundo democrático quando no mundo dos radicais islâmicos se queimam bandeiras da Dinamarca, se invadem embaixadas, se mata e se promete morte, é que me deixam, de certo modo perplexo. Afinal desde à muitos anos os radicais islâmicos matam em atentados SUICIDAS só porque os EUA existem, ou porque as pessoas são livres, porque há liberdade de expressão, livre comércio...
Um qualquer anúncio de soutiens ou pensos higiénicos indignaria qualquer muçulmano radical; é por isso que os jornais, digamos, em Teerão ou na Argélia, não têm esse tipo de publicidade. Cartoons?! Será que eles usam esse tipo de exercicio subversivo? Até agora que tipo de ironia foi usada pelos radicais islâmicos? Crianças a explodir para matar infiéis? Mulheres a demonstrarem a sua emancipação podendo explodir-se matando civis inocentes que vivem num país infiel?
Comecemos uma guerra: os países cujas bandeiras são queimadas e pisadas sentem-se indignados porque estão a destruir um simbolo nacional. Pedem aos estados em questão que se retratem por uma manifestação espontânea do seu povo... como termina esta escalada?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
A distância
A distância, que me separa do teclado. Não me deixa tocar-te, não consigo mexer braços, não consigo mexer mãos. Os meus olhos não distinguem diferenças de teclas, nem cores, nem relevos. Tudo num misto, uma papa indiferenciada e turva, que me cega, paralisa e impede de pensar.
Escrevo em memórias logo esquecidas no fundo do meu cérebro. Sofro com isso. Esqueço o sofrimento mas sinto o cansaço de tentar alcançar o teclado e não chegar lá.
Pudesse ter uma máquina de choques, que me pudesse castigar cada vez que não conseguisse tocar ou escrever... ou pensar... ou recordar. Recordaria [tocava [pensava [escrevia] mais] mais] depressa para não voltar a cair no erro.
Na dor.
Na causalidade.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
A distância, que me separa do teclado. Não me deixa tocar-te, não consigo mexer braços, não consigo mexer mãos. Os meus olhos não distinguem diferenças de teclas, nem cores, nem relevos. Tudo num misto, uma papa indiferenciada e turva, que me cega, paralisa e impede de pensar.
Escrevo em memórias logo esquecidas no fundo do meu cérebro. Sofro com isso. Esqueço o sofrimento mas sinto o cansaço de tentar alcançar o teclado e não chegar lá.
Pudesse ter uma máquina de choques, que me pudesse castigar cada vez que não conseguisse tocar ou escrever... ou pensar... ou recordar. Recordaria [tocava [pensava [escrevia] mais] mais] depressa para não voltar a cair no erro.
Na dor.
Na causalidade.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
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