segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Continuando com a mesma selecção musical...

... sem interrupções.




Audioslave - What You Are







And when you wanted me
I came to you
And when you wanted someone else
I withdrew
And when you asked for light
I set myself on fire
And if I go far away I know
You'll find another slave

(chorus)
Cause now I'm free from what you want
Now I'm free from what you need
Now I'm free from what you are

And when you wanted blood
I cut my veins
And when you wanted love
I bled myself again
Now that I've had my fill of you
I'll give you up forever
And here I go, far away
I know you'll find another slave

chorus

Then a vision came to me
When you came along
I gave you everything


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

domingo, fevereiro 27, 2005

Mudar o passado (com diferentes personagens)

Olha-se para trás. O passado. Lá habitam inumeros acidentes de percurso, bons ou maus, que ditaram a conduta diária de um transeunte. Eu. Nem sempre contente com a vida, com aquilo que fui ganhando sem nada fazer, com aquilo que foi conquistado a sangue, suor e lágrimas.

(nebulosa da Lagoa, oitava entrada no catálogo de Charles Messier (M8) e por NGC6523 - Portal do Astrónomo)

Like A Stone (by Audioslave)

On a cobweb afternoon
In a room full of emptiness
By a freeway I confess
I was lost in the pages
Of a book full of death
Reading how we'll die alone
And if we're good we'll lay to rest
Anywhere we want to go

Ela está lá! Sempre! Linda, radiante, luminosa, agradável. É sempre assim que se vê a antiga paixão, aquele amor marcante que sempre enche o olho; e o coração; e o pulmão que suspira e respira de descoberta! Carinho... o toque, que suave é! A ilusão de ter encontrado aquele ser perfeito e angelical que se encontra em alma, em sonhos, em rezas de deuses e deusas...

In your house I long to be
Room by room patiently
I'll wait for you there
Like a stone I'll wait for you there
Alone

Procuro pelo céu nocturno. Cansado. Vivo o que vivo, decido o que decido. Ou não; nem sempre o poder decisório é mais importante que a fuga. Fujo.
De mim, de ti, não importa de quem, de quê. Fujo qual cobarde assassino que mata sem querer, o sangue gela de medo; Fujo qual louco apaixonado que não pode viver a sua paixão, que não pode em seus braços acolher aquela que é sua escolha.

On my deathbed I will prey
To the gods and the angels
Like a pagan to anyone
Who will take me to heaven
To a place I recall
I was there so long ago
The sky was bruised
The wine was bled
And there you led me on

Razão: razões... serão mesmo necessárias? Porquê quando se quer não se é querido, e quando se é querido não se quer? Leis de Murphy, a necessidade da escolha ou a passividade do desenrolar do tempo. Noutro tempo falhei, desiludi, marquei passo.

In your house I long to be
Room by room patiently
I'll wait for you there
Like a stone I'll wait for you there
Alone

A oportunidade perdida sorriu-me de outra forma - algures, em campo de visão oposto, uma estrela de igual dimensão, espectro, escala, sorriu. Sem querer. Aqueceu-me com os seus raios, iluminou-me com a sua luz! Então eu vi.

And on I read
Until the day was done
And I sat in regret
Of all the things I've done
For all that I've blessed
And all that I've wronged
In dreams until my death
I will wander on

Vi que senti o mesmo que no passado, mas com mais saber; vi que graças ao que se passou poderia estudar a estrela de outra forma, sem usar potência demais no telescópio para não ferir a vista com a luminosidade! Vi que realmente nunca preenchi o vazio formado pelo desaparecimento daquela estrela, e agora que encontrei semelhante fico indeciso.

In your house I long to be
Room by room patiently
I'll wait for you there
Like a stone I'll wait for you there
Alone

Mais uma vez a decisão. E a tristeza. De perder a estrela semelhante ou de perder a estrela presente; de encarar as estrelas futuras na busca de uma passada ou presente, ou limpar completamente a lente e vê-la como ela é: nova, presente no presente e nunca um passado que se possa tornar futuro.
Só.


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Comentários sobre as eleições:


- Humoristico:
Esperemos que a Contra Informação tenha que fazer novos bonecos para o programa, porque se não o fizer é sinal que só o Guterres saiu, mas a merda é a mesma... e com maioria absoluta!

- A frase:
“Não há nenhum país civilizado no mundo onde a diferença entre trotskistas e democratas-cristãos seja de apenas um ponto. Mas em Portugal aconteceu”.
Paulo Portas
Em países civilizados um político não tirava proveito do funeral de uma figura nacional com proveitos eleitoralistas...


- A personagem:
Santana Lopes mostrou-se convicto até ao fim que iria ganhar, e o desvario chegou para chegar a pedir maioria absoluta num acaso. Depois de um governo de agendas trocadas, de decisões alteradas à ultima, de tomadas de posse e discursos equivocados, de erros de informação na campanha eleitoral, ainda pensava que conseguiria ganhar. Ingenuidade da parte dele, ou fabricação do "seu" staff partidário?

- Vencedor:
Sem dúvida o Bloco de Esquerda, que conseguiu quase triplicar a sua votação. De notar que as conquistas bloquistas foram mais significativas em Lisboa, Porto, Setubal e Coimbra (onde chegou a 3º partido mais votado). Nota-se que os seus votantes são mais em centros urbanos, e seguramente junto da população mais jovem. Espera-se uma subida (porque os actuais jovens continuarão por mais uns anos) ou uma descida (porque aparecerão mais jovens, mas o actual eleitorado muda-se para outros partidos)?

- Prémio Piedade:
Para Jerónimo de Sousa, ao ficar afónico no seu momento de gala: o debate com os outros candidatos. Decerto que logo aí ganhou simpatia de muitos indecisos; por outro lado mostrou uma força, um vigor, simplicidade e aprendizagem argumentativa, algo que Carlos Carvalhas seguramente não tinha. Afinal o PCP sempre se renovou!

- Flop Eleitoral:
Estava para escolher a Nova Democracia, mas não é justo penalizar um partido novo. Os partidos pequenos ficaram abaixo dos votos em branco, e possivelmente tudos os votos somados e os brancos ainda ficariam à frente. A razão, quanto a mim, é simples: todos os partidos, talvez à excepção da Nova Democracia que é novo e de direita - e a direita foi largamente derrotada - são iguais agora ao que eram à 15 anos atrás. Veja-se o PCTP/MRPP, cuja sigla enorme e desconhecimento do que quer dizer MRPP, dão o mote à "marcha militar" usada como musica nos tempos de antena, e a imagem de Garcia Pereira que nunca mudou ao longo de 15 anos (ele não envelhece?); o POUS idem, o PNR que não existia antes, mas que apresenta uma mensagem retrograda e mania de perseguição; o PH que é só boas vontades e nenhuma imaginação (tempos de antena sempre iguais)... ou seja, são todos cromos e assim nunca almejarão um lugar na Assembleia da Républica. O Bloco de Esquerda conseguiu porque tem base no PSR, que era o partido mais votado dos que nnão tinham assento parlamentar, mostrou uma imagem e um vigor mais jovens, e a mensagem também passou do eleitorado puramente operário para uma faixa mais interventiva. Todavia não estou a ver isso nesses partidos pequenos - ainda bem, diga-se! (exceptuando, novamente, a Nova Democracia)

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Só musica, sem interrupções, sem significados...

Atrás da Faculdade de Direito - Torre da Cabra, Univ. Coimbra Posted by Hello


Cali - Elle m'a dit
Je crois que je ne t'aime plus.
Elle m'a dit ça hier,
Ça a claqué dans l'air
Comme un coup de revolver.

Je crois que je ne t'aime plus.
Elle a jeté ça hier,
Entre le fromage et le dessert
Comme mon cadavre à la mer.

Je crois que je ne t'aime plus.
Ta peau est du papier de verre
Sous mes doigts... sous mes doigts.
Je te regarde et je pleure
Juste pour rien... comme ça.

Sans raison je pleure,
A gros bouillons je pleure,
Comme devant un oignon je pleure, arrêtons...

Elle m'a dit
Elle m'a dit

Je crois que je ne t'aime plus.
Relève-toi, relève-toi.
Ne te mouche pas dans ma robe,
Pas cette fois... relève-toi.

Tu n'as plus d'odeur,
Tes lèvres sont le marbre
De la tombe de notre amour,
Elle m'a dit ça son son était froid.

Quand je fais l'amour avec toi
Je pense à lui.
Quand je fais l'amour avec lui
Je ne pense plus à toi

Elle m'a dit
Elle m'a dit

Je crois que je ne t'aime plus.
Elle m'a dit ça hier,
Ça a pété dans l'air
Comme un vieux coup de tonnerre.

Je crois que je ne t'aime plus.
Je te regarde et je ne vois rien.
Tes pas ne laissent plus de traces
A coté des miens.

Je ne t'en veux pas,
Je ne t'en veux plus,
Je n'ai juste plus d'incendie
Au fond du ventre c'est comme ça

Elle m'a dit
Elle m'a dit
Elle m'a dit
Elle m'a dit

Alors j'ai éteint la télé
Mais je n'ai pas trouvé le courage,
Par la fenêtre de me jeter :
Mourir d'amour n'est plus de mon âge...

Elle m'a dit
Elle m'a dit

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

... um ano passa a correr...


Parc Montsouris, Paris 16éme, métro Cité Universitaire (RER B)Posted by Hello

Em um ano vive-se, e muito. Há um ano atrás estava prestes a ir "viver" quatro meses para Paris, comprei a viagem da Air Luxor, dois grandes amigos e colegas de curso terminaram e faltavam poucos dias para a sua comemoração, o meu irmão mais velho vinha trabalhar para Coimbra, conheci duas brasileiras pela net com quem tenho algum contacto, principalmente com uma delas (quem diria que seria um contacto permanente, através de e-mail, enquanto lá estive sozinho? É uma menina muito especial e temos uma amizade muito especial - apagas velas?).
Os meus pais, namorada, irmãos, amigos, assistiam ao rebuliço próprio de quem vai estar fora uns meses e a angustia da partida de alguém querido; eu sentia a angustia de ir enfrentar o desconhecido, o vazio e incerteza de saber se vou conseguir fazer o que tenho a fazer, se vou escolher bem, como me vou safar...
Já foi à um ano, como passou depressa! Sinto-me mais adulto, mais responsável, mais conhecedor de mim, mais determinado; mas há certos fantasmas que me atormentavam à um ano atrás que continuam a perseguir-me... ou melhor, ainda não os consegui enfrentar e torná-los como uma vantagem minha, um bem. E sinto também que o mundo, a vida, é enorme e uma constante fonte de aprendizagem, que tenho necessidade de beber, de aprender tudo o que aparece de novo à minha disposição e que me possa fazer mais feliz, mais sabido, mais empreendedor.
Há tantas coisas, tantas pessoas, tantas maravilhas... mais um ano...
Continuo (continuamos?) no próximo?

domingo, fevereiro 20, 2005

Estava para escrever algo muito triste e sentido hoje...



Mas felizmente inventaram a cerveja!, o néctar que eu adoro!!!
Fica para outro dia, deixem lá isso!
Bisous à tous,
mon signature ;)

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Coloco um cd no computador, contendo inúmeros mp3 que fui puxando da net, contrariando todas as lógicas de comercialização e contribuindo para um mundo livre e igual para todos - pelo menos aqueles que têm acesso a um computador e internet. Graças a esta conhece-se gente dos mais variados pontos do globo, e conhece-se assim musicas e culturas a que não teríamos acesso porque simplesmente não estão representados num país pequeno à beira mar plantado.

Epitáfio
Titãs



Devia ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração

É esta a globalização, ou pelo menos como a vejo. É este o espirito - partilha livre de algo desconhecido para outros, tornando assim conhecido. O ideal é que, com essa pressão individual, toda somada, esses artistas possam alcançar alguma expressão além fronteiras. Não somos todos idealistas?

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar

Muito se diz nesta musica, nestas linhas. Muito de nós, muito de mim. Entaramelados pela melodia, a ouvir o escorrer do som da voz do vocalista e a sentir que todos os pedacinhos de som debitado têm algo a ver connosco...

Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier

Tal como têm algo a ver com o vizinho do lado, que ouve também essa música na rádio, no cd portátil, ou simplesmente - e como eu - no conforto do seu lar, no computador, a trabalhar ou em relax.

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Não sei porquê especificamente esta música, ou se tem alguma recordação acompanhada... claro que tem! Uma recordação viva de alguém que faz parte de nós, nos preenche e com quem nos identificamos. E por quem deveriamos fazer mais; e por quem deveriamos mostrar mais; e por quem deveriamos justificar, todos os dias, a razão da nossa escolha. Deixamos para o fim dos dias, para o epitáfio...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos


Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Não há milagres antes das 10h da manhã...

(Inferno - c.1520, óleo sobre madeira 119 x 217,5 cm
Museu Nacional de Arte Antiga - Lisboa Portugal)

Alguém me consegue explicar porque o céu, Deus, ou lá o que É, têm a fábrica de milagres em periodo de funcionalismo publico? Não é justo, porque noutros horários, em periodos de excelência ou em emergências é necessário haver pelo menos um piquete. Imaginemos um hospital ser urgências? Ou os médicos marcarem consultas para as 9h e só chegarem às 12h?
Como podem as diversas religiões explicar aos seus fiéis: "desculpe senhor (com letra minúscula) mas o seu pedido não poderá ser atendido porque estamos fora de expediente"... é claro que não fazem isso, mas é essa a resposta óbvia em qualquer serviço religioso. Porque afinal, para que serve a religião se não houver milagres? Conforto espiritual? Quem acredita nisso?! De certeza que muitos não acreditam e ficam injuriadíssimos por eu estar a sugerir isso; porém quantos não são fervorosos porque, no meio da sua fé, está um pedidozinho desesperado "Vá lá Senhor (agora com letra maiúscula), liberte-me lá os numeros do Euromilhões".
E porque me insurjo com isto? Não me insurjo simplesmente. Fico embasbacado por ver tanta gente a vir ao funeral de uma pessoa que simplesmente é uma desconhecida; ver pessoas a chorar por pessoa tão bondosa; pergunto-me: será que alguma daquelas pessoas que veio DE PROPÓSITO a Coimbra ao funeral da Irmã Lúcia (porquê em maiúsculas?!) é um trabalhador comum, que tem o seu horário, paga os seus impostos, enfim, é um cidadão conforme? É que se forem todos reformados, ricos, bem na vida, desempregados, estudantes, donas de casa, ou simplesmente benfiquistas (que são os unicos que vejo concentrar-se aos magotes, em qualquer hora do dia, às portas do Estádio da Luz, quando querem protestar com a equipa), ou pior, faltarem ao emprego, puserem baixa, ou outros, só para vir ao funeral... quem fica a trabalhar?! Acrescentando a isto as pontes, as tolerâncias de ponto, férias fortuitas aproveitando os feriados que aí vêm, e Portugal fica com metade da população activa sem trabalhar durante metade do ano! E se morre o Papa? Mais uns dias de luto, de funerais, horas de cobertura televisiva...
Há outro pormenor: as pessoas dizerem que Irmã Lúcia tem mesmo cara de santa... com a mesma desfaçatez que dizem que o Carlos Cruz tem cara de pedófilo. Como é que se adivinha isso? Como é que se vê? No outro dia ouvi uma frase fenomenal sobre o Paulo Pedroso: "este tem mesmo cara daquilo que é" referindo-se obviamente à pederastia.
A forma como se elevam as pessoas a algo que são ou não são por falta de provas é gritante. É uma forma de justificar, talvez, porque o país tem niveis de desenvolvimento tão baixo, porque temos o sindroma de urinol: em vez de nos preocuparmos com o que temos entre mãos e colocarmos a trabalhar bem, preocupamo-nos a olhar para o vizinho do lado para saber se é maior ou menor, e agir de acordo com essa informação.
É genético e não me desembaraço desse pormenor. Também padeço do sindroma do urinol. Claro que não olho realmente e fisicamente para o lado, e se olhasse o leitor não teria nada a ver com isso; porém lembrei-me desta crónica por ter o exame de Cálculo III (matemática aplicada) às 9h da manhã. Mesmo se fosse um devoto (que não sou), santinho em reclusão (que nunca serei), que me chamasse Maria do Sagrado Coração, e tivesse os favores do Céu (aka o local onde vive Deus e a possivel fábrica de milagres), e pedisse um milagre, às 10h já vou com uma hora de exame, e termina uma hora depois... conclusão: nem Deus consegue numa hora o que o comum dos mortais mal consegue em duas! - e se conseguir não é Deus, mas professor de Matemática...
Tem alguma base de lógica; por isso na ultima vez que estive presente nesse exame me ocorreu uma frase à cabeça, não sei se a inventei ou se já a ouvi alhures: "Feel free to feel stupid!"

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Alguns anos atrás, ainda a Queima das Fitas se realizava no Parque Manuel Braga, esse local idílico para todos os estudantes de Coimbra. Diz quem ainda se recorda, e felizmente faço parte dos bons velhos tempos, esse local tinha uma mística especial, que fazia com que a festa dos estudantes tivesse um colorido diferente. Desde os longos relvados, à mercê da irreverência estudantil, por vezes em brincadeiras arrojadas e ginástas, aos mais tórridos romances, de tudo passou por aquela relva.

KKK Bitch
(music and Lyrics: Body Count)
Aw yeah, what's up out there? BC's in the house. Right
about now, I wanna tell you a little love story, you know
what I'm sayin', this is a Body Count love story check out
the lyrics, you know, I'm a tell you 'bout what happened
when we went down South last year on tour.

Desta forma vestiamos a capa e batina e ouviamos em altos berros esta que se tornou a musica desse ano. Procurávamos o cheiro da cerveja, do vinho, dos locais sórdidos da baixa de Coimbra, pois aquela era altura de festa, de folia, de beber uns copos com uns amigos, de nos despentearmos com umas miudas...

Out on tour yo, I been all around the world
went to Georgia, met this fine-assed white girl,
blonde hair, blue eyes, big tits and thighs,
the kinda girl that would knock out most guys.
She got wild in the backstage bathroom,
sucked my dick like a muthafuckin' vacuum,
said "I love you, but my daddy don't play,
he's the fuckin' grand wizard of the KKK."

Belas noites eram passadas no Benvindo, esse local venenoso onde o Inácio tinha quota marcada. O grande Vasco estava connosco e acompanhou-nos várias vezes ao Parque, onde a festa continuava. Por entre os caminhos relvados, ao longo das avenidas delimitadas pelas barracas de bebidas licenciosas que debitavam os sons da moda, e onde as massas se concentravam a beber, a dançar e a conhecer pessoas.

I I I love my KKK bitch, love it when she sucks me though,
I I I love my KKK bitch, love it when she fucks me though,
I I I love my KKK bitch, she loves it when I treat her bad,
I I I love my KKK bitch, mutha fuck her dear old dad.

Místico porque nunca ninguém se perdia naquele local! Somente se procurasse determinada pessoa, o que fazia com que nunca a encontrasse; ao ver-se só e perdido dos seus, o estudante encetava um caminho mais ou menos direito pelas avenidas de barracas, bebendo aqui e ali, e vendo se encontrava alguém conhecido.

You know what I'm sayin'. So we was down South fallin' in
love, you know, D-Roc had this Nazi girl, my man
Mooseman had a skinhead, I fell in love with Tipper Gore's
two twelve year old nieces. It was wild, you know what I'm
sayin', it got even worse, you know.

Várias vezes se encontrava aquela pessoa que não se via à tanto tempo, e o provável era passar várias vezes pelo local onde os amigos estavam concentrados... mas são tantas as pessoas e nem sempre se olha para o lado com olhos de ver... e nessas alturas toda a gente anda um pouco amalucada!

So one night they took us to a meetin'
white sheets, white hoods, no room for seatin'
there was Skinheads, Nazi's and crazies,
talkin' 'bout black people pushin' up daisies.
They hated Blacks, Jews, Puerto Ricans,
Mexicans, Chinese, even the Indians.
We had our hoods on,
we were slick
she pushed her butt up hard against my dick.
Then her daddy jumped on the stage
talkin' 'bout killin' in a goddamn rage.
I got mad, my dick got hard
entered in her ass
she said, "Oh my God!"

A festa continuava até altas horas! Muitas vezes com o despontar dos primeiros raios de sol, onde muitos já não aguentavam, se de alcool ou de cansaço, e deixavam-se ficar em agradáveis dormidas naquela relva prazenteira e agradável.

I I I love my KKK bitch, love it when she fucks me though,
I I I love my KKK bitch, love it when she sucks me though,
I I I love my KKK bitch, she loves it when I treat her bad,
I I I love my KKK bitch, mutha fuck her dear old dad.

So what we really tryin' to say is Body Count loves
everybody. We love Mexican girls, Black girls, Oriental girls,
it really don't matter. If you from Mars, and you got a pussy,
we will fuck you. You know, that's all we're sayin', word

Recordo com saudade aquela bebida de travo doce, um misto de sabor a sumol laranja e a bagaço, que dava pelo nome idilico de "Fodinha". Muitas "fodinhas" se bebiam durante uma noite! E muito moche e muito salto e muitas meninas se conheciam...

So every year when Body Count comes around
we throw an orgy in every little Southern town.
KKK's, Skinheads, and Nazi
girls break their necks
to get to the party.
It ain't like their men can't nut,
their dick's too little
and they just can't fuck.
So we get buck wild with the white freaks
we show them how to really work the white sheets.
I know her daddy'll really be after me,
when his grandson's named little Ice-T.

Assim a noite ia terminando, para começar na noite seguinte. Ao fim desta seguiamos novamente para o carro, pronto para nos levar a casa no seu piloto automático, e a debitar os décibeis dessa música que, para sempre, ficará gravada na memória como sendo a música dessa queima das fitas: "kkk bitch"!

I I I love my KKK bitch, love it when she fucks me though,
I I I love my KKK bitch, love it when she sucks me though,
I I I love my KKK bitch, she loves it when I treat her bad,
I I I love my KKK bitch, mutha fuck her dear old dad.

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

sexta-feira, fevereiro 11, 2005


Deito-me na relva a apanhar os ultimos raios de sol deste final de tarde. Olho o céu, cruzado por dezenas de aviões nos seus corredores, talvez em viagens de longo curso, ou somente a cruzar os céus dos países do centro da Europa, a transporatar aqueles que, como eu, decidiram sair por momentos do seu país de origem e conhecer outros cantos.
No relvado extenso, tal como eu, estão outras pessoas, de diversas nacionalidades, a aproveitar da melhor forma que o consideram o espaço fisico, o clima, o ar que se respira aqui, neste pulmão excelente que faz esquecer a grande cidade. Uns jogam rugby, o seu desporto de eleição; outros, com pequenas bandeiras dinamarquesas, demarcam um pequeno "campo de jogos" onde homens e bonitas e elegantes meninas jogam ao freezbee; um grupo de cerca de 20 espanhóis está centrado, em amena (e alta voz) cavaqueira, na sua lingua de origem, com garrafas de vinho tinto e branco abertas; uns tocam guitarra tal qual eu aproveito os sons; outros brincam com cães, ou simplesmente passam o serão a ler, ou a observar.
Paro a minha observação, fecho os olhos e limito-me à audição.
É calmo este fim de tarde; calmo e belo, céu azul, temperatura amena, sons misturados de centenas de nacionalidades e os seus sotaques, diferenças de tom de pele, de olhos, de cabelo... enfim, a globalização, naquele rectângulo de relva.
Olho as horas: tenho que ir fazer o jantar. Ninguém o fará por mim...

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Sobre as eleições - visão pessoal

Calhou que fosse escrever sobre as eleições no mesmo dia em que Alberto João Jardim decidiu opinar sobre Cavaco Silva... a este respeito, e antes de tudo, vou opinar:
  • O Dr. Jardim referiu-se ao Prof. Cavaco como o Sr. Silva, e como se ele fosse um desgraçado que o PSD deu a mão e lhe deu a brilhante hipótese de ser Primeiro Ministro de Portugal com duas maiorias absolutas. Se na primeira maioria isso pode ser parcialmente verdade, o que acontece é que Cavaco Silva pegou no PSD no congresso da Figueira da Foz quando ninguém, talvez nem o próprio, estivesse à espera. Tornou o partido e membros crediveis ao eleitorado e mostrou que em Portugal também há politicos competentes. Sem querer analisar o seu percurso, que obviamente teve erros e coisas boas, Cavaco Silva foi o melhor Primeiro Ministro de Portugal. No entanto o dr. Jardim acha que ele é um traidor e arroga-se a puxar dos galões para dizer que ele deixou tudo para a esquerda... este mesmo Jardim que não tem qualquer problema em usar os deputados da Madeira para aprovar orçamentos de governos que não sejam do seu partido... (merecia o prémio Gaveta!) - descaramento precisa-se!
Agora sobre as eleições:
  • A campanha eleitoral começou como terminou a pré-campanha: nojenta! Não nos livraremos tão cedo de acusações de parte a parte, como as crianças que se acusam mutuamente e o unico argumento que usam é "não fui nada, foi ele!", que vendo bem as coisas é o melhor argumento que se pode usar numa democracia, e tendo tanta necessidade de politicos e politicas competentes.
  • É dificil ver grandes diferenças no PSD e PS porque o país chegou a um estado tal que qualquer partido que forme governo não poderá mexer muito para muito lado. É necessário haver muito rigor nos orçamentos, nos dinheiros, na Segurança Social, empregos, concertação... sobra limpar asneiras como na educação e rezar que se possa ser um país competitivo daqui a 15 anos...
  • Acho bem que Santana Lopes concorra a Primeiro Ministro. Afinal ele quis substituir Durão Barroso, era o seu sonho, e não era justo que fizesse trampa e se pusesse a andar. Assim pagará pelo bem e pelo mal que fez. No entanto tenho medo. Medo porque os humoristas cresceram a olhos vistos e foi uma área onde além de não haver desemprego, até foi criado muito trabalho, logo os humoristas votarão todos PSD; além disso há aquelas pessoas que vêem a política completamente descredibilizada e podem votar PSD só para gozar... pelo que há uma hipótese, ainda que remota, do PSD ganhar as eleições...
  • Até acho que o Sócrates poderia ser um bom primeiro ministro... se não fosse do PS. Na verdade não morro de amores pelo PS, mas não é por isso que o digo. Simplesmente quem for imparcial o suficiente perceberá o meu argumento: a tralha Guterrista está toda atrás dele, prontinha a reocupar os espaços deixados quando o Guterres pôs o rabinho entre as pernas; além disso o PS é o partido, ao que me parece, em que há mais gente a viver da politica, o que não me parece ser muito bom se queremos avançar. Porque quem está no meio e conhece e usa os podres, nunca vai querer que o sistema mude! Olhe-se para a cara do Dr. Almeida Santos e vê-se a burocracia do país, num retrato cru e nu (e feio)!
  • Não seria capaz de votar no PP, são conservadores demais, mas tenho que lhes tirar o chapéu: Paulo Portas reorganizou as Forças Armadas, revitalizou as industrias de armamento e as OGMA, e assinou contratos de re-equipamento muito importantes; além disso os ministros Bagão Félix e Luis Nobre Guedes mostraram a sua competência (goste-se ou não das suas políticas). Para terminar, viu-se que Paulo Portas não brincou enquanto o Santana Lopes foi primeiro ministro e já tinha preparadas a estratégia e composição de um possivel governo PP.
  • Os partidos pequenos são os que costumam apresentar mais trabalho no parlamento, e o PCP é um desses. Com o aparecimento do Jerónimo de Sousa acho que houve uma revitalização porque o Carvalhas já andava cansado destas andanças, mas acho que ainda falta um pouco de verbo, de argumentação a este PCP. Não que precisem dela para ganharem eleitorado, mas para poderem lutar de igual para igual, rétoricamente, com os lideres dos outros partidos.
  • O Bloco de Esquerda é, e será, sempre mais radical. E confesso que me atrai em certos aspectos. Apesar do meu conceito politico se aproximar da social democracia, em Portugal o PSD só a tem no nome, e quem tem lutado mais por isso é o PCP e o BE. O BE ganha porque tem uma linguagem e imagem mais jovial e porque são uma força relativamente nova e aguerrida, que veio dar outro colorido à Assembleia da Républica. Nas primeiras eleições em que eles elegeram deputados eu votei neles porque considerei que a Assembleia da Républica representaria mais o povo se tivesse mais uma força politica: não me enganei. Agora o meu voto vai pender novamente para o BE porque acho que merecem a confiança. Além do mais penso que têm quadros competentíssimos que poderiam ser aproveitados num governo.
Acho que me alonguei; não sei se voltarei a este tema, mas já deu para dar o meu ponto de vista.

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

O Poder de uma frase...

"I want you bad"
Offspring

If you could only read my mind
You would know that things between us
Ain’t right
I know your arms are open wide
But you’re a little on the straight side

I can’t lie
Your one vice
Is you’re too nice
Come around now can’t you see

I want you
All tattooed
I want you bad

Complete me
Mistreat me
Want you to be bad

If you could only read my mind
You would know that I’ve been waiting
So long
For someone almost like you
But with attitude, I’m waiting so come on

Get out of clothes time
Grow out those highlights
Come around now can’t you see

I want you
In a vinyl suit
I want you bad

Complicated
X-rated
I want you bad

Don’t get me wrong
I know you’re only being good
But that’s what’s wrong
I guess I just misunderstood

I want you
All tattooed
I want you bad

Complicated
X- rated
I want you bad

I mean it
I need it
I want you bad

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt