Pretende ser diferente do normal, por isso ser "contra natura". A ideia é desenvolver textos críticos, que possam misturar (ou não) um pouco de humor não amordaçado.
sexta-feira, fevereiro 11, 2005
Deito-me na relva a apanhar os ultimos raios de sol deste final de tarde. Olho o céu, cruzado por dezenas de aviões nos seus corredores, talvez em viagens de longo curso, ou somente a cruzar os céus dos países do centro da Europa, a transporatar aqueles que, como eu, decidiram sair por momentos do seu país de origem e conhecer outros cantos.
No relvado extenso, tal como eu, estão outras pessoas, de diversas nacionalidades, a aproveitar da melhor forma que o consideram o espaço fisico, o clima, o ar que se respira aqui, neste pulmão excelente que faz esquecer a grande cidade. Uns jogam rugby, o seu desporto de eleição; outros, com pequenas bandeiras dinamarquesas, demarcam um pequeno "campo de jogos" onde homens e bonitas e elegantes meninas jogam ao freezbee; um grupo de cerca de 20 espanhóis está centrado, em amena (e alta voz) cavaqueira, na sua lingua de origem, com garrafas de vinho tinto e branco abertas; uns tocam guitarra tal qual eu aproveito os sons; outros brincam com cães, ou simplesmente passam o serão a ler, ou a observar.
Paro a minha observação, fecho os olhos e limito-me à audição.
É calmo este fim de tarde; calmo e belo, céu azul, temperatura amena, sons misturados de centenas de nacionalidades e os seus sotaques, diferenças de tom de pele, de olhos, de cabelo... enfim, a globalização, naquele rectângulo de relva.
Olho as horas: tenho que ir fazer o jantar. Ninguém o fará por mim...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
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