Zambujeira do Mar...
e o sol vai recolhendo aos aposentos...
(foto: Paulo Aroso Campos )
Olhei-te de norte, distinto. Sussurrado por ti, Deus Sol, que abrasaste a minha pele e indicaste o local de repouso: Zambujeira do Mar, a flor de lótus que seria o tímido descanso, o leve banhar, o salgar da pele na aquecida água oceânica. A água da separação, a água da reconciliação.
Invejo-te e tenho vergonha. Porque não sou quente como tu, ó Sol que nos banhas; porque te deitas nas calmas águas atlântidas e és envolvido dormente adormecido sem morreres ou te afogares; porque atrás de ti vem uma Lua reluzente que te procura te ama te quer e por ti ilumina o mortal...
Mostro as imagens porque não posso descrever o que me vai na alma, como corre o sangue nas veias. Só tu o sabes, porque a ti o canto e conto.
Iluminante, quente, iluminado, adorado, desejado... dourado como os desejos e como os deuses!
Sem comentários:
Enviar um comentário