Nome
(Letra e Musica: Giz, Legião Urbana)
Assim o escrevo à beira mar para que a maré o apague.
Assim me sento na areia a observar.
Assim tiro fotos para marcar o momento, para não esquecer. Que o apaguei. Definitivamente.
E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço, por assim dizer
Quando convém
Aparecer ou quando quero
Quando quero
O rosto, o corpo, o toque e o cheiro, o olhar, as mãos e os lábios e os cabelos... esses não ficam no nome, infelizmente. Os suspiros, os gritos, as vozes, os sonhos. A leveza do teu ser, do teu amor do teu [nosso] prazer... do meu prazer...
Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És, parte ainda do que me faz forte
E, pra ser honesto
Só um pouquinho infeliz
O mar levou o teu nome no inicio da maré cheia. Como leva o barco de pesca com uma onda, ou os turistas com um tsunami. E ninguém tem nada a ver com isso. Eu tenho, porque é o teu nome. E as nossas recordações. E o teu beijo.
E o teu abraço. Aquele abraço que só tu sabes dar. Com o beijo quente junto da boca. Como o fazes agora, após teres sido apagada pelo mar...
Mas tudo bem
Tudo bem, tudo bem...
Lá vem, lá vem, lá vem
De novo
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei
Tudo bem, tudo bem...
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Tudo bem, tudo bem...
Acho que estou gostando de alguém
Tudo bem, tudo bem...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
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