Presidenciais: sobre o(s) - possiveis - adversário(s) de Cavaco
Primeiro era Guterres que, já habituado, pulou fora - tal como Durão, para o estrangeiro;
Depois era Vitorino, que foi o responsável pelo programa de Governo do PS e que, afinal, não tem gosto pela vida de governante público (parece que se a capital fosse fora de Portugal não haveria problema...). Assim pôs-se de parte;
Depois Manuel Alegre, cujo lirismo e poesia e vontade e combatividade fazem dele o eterno candidato a tudo e a nada - nome para trazer debate, falar falar falar, e perder;
Freitas do Amaral bem que tenta que alguém pegue nele... pelos vistos já se fartou do Governo e do Ministério dos Negócios Estrangeiros (estando por dentro deve ter visto a reacção ao artigo do Campos e Cunha e lembrou-se da entrevista a desancar);
Mário Soares é o eterno presidente (ou Rei, como se chamou durante a sua "dinastia"). Falha porque regredimos 20 anos, porque ele tem mais de 80 anos, porque já foi presidente por dois mandatos, porque é apenas possivel candidato porque o PS não quer perder, porque o partido do Governo tem medo de enfrentar um presidente que não assinará tudo só porque há estabilidade... tal como Soares fez com Cavaco numa situação semelhante.
Acima de tudo esta situação parece-me absurda e aberrante: numa altura em que se fala da limitação de mandatos, de reformas só a partir dos 65 anos, querem levar às urnas um ex-presidente durante 10 anos, já reformado, com mais de 65 anos e com uma fundação que durante anos (de governo Guterres) foi priveligiada com o esfurancar do défice.
Só falta o PPM apresentar o seu candidato: D. Duarte Pio!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
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