quinta-feira, dezembro 02, 2004

Divagações

Sento-me em frente ao computador. Na minha cabeça muitas ideias estão prontas a saltarem para o teclado, e daí para o écrã e para um ficheiro informático. Sinto-me cheio de imaginação, cheio de vontade de escrever, com tempo e prazer de distender todo o meu vocabulário para o vazio do ficheiro.
Abro-o. Vassoura mental, tudo varre o que estava pronto a sair; saiu antes do tempo, sem avisar, sem dizer para onde foi. Olho para o teclado, para o écrã. Nada, vazio. Branco, como uma folha virgem de papel; insipido e inodoro, como a água pura.
Ouço o som da chuva lá fora, por entre os rugidos musicais que coloquei para acompanhar e dar o compasso à (inexistente) escrita. Merda!
Volto a reflectir. Nada ocorre.
Fecho o ficheiro por entre juízos mentais de senilidade e uns quantos palavrões.
Adeus!

(De facto estou anormalmente com falta de assunto, e agora há tantos passiveis de serem comentados, criticados, falados, transformados num pequeno apontamento humoristico. Mas nada. A inspiração nada quer comigo. Tenho musas que inspiram, mas este black-out não é problema da falta de musas, que me ajudam bastante nos piores momentos. É um bloqueio mesmo! Penso e olho para essas musas de inspiração, quais deusas do Olimpo, mas não me surge palavra, somente gratidão por existirem e por, por vezes, me darem azo à escrita. Mas não surge palavra... melhores dias virão! Por esse facto gostaria de pedir desculpas às musas e aos leitores.)

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

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