terça-feira, dezembro 07, 2004


(Remanescente de Supernova Cassiopeia A, www.portaldoastronomo.org)

Constelações

Olho para o céu nocturno para te ver a ti, estrela, que no negro impões o teu brilhante. Olho para ti porque és beleza, porque és lembrança, porque és distância luminosa de um passado quente e acolhedor.

Constelações, onde todas se juntam. Desenham, brilhos diferentes, interagem. Saudade! Cada constelação une amor passado, ou presente, ou futuro. No teu desenho, constelação, beijei uma, me encantei por outra, declarei a outra o meu amor... usei-te para impressionar mais uma?! Ou tudo foi um sonho, tão impraticável e tão distante quanto vós estais de mim, tão distante quanto vós estais umas das outras.

Cada mulher um desenho diferente, cada paixão um brilho diferente, cada amor o escuro da noite, sem saber o que é dia até chegar a manhã. Até os primeiros raios de sol esconderem o vosso desenho celeste e iluminarem a face de quem ao meu lado dorme.

O meu amor...



Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

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