Sem título...
(Salvador Dali, Apparatus and Hand)
Choro lágrimas de sangue
da dor que me abre o peito
e abre a carne enfraquecida;
Fungo o ranho que se acumula
de tanta porcaria que sai
do excrementoso pensamento.
Babo a saliva do desespero
da tristeza acumulada
da voz que se prende.
Não solto palavra,
apenas fluidos corporais.
Estes mostram os sinais
de uma morte anunciada.
Esclarecimento: Por vezes os projectos e planos não correm como queremos, e quem mais os impede de se realizarem somos nós. Somos o nosso maior inimigo e temos de nos combater com ferocidade para ultrapassar certas (e determinadas) barreiras. Os ultimos posts não têm sido dos mais agradáveis, têm percorrido temas mais tristes, macabros, bizarros ou, simplesmente, o mau gosto. São opiniões. Podem ou não reflectir a sensibilidade ou vida do autor no momento de escrita, podem constituir ficção.
Da minha parte confesso que não estou no meu melhor periodo, apesar de escrever regularmente neste espaço. Esta tentativa frustrada de poesia (sem que o tentasse inicialmente, mas que surgiu) saiu-me de uma insónia num momento especialmente mau. Aqui desabafo e aqui deixo umas palavras de esperança: estou a esforçar-me para que mude para melhor.
Positivismo precisa-se!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
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