segunda-feira, dezembro 13, 2004

Interlúdio...
"A única forma de descobrir os limites do possível é atingir o impossível."- Arthur C. Clarke


(Olho de Ouadjet, simbolo egipcio)

Deslizo pelo papel imaginário sem contemplações para a sua verdadeira natureza: papiro, papel ou écrã de computador, a caneta é sempre a mesma: a minha visão, a minha imaginação, o meu mundo em constante movimento.
Olho a vida nos olhos e o mundo como ele é: belo, cheio de diferentes formas, pululando de vida em todos os poros, buracos, recantos encantados, desde a mais inóspita paisagem ao mais fértil vale.
E de que vale? A escrita dá a famosa impressão do que é não sendo, imaginando o inimaginável, explorando o inexpugnável. Através da virtual caneta conhecemos culturas e pessoas diferentes mas também iguais, que procuram incessantemente o conhecimento através de outras pessoas e credos. Quem a isto renega simplesmente decidiu ficar na caverna a ver as sombras e dali não sairá até cegar, hora em que as sombras deixam de ser sombras e passam a ser a sua existência: o escuro eterno e total. Através deste mundo literário posso prazenteiramente sentir-me triste num dia alegre, sentir frio num dia quente e quente num dia frio, sentir saudoso junto de todos que tenho saudades, sentir só com muita companhia. Sentir... sentir...
Guardo só, e deixo como final, duas imagens que me foram dadas por duas pessoas, ambas diferentes, ambas iguais: a alegria inigualável do coração a bater de emoção, e a beleza da palavra "mankind" - têm ou não a ver, são, ou não, diferentes e iguais?

(Atendendo à falta de comentários no meu blog, que são sempre bem-vindos, decidi abusadamente enviar o meu ultimo post por e-mail para uma quantidade indiscriminada de pessoas. Recebi respostas que muito me agradaram, quer por e-mail, quer pessoalmente. Achando-me ou não um bom escritor, é sempre bom ter retorno e saber que as pessoas gostam de ler e têm sentido critico. Vindo de amigos essas palavras calam fundo e emocionam. Mesmo assim gostava que o fizessem no site, mesmo anonimamente se quiserem algo menos intimo para todos os que lêem: é que basta uma pessoa comentar para outras verem e juntarem a sua voz.
A todos os leitores, mesmo que não comentando, o meu expresso agradecimento e humilde reconecimento. Bem hajam!)

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

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