terça-feira, janeiro 31, 2006

Such a lonely day
And it's mine
The most loneliest day of my life

Escuro em lugar da memória que devia existir. As lembranças surgem em flashes e com cada um aquela pontada dolorosa na cabeça. Olhos semi-cerrados e aquela "ressaca guerra". E o sabor na boca, e a língua de cortiça. Detergente.
E a tentativa de lembrar, e o que não existe nem existiu. Se não lembro. Se não lembras. Se o colectivo.
[Reagi quando te encostaste, quando a tua mão rodeou os meus cabelos. Tocaste-me no pescoço, tocaste-me...]
Leio o livro, a luz é fraca. Não me lembro e quero esquecer que não me lembro. Pode ser que assim me faça lembrar.
[Nem guardei o teu número, nem o pedi!... perdi a oportunidade de to pedir, de o ter, mesmo que fosse para não lembrar, mesmo que fosse para esquecer.]
Trechos que parecem estupidamente verdadeiros. E que não lembro...

Such a lonely day
And it's mine
It's a day that I'm glad I survived

Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt

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