Musica: Green Day - Wake Me Up When September Ends
Excertos de texto: Paulo Aroso Campos
Summer has come and passed
The innocent can never last
Wake me up when September ends
Tiro o crucifixo do peito porque deixei de acreditar. O peito nú; o corpo nú. As cicatrizes invisiveis, internas.
Like my father's come to pass
Seven years has gone so fast
Wake me up when September ends
Janela aberta, o frio do outono. Pele arrepiada, sentidos a funcionar normalmente. Pele de galinha, pêlos em riste.
Here comes the rain again
Falling from the stars
Olho ao espelho a figura que o enfrenta: o cabelo curto, a expressão triste num olhar cansado, as marcas escuras nos olhos que não descansam... desde a ultima vez.
Drenched in my pain again
Becoming who we are
Inexpressão, total e completa...
As my memory rests
But never forgets what I lost
Wake me up when September ends
Summer has come and passed
The innocent can never last
Wake me up when September ends
No outono, começo de outono. Água cai dos meus olhos, e arde e doi - mais que o frio que me arrepia a pele - e crava mais fundo as rugas, e esforça mais as costuras de um coração mal cicatrizado e doente.
Ring out the bells again
Like we did when spring began
Wake me up when september ends
Here comes the rain again
Falling from the stars
Drenched in my pain again
Becoming who we are
Crucifixo e janela: binómio. Percorro um rosário que desaprendi com gosto.
As my memory rests
But never forgets what I lost
Wake me up when september ends
Summer has come and passed
The innocent can never last
Wake me up when September ends
De olhos fechados arremesso-te pela janela aberta e fria arrepiante das folhas secas que vão caindo, castanhas, ao sabor do vento.
Like my father's come to pass
Twenty years has gone so fast
Wake me up when September ends
Wake me up when September ends
Wake me up when September ends
Para nosso bem...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Pretende ser diferente do normal, por isso ser "contra natura". A ideia é desenvolver textos críticos, que possam misturar (ou não) um pouco de humor não amordaçado.
quarta-feira, agosto 31, 2005
terça-feira, agosto 30, 2005
Simplesmente delicioso!
Quem gosta de ler seguramente vai gostar de ler isto. Aqui vai um pequeno paladar:
"e parei para pensar como era bom ser o gato de Pessoa que brinca na rua sem calcular se haverá pedra na calçada que lhe chegue para se deitar ao sol."
Divino! Ou como diz o cozinheiro do programa "Na roça com os tachos": búnito, búnito, a lingua portuguesa é tão búnita!
Visitem!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Quem gosta de ler seguramente vai gostar de ler isto. Aqui vai um pequeno paladar:
"e parei para pensar como era bom ser o gato de Pessoa que brinca na rua sem calcular se haverá pedra na calçada que lhe chegue para se deitar ao sol."
Divino! Ou como diz o cozinheiro do programa "Na roça com os tachos": búnito, búnito, a lingua portuguesa é tão búnita!
Visitem!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, agosto 29, 2005
Brilho
(imagem: Constelação de Escorpião - Portal do Astrónomo)
Deito-me na solidão a imaginar no tecto a imagem do céu azul: deitado na praia e ver a imensidão, qual mar aéreo que enche e preenche o campo visual.
Fecho os olhos do céu azul e desenho as estrelas e planetas e constelações presentes na memória e que ocupam aquele específico local no espaço.
Abro os olhos: no azul está o decalque de todos esses deuses que nos olham na noite, e que me contemplam no dia. Perante o dourar do sol que se deita estendo o braço e, com o indicador, desenho cada estrela, cada grupo de estrelas, deixando-os ali - naquele céu azul. As nuvens tentam apagar os pontos de luz adorada mas sei que nunca conseguirão: estão ali para mim, para sempre.
Fecho os olhos e vejo somente a noite escura: transferência completa, passei todas sem esquecer para o mundo e vida real, e azul real, e céu real. Abro os olhos e estão lá, à medida que o dourado se esconde no mar e engole o azul forte e carregado, e surgindo o mais escuro mais escuro até o escuro ser negro. Mudou o lençol mas o motivo é o mesmo: os pontinhos brancos, unidos, a escrever o importante e eterno.
Já lá está.
Ficará, faço isso amanhã! Agora aproveito somente a solidão silenciosa para ver mais um por do sol da minha vida.
Ouro.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
(imagem: Constelação de Escorpião - Portal do Astrónomo)
Deito-me na solidão a imaginar no tecto a imagem do céu azul: deitado na praia e ver a imensidão, qual mar aéreo que enche e preenche o campo visual.
Fecho os olhos do céu azul e desenho as estrelas e planetas e constelações presentes na memória e que ocupam aquele específico local no espaço.
Abro os olhos: no azul está o decalque de todos esses deuses que nos olham na noite, e que me contemplam no dia. Perante o dourar do sol que se deita estendo o braço e, com o indicador, desenho cada estrela, cada grupo de estrelas, deixando-os ali - naquele céu azul. As nuvens tentam apagar os pontos de luz adorada mas sei que nunca conseguirão: estão ali para mim, para sempre.
Fecho os olhos e vejo somente a noite escura: transferência completa, passei todas sem esquecer para o mundo e vida real, e azul real, e céu real. Abro os olhos e estão lá, à medida que o dourado se esconde no mar e engole o azul forte e carregado, e surgindo o mais escuro mais escuro até o escuro ser negro. Mudou o lençol mas o motivo é o mesmo: os pontinhos brancos, unidos, a escrever o importante e eterno.
Já lá está.
Ficará, faço isso amanhã! Agora aproveito somente a solidão silenciosa para ver mais um por do sol da minha vida.
Ouro.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Noite longa noite
(Excertos musicais: Luke, Zoe - La Tête en Arrière)
A espera:
O dia não passa. Olha para o relógio a cada minuto, a cada segundo, desejando o tempo passar para poder ir ao encontro - o encontro! - sem saber como agir ou reagir. Pensa sempre neste ou noutro encontro, sempre que se entusiasma, se apaixona, se sente tocado por alguém especial.
Volta ao relógio e enerva-se: o tempo simplesmente iniciou uma luta desigual contra a sua vontade e necessidade de a ver, ali, pele suave e voz suave e cabelo suave e cheiro suave e olhos lindos castanhos avelã chocolate paixão.
Suspira, respira, suspira.
"ne te blesse que d'air pur
couvre-toi d'étincelles
zoe,
trace donc le trait qui rassure
et que ta ligne soit belle
zoe,"
A dúvida:
E ela, o que sentirá? O mesmo? Nunca antes lhe tocou, pelo menos naquele que é o contacto entre as duas peles. Fê-la sorrir, faz frequentemente, mas será isso o óbvio suficiente para que ela repare no seu fascinio?, para que repare nele em si, como homem, passível de ser o seu homem, carne da sua carne, só um?
Porquê tantas duvidas, porque as pessoas escondem sentimentos? Porque não há transparência nos relacionamentos, sejam eles quais forem?... bem, ele também não é propriamente transparente e... terá ela já reparado que ele a sente de forma especial? Terá ela já percebido que aquele encontro é uma tentativa irremediavel de a ver, de a ter do lado, porque é uma forma egoísta de ter prazer e de sofrer porque não lhe canta as emoções em turbilhão que lhe bombam o coração?
"tes amours
sont des légendes
que désapprouve
ton ange
ton ange"
A espera II:
Agora o tempo passa. Agora ainda à bocado eram menos 2 minutos. Está quase, só faltam duas horas... devo chegar cedo?, tarde?, ficar a observar ao longe se ela vem ou não, quando ela vem para chegarmos ao mesmo tempo? As horas as horas...
"n'étreins qu'en morsures
les seigneurs de la guerre
zoe,
fait suinter leur armure
qu'ils y voient de l'univers
zoe"
In situ:
Chegou. E sentou-se. Viu-a ao longe a vir, jeito esguio, andar elegante. Não mostrou que a tinha visto mas o coração deu um toque quando ela viu que ele lá estava e começou a sorrir. Desfez-se, fez notar que a vira já, como que iluminado pelo sorriso que é agora aquele farol na noite de nevoeiro. Ela chega junto e ele levanta-se. Beijo no rosto, sentir o cheiro, olhos nos olhos, sentam-se ambos, olhos nos olhos, sorriso no sorriso.
"Então? Muito tempo à espera?"
"tes amours
sont des légendes
que désapprouve
ton ange
ton ange"
...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
(Excertos musicais: Luke, Zoe - La Tête en Arrière)
A espera:
O dia não passa. Olha para o relógio a cada minuto, a cada segundo, desejando o tempo passar para poder ir ao encontro - o encontro! - sem saber como agir ou reagir. Pensa sempre neste ou noutro encontro, sempre que se entusiasma, se apaixona, se sente tocado por alguém especial.
Volta ao relógio e enerva-se: o tempo simplesmente iniciou uma luta desigual contra a sua vontade e necessidade de a ver, ali, pele suave e voz suave e cabelo suave e cheiro suave e olhos lindos castanhos avelã chocolate paixão.
Suspira, respira, suspira.
"ne te blesse que d'air pur
couvre-toi d'étincelles
zoe,
trace donc le trait qui rassure
et que ta ligne soit belle
zoe,"
A dúvida:
E ela, o que sentirá? O mesmo? Nunca antes lhe tocou, pelo menos naquele que é o contacto entre as duas peles. Fê-la sorrir, faz frequentemente, mas será isso o óbvio suficiente para que ela repare no seu fascinio?, para que repare nele em si, como homem, passível de ser o seu homem, carne da sua carne, só um?
Porquê tantas duvidas, porque as pessoas escondem sentimentos? Porque não há transparência nos relacionamentos, sejam eles quais forem?... bem, ele também não é propriamente transparente e... terá ela já reparado que ele a sente de forma especial? Terá ela já percebido que aquele encontro é uma tentativa irremediavel de a ver, de a ter do lado, porque é uma forma egoísta de ter prazer e de sofrer porque não lhe canta as emoções em turbilhão que lhe bombam o coração?
"tes amours
sont des légendes
que désapprouve
ton ange
ton ange"
A espera II:
Agora o tempo passa. Agora ainda à bocado eram menos 2 minutos. Está quase, só faltam duas horas... devo chegar cedo?, tarde?, ficar a observar ao longe se ela vem ou não, quando ela vem para chegarmos ao mesmo tempo? As horas as horas...
"n'étreins qu'en morsures
les seigneurs de la guerre
zoe,
fait suinter leur armure
qu'ils y voient de l'univers
zoe"
In situ:
Chegou. E sentou-se. Viu-a ao longe a vir, jeito esguio, andar elegante. Não mostrou que a tinha visto mas o coração deu um toque quando ela viu que ele lá estava e começou a sorrir. Desfez-se, fez notar que a vira já, como que iluminado pelo sorriso que é agora aquele farol na noite de nevoeiro. Ela chega junto e ele levanta-se. Beijo no rosto, sentir o cheiro, olhos nos olhos, sentam-se ambos, olhos nos olhos, sorriso no sorriso.
"Então? Muito tempo à espera?"
"tes amours
sont des légendes
que désapprouve
ton ange
ton ange"
...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sexta-feira, agosto 26, 2005
quinta-feira, agosto 25, 2005
Reciprocidade
(excertos músicais: Toranja, Carta - Álbum Esquissos)
Ela:
Acordou novamente com aquele sonho e aquele homem na cabeça; aquele que já conhece à anos, que encontra raramente, mas que está sempre presente. Desde a ultima vez que se encontraram já é a segunda vez que sonha com ele - e sempre da mesma forma: aquele beijo.
Será que é mesmo assim? Nunca teve oportunidade de saber porque sempre se escondeu na sua simplicidade - não chamar à atenção, tentar ser banal e recatada, menos para quem conhece bem e com quem se sente à vontade - e porque esteve sempre à espera do seu primeiro passo. Se ele gosta dela? Se gostava? Não tem a certeza, mas havia nela um sexto sentido que lhe dizia que sim.
Algo nele era atracção mesmo se não fosse aquele homem de sonho que ela sempre idealizara. Desde a primeira vez que os olhos de ambos se encontraram que sentiu uma vibração no coração. Desde aí sempre olhou de frente nos olhos dele e sentiu sempre a correspondência, mas nunca deu parte fraca ou suavizou a forma de falar com ele, ou de agir. "Nunca fui fácil para ninguém, mas se calhar poderia ter sido mais branda com ele... porque é que ele me aparece em sonhos se nem sequer tenho como o contactar?".
"Saudade é o ar
que vou sugando e aceitando
como fruto de Verão
nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
que num dia maior serás trapézio sem rede
a pairar sobre o mundo
e tudo o que vejo..."
Ele:
Acordou novamente com aquele sonho e aquela mulher na cabeça; aquela que já conhece à anos, que encontra raramente, mas que está sempre presente. Desde a ultima vez que se encontraram já é a segunda vez que sonha com ela - e sempre da mesma forma: aquele beijo!
Será que é mesmo assim? Nunca teve oportunidade de saber porque sempre se escondeu na sua timidez - não chamar à atenção, ser calado e recatado, menos para quem conhece bem e com quem se sente à vontade - e porque nunca teve coragem de dar o primeiro passo. Se ela gosta dele? Se gostava? Não tem a certeza porque sempre teve medo da rejeição, mas havia algo na forma como olhava fundo nos seus olhos que lhe dizia que sim.
Algo nela era atracção mas de forma simples e exótica: a pele suave, a voz doce e melodiosa, a inteligência, a sua discrição, o olhar... Desde a primeira vez que os olhos de ambos se encontraram que sentiu uma vibração no coração. Desde aí sempre olhou de frente nos olhos dela e sentiu sempre a aquela chama de nunca nenhum dar parte fraca e afastar primeiro o olhar. "...se calhar deveria ter posto o meu medo de rejeição de lado e ter tentado... porque é que ela me aparece em sonhos se nem sequer tenho como a contactar?".
"É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é feita de papel
Nela te pinto nua
numa chama minha e tua."
Comum:
O beijo!
O primeiro tímido e casual, aquele leve encosto em que ambos pensam que o outro dá a face e acorrem gentil e suavemente com os lábios para mostrar aquela ternura e aproximação de amigo, de quem se gosta e respeita. Porém ambos pensam o mesmo ao mesmo tempo e os lábios tocam-se, levemente, e o desejo aflora ao cérebro ainda antes de receberem a imagem dos lábios unidos. Aquela fracção de segundo que os fará pensar no que o outro sentiu; aquele rubor envergonhado quando se desunem e entreolham e pedem desculpa no mesmo instante, tornando a situação mais... doce. Sorriem após as desculpas, sempre com os olhos bem internos na alma do outro. Viram costas e os amigos perguntam "o que foi aquilo?!", com um sorrir maroto de quem viu o que aconteceu, percebeu, mas que para o próprio não faz qualquer sentido...
O segundo já foi fora do casual: encontram-se casualmente num café onde estão amigos comuns, ela sorri de forma diferente para ele e ele percebe. É como a continuação, em que ela está decidida a dar o primeiro passo e ele espera que ela aja - porque interiormente, no primeiro "beijo" já tinham feito esse acordo tácito entre-olhos. Ela puxa-o pelo braço, para outro lado afastados dos amigos, e encostam novamente os lábios - agora com vontade de experimentar aquilo que esteve anos escondido. Primeiro beijando cada um o olhar, aproximando as caras, as pestanas, os narizes, os cheiros, os corpos e, por fim, ambos sorridentes e ardentes de paixão, aquela boca pela qual tanto sonharam...
"Desculpa se te fiz fogo e noite
sem pedir autorização por escrito
ao sindicato dos Deuses...
mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
como refúgio dos meus sentidos
pedaço de silêncios perdidos
que voltei a encontrar em ti..."
Afinal tudo não passou de um sonho... ou mais do que um sonho...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
(excertos músicais: Toranja, Carta - Álbum Esquissos)
Ela:
Acordou novamente com aquele sonho e aquele homem na cabeça; aquele que já conhece à anos, que encontra raramente, mas que está sempre presente. Desde a ultima vez que se encontraram já é a segunda vez que sonha com ele - e sempre da mesma forma: aquele beijo.
Será que é mesmo assim? Nunca teve oportunidade de saber porque sempre se escondeu na sua simplicidade - não chamar à atenção, tentar ser banal e recatada, menos para quem conhece bem e com quem se sente à vontade - e porque esteve sempre à espera do seu primeiro passo. Se ele gosta dela? Se gostava? Não tem a certeza, mas havia nela um sexto sentido que lhe dizia que sim.
Algo nele era atracção mesmo se não fosse aquele homem de sonho que ela sempre idealizara. Desde a primeira vez que os olhos de ambos se encontraram que sentiu uma vibração no coração. Desde aí sempre olhou de frente nos olhos dele e sentiu sempre a correspondência, mas nunca deu parte fraca ou suavizou a forma de falar com ele, ou de agir. "Nunca fui fácil para ninguém, mas se calhar poderia ter sido mais branda com ele... porque é que ele me aparece em sonhos se nem sequer tenho como o contactar?".
"Saudade é o ar
que vou sugando e aceitando
como fruto de Verão
nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
que num dia maior serás trapézio sem rede
a pairar sobre o mundo
e tudo o que vejo..."
Ele:
Acordou novamente com aquele sonho e aquela mulher na cabeça; aquela que já conhece à anos, que encontra raramente, mas que está sempre presente. Desde a ultima vez que se encontraram já é a segunda vez que sonha com ela - e sempre da mesma forma: aquele beijo!
Será que é mesmo assim? Nunca teve oportunidade de saber porque sempre se escondeu na sua timidez - não chamar à atenção, ser calado e recatado, menos para quem conhece bem e com quem se sente à vontade - e porque nunca teve coragem de dar o primeiro passo. Se ela gosta dele? Se gostava? Não tem a certeza porque sempre teve medo da rejeição, mas havia algo na forma como olhava fundo nos seus olhos que lhe dizia que sim.
Algo nela era atracção mas de forma simples e exótica: a pele suave, a voz doce e melodiosa, a inteligência, a sua discrição, o olhar... Desde a primeira vez que os olhos de ambos se encontraram que sentiu uma vibração no coração. Desde aí sempre olhou de frente nos olhos dela e sentiu sempre a aquela chama de nunca nenhum dar parte fraca e afastar primeiro o olhar. "...se calhar deveria ter posto o meu medo de rejeição de lado e ter tentado... porque é que ela me aparece em sonhos se nem sequer tenho como a contactar?".
"É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é feita de papel
Nela te pinto nua
numa chama minha e tua."
Comum:
O beijo!
O primeiro tímido e casual, aquele leve encosto em que ambos pensam que o outro dá a face e acorrem gentil e suavemente com os lábios para mostrar aquela ternura e aproximação de amigo, de quem se gosta e respeita. Porém ambos pensam o mesmo ao mesmo tempo e os lábios tocam-se, levemente, e o desejo aflora ao cérebro ainda antes de receberem a imagem dos lábios unidos. Aquela fracção de segundo que os fará pensar no que o outro sentiu; aquele rubor envergonhado quando se desunem e entreolham e pedem desculpa no mesmo instante, tornando a situação mais... doce. Sorriem após as desculpas, sempre com os olhos bem internos na alma do outro. Viram costas e os amigos perguntam "o que foi aquilo?!", com um sorrir maroto de quem viu o que aconteceu, percebeu, mas que para o próprio não faz qualquer sentido...
O segundo já foi fora do casual: encontram-se casualmente num café onde estão amigos comuns, ela sorri de forma diferente para ele e ele percebe. É como a continuação, em que ela está decidida a dar o primeiro passo e ele espera que ela aja - porque interiormente, no primeiro "beijo" já tinham feito esse acordo tácito entre-olhos. Ela puxa-o pelo braço, para outro lado afastados dos amigos, e encostam novamente os lábios - agora com vontade de experimentar aquilo que esteve anos escondido. Primeiro beijando cada um o olhar, aproximando as caras, as pestanas, os narizes, os cheiros, os corpos e, por fim, ambos sorridentes e ardentes de paixão, aquela boca pela qual tanto sonharam...
"Desculpa se te fiz fogo e noite
sem pedir autorização por escrito
ao sindicato dos Deuses...
mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
como refúgio dos meus sentidos
pedaço de silêncios perdidos
que voltei a encontrar em ti..."
Afinal tudo não passou de um sonho... ou mais do que um sonho...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Memória curta(foto: Jornal Público, Steven Governo/AP)
Portugal teve um ano para esquecer: começando pela seca logo detectada em Dezembro e chegando a meio do verão já com centenas de milhares de hectares de floresta ardida. É facil e rápido colocar as culpas nos mais visados: o primeiro ministro, cujas férias não foi capaz de interromper por causa dos incêndios, o ministro da Administração Interna porque não soube planear a prevenção e sempre disse que os meios disponíveis eram suficientes...
Estes são alguns dos casos. Concerteza nos próximos dias veremos as populações em fúria a clamar pela demissão do ministro António Costa, a chorarem os bens perdidos e amaldiçoarem os bombeiros, presidentes de Câmara, governo, Deus e o Mundo. Porém há factores que acho importantes destacar, até porque onde vivo há, no espaço de 7 a 10 anos, um incêndio florestal que chega às portas de um bairro citadino.
E o mais importante: cooperação e informação. Já devia haver, com o numero de fogos que há todos os anos, uma cadeia de comando pré-estabelecida como existe em caso militar. Assim seria fácil e rápida uma resposta: cada um sabe o seu posto, sabe quem é o seu superior e a ordem e hierarquia. Isso é muito importante em qualquer tipo de organização, seja de estado, de empresas grandes, médias e pequenas. Neste mundo só sobrevivem os mais fortes e, na maioria dos casos os mais fortes são os que actuam em grupo organizado e não aqueles que têm muito boas caracteristicas mas que joga cada um para seu lado.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Portugal teve um ano para esquecer: começando pela seca logo detectada em Dezembro e chegando a meio do verão já com centenas de milhares de hectares de floresta ardida. É facil e rápido colocar as culpas nos mais visados: o primeiro ministro, cujas férias não foi capaz de interromper por causa dos incêndios, o ministro da Administração Interna porque não soube planear a prevenção e sempre disse que os meios disponíveis eram suficientes...
Estes são alguns dos casos. Concerteza nos próximos dias veremos as populações em fúria a clamar pela demissão do ministro António Costa, a chorarem os bens perdidos e amaldiçoarem os bombeiros, presidentes de Câmara, governo, Deus e o Mundo. Porém há factores que acho importantes destacar, até porque onde vivo há, no espaço de 7 a 10 anos, um incêndio florestal que chega às portas de um bairro citadino.
- Claro que o governo tem responsabilidade, porém não é só este governo mas todos os precedentes. Afinal quando eles tomaram posse em Março o plano de prevenção já deveria estar activo;
- já se fala em modernização das forças armadas à pelo menos uns 10 anos, abrindo-se concurso para compra de mais aviões caça F-16, helicópteros para substituir os Puma que atingiram o limite de vida operacional, os submarinos... mas nunca se falou ou se fez um estudo para compra de meios próprios de combate aos incêndios, para além dos que já fazem parte da Protecção Civil e Serviço Nacional de Bombeiros;
- Como em tudo em Portugal, a educação cívica e a aposta na educação e formação são uma aposta secundária dos sucessivos governos. O povo não é minimamente civilizado e continua a deixar sujos matas, pinhais e florestas, bem como praias, lagos, mares. No entanto na hora de criticar são sempre os primeiros;
- A floresta nacional é, ao contrário da maioria dos países europeus, privada e dividida por inúmeros proprietários. Estes, em muitos casos, utilizam os seus terrenos para fazer negócios com a madeira mas não cuidam minimamente do seu espaço. Volta-se ao ponto da formação sempre esquecida: o maior combustivel dos fogos é o mato que cobre o terreno! Se este for muito e seco o incêndio percorre uma grande extensão em pouco tempo; se este for pouco ou ralo a progressão de chama é muito mais lenta e o seu combate mais fácil e eficaz;
E o mais importante: cooperação e informação. Já devia haver, com o numero de fogos que há todos os anos, uma cadeia de comando pré-estabelecida como existe em caso militar. Assim seria fácil e rápida uma resposta: cada um sabe o seu posto, sabe quem é o seu superior e a ordem e hierarquia. Isso é muito importante em qualquer tipo de organização, seja de estado, de empresas grandes, médias e pequenas. Neste mundo só sobrevivem os mais fortes e, na maioria dos casos os mais fortes são os que actuam em grupo organizado e não aqueles que têm muito boas caracteristicas mas que joga cada um para seu lado.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, agosto 22, 2005
Tristeza...
Ardem-me os olhos, estou com cinza agarrada ao corpo, entranhada pelos litros de água que foram empurrados pelo vento, quando saíam da mangueira, para tentar combater uma guerra desigual contra o poder do fogo.
O inferno vive aqui, na nossa porta. Não precisa ser um ano de seca, basta ser verão em qualquer ano que milhares, centenas de milhar de hectares de floresta são varridos do mapa nacional.
Hoje foi um drama: Coimbra, uma das maiores cidades do país, viu-se cercada por um incêndio que começou a uns 50Km de distância. De noite, sem meios aéreos, com os bombeiros ocupados por todo o país a combater outros tantos e graves fogos... pela calada, cobarde, filha da puta, sem qualquer respeito pelo maior bem que possuímos: a mãe natureza.
Desde Góis que viemos a acompanhar o progresso morbido, com um desvio por Penacova porque a Estrada da Beira estava cortada ao trânsito. Pelo caminho o acumular de pessoas a observarem atentamente o que dá audiências: o directo do fogo, as labaredas - afinal na realidade tem muito mais interesse que na televisão - e é isto que vende em Portugal, meus amigos. Abranda, pára, não faz pisca, ainda buzina porque lhe fizeram sinais de luz para avançar... é este o espírito de quem vê em directo um reality show, como quem vai à bola e compra pevides e tremoços.
Tirei estas fotos cerca de uma hora antes de começar os preparativos para uma longa noite. Aqui o fogo ainda estaria longe de Vale de Canas - Mata Nacional Protegida - na encosta por trás.
Galgou montes, vizinhanças e sabe-se lá mais o quê, com a força do vento quais cruzados a lutar contra mouros, e os mouros aqui fomos nós.
Resultado: parece que toda uma mancha verde à volta de Coimbra ficou barbaramente arrasada, desde Poiares, Vale de Canas, Pinhal de Marrocos, Tovim e encostas adjacentes; parece que se deslocou para sul e já estava em Santa Clara, margem esquerda do Mondego. Aqui na rua, felizmente, só ardeu um carro e lutámos desamparados sem bombeiros - não por culpa deles, um bombeiro de Brasfemes ficou a orientar-nos com uma catana, boa vontade e... a tentativa de usar uma boca de incêndio para a qual não tinha chave e que não havia mangueiras para ela...
Neste momento estou triste, desiludido, magoado, como se tivesse sido eu a arder e a crepitar junto com aquelas árvores. Na rua ainda há uns combatentes, quais médicos de urgência, que tentam a baldes apagar as ultimas brasas - que já não trarão qualquer mal - com medo de voltarem a ter um pesadelo. Pesadelo que começa a tornar-se dolorosamente sazonal, de periodos de 7 a 10 anos.
Quem sou eu e o que é a minha tristeza comparado com o manto cinzento morte, com o estrépito incomum do esgalhar e rebentar das arvores a arder, aquele gemido incaracteristico que doi profundamente na alma.
Algo em mim morreu hoje, fundo na alma, no corpo, no desejo de poder fazer muito mais e não ter como - a lampada de Aladino seria uma boa opção nesta altura...
P.S.: Vejo as florestas como um bem ecológico necessário e fundamental para o equilibrio e bem estar de toda a evolução do planeta, mas também como matéria prima para produção de energia. Se em vez de haver todos estes milhões de hectares de floresta houvessem poços de petróleo a arder, seria isso considerado terrorismo?... just a thought...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sexta-feira, agosto 19, 2005
Foto: praia de Tróia, Agosto 2005 - Paulo Aroso Campos
Gabriel O Pensador - Sorria
by Gabriel o Pensador / Itaal Shur / Tico Santa Cruz
Não coma de boca aberta,
não fale de boca cheia;
não beba de barriga vazia
não fale da vida alheia,
não julgue sem ter certeza e
não apoie os cotovelos sobre a mesa
não pare no acostamento,
não passe pela direita,
não passe embaixo de escada que dá azar
não cuspa no chão da rua,
não cuspa pro alto,
não deixe de dar descarga depois de usar
não use o nome de deus em vão
não use o nome de deus em vão
não use o nome de deus em vão, irmão
não use remédios sem orientação
SORRIA! Você tá sendo filmado
SORRIA! Você tá sendo observado
SORRIA! Você tá sendo controlado
’cê tá sendo filmado! ’cê tá sendo filmado!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Gabriel O Pensador - Sorria
by Gabriel o Pensador / Itaal Shur / Tico Santa Cruz
Não coma de boca aberta,
não fale de boca cheia;
não beba de barriga vazia
não fale da vida alheia,
não julgue sem ter certeza e
não apoie os cotovelos sobre a mesa
não pare no acostamento,
não passe pela direita,
não passe embaixo de escada que dá azar
não cuspa no chão da rua,
não cuspa pro alto,
não deixe de dar descarga depois de usar
não use o nome de deus em vão
não use o nome de deus em vão
não use o nome de deus em vão, irmão
não use remédios sem orientação
SORRIA! Você tá sendo filmado
SORRIA! Você tá sendo observado
SORRIA! Você tá sendo controlado
’cê tá sendo filmado! ’cê tá sendo filmado!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, agosto 18, 2005
(foto: Setubal, do castelo de Palmela, Paulo Aroso Campos, 2005)
Vantagem
A de se estar presente para saborear o momento;
Desvantagem
A de ser ausente mesmo que presente e desperdiçar o quotidiano.
Benvind' ao mundo real!, onde quer que este se situe...
(À toi, tu sais...)
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Vantagem
A de se estar presente para saborear o momento;
Desvantagem
A de ser ausente mesmo que presente e desperdiçar o quotidiano.
Benvind' ao mundo real!, onde quer que este se situe...
(À toi, tu sais...)
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Ísis e (ou) a deusa
O título - como chamada de texto ou apenas para impressionar - é sempre a publicidade enganosa de alguém que pretende ter sucesso com outrem.
Imaginário de quem procura o antigo fabuloso, ou de quem lê o novo e se entusiasma; apenas mais uma forma de contrastar o óbvio com o real, sobranceiro.
Todos os dias, a presença, a ausência. O espectro absoluto de coisa nenhuma...
... e alguma.
Cores várias e variadas - todas - encerram o espectáculo que se quer produtivo e proficuo.
Basta.
U2 - Love and Peace or else
Lay down
Lay down
Lay your sweet lovely on the ground
Lay your love on the track
We’re gonna break the monster’s back
Yes we are…
Lay down your treasure
Lay it down now brother
You don’t have time
For a jealous lover
As you enter this life
I pray you depart
With a wrinkled face
And a brand new heart
I don’t know if I can take it
I’m not easy on my knees
Here’s my heart you can break it
I need some release, release, release
We need
Love and peace
Love and peace
Lay down
Lay down your guns
All your daughters of Zion
All your Abraham sons
I don’t know if I can make it
I’m not easy on my knees
Here’s my heart and you can break it
I need some release, release, release
We need
Love and peace
Love and peace
Baby don’t fight
We can talk this thing through
It’s not a big problem
It’s just me and you
You can call or I’ll phone
The TV is still on
But the sound is turned down
And the troops on the ground
Are about to dig in
And I wonder where is the love?
Where is the love?
Where is the love?
Where is the love?
Love and peace
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quarta-feira, agosto 17, 2005
Estou com preguiça para escrever, sem ideias para apresentar, sem disposição para contar... enfim, espero que seja breve porque também já sinto falta!
(foto: Paulo Aroso Campos, Tróia 2005)
Vou deixar(...)
Skank
Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Estou no meu lugar
Você já sabe onde é
É, não conte o tempo por nós dois
Pois, a qualquer hora posso estar de volta
Depois que a noite terminar
Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Seguir a direção
De uma estrela qualquer
É, não quero hora pra voltar, não
Conheço bem a solidão, me solta
E deixa a sorte me buscar
Eu já estou na sua estrada
Sozinho não enxergo nada
Mas vou ficar aqui
Até que o dia amanheça
Vou me esquecer de mim
E você, se puder, não me esqueça
Vou deixar o coração bater
Na madrugada sem fim
Deixar o sol te ver
Ajoelhada por mim, sim
Não tenho hora pra voltar, não
Eu agradeço tanto a sua escolta
Mas deixa a noite terminar
Eu já estou na sua estrada
Sozinho não enxergo nada
Mas vou ficar aqui
Até que o dia amanheça
Vou me esquecer de mim
E você, se puder, não me esqueça
Não, não, não quero hora pra voltar, não
Conheço bem a solidão, me solta
E deixa a sorte me buscar
Não, não, não tenho hora pra voltar, não
Eu agradeço tanto a sua escolta
Mas deixa a noite terminar
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
terça-feira, agosto 16, 2005
Desânimo
Sentas-te na varanda iluminada pela luz amarela do candeeiro público. Na rua apenas o som do verão - silêncio entrecortado pelo som de grilos à distância, com o movimento sazonal de um ou outro veiculo - e a observação das constelações.
Aconchegas a manta nas pernas porque a leve brisa arrepia as pernas semi-nuas, calções de verão oblige, e olhas Cassiopeia, Órion, o vazio espacial. Entre as mãos a caneca de chá, mesmo quando dá vontade transcender os pensamentos com algo forte - vodka? puro? - mas que não será desta vez que cedes.
Chegas à boca a caneca continuando a fitar o vazio, pensando na linha ténue que separa a vida da morte, nos fraquissimos seres humanos.
"Estou mal com o mundo; o mundo está mal comigo..."
Um leve trejeito no canto esquerdo da boca, um leve e irónico sorriso abafado de tristeza, de quem volta amanhã a desafiar os deuses. "Vou dormir", dizes em surdina para o infinito visível e invisível.
Sais de cena...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Sentas-te na varanda iluminada pela luz amarela do candeeiro público. Na rua apenas o som do verão - silêncio entrecortado pelo som de grilos à distância, com o movimento sazonal de um ou outro veiculo - e a observação das constelações.
Aconchegas a manta nas pernas porque a leve brisa arrepia as pernas semi-nuas, calções de verão oblige, e olhas Cassiopeia, Órion, o vazio espacial. Entre as mãos a caneca de chá, mesmo quando dá vontade transcender os pensamentos com algo forte - vodka? puro? - mas que não será desta vez que cedes.
Chegas à boca a caneca continuando a fitar o vazio, pensando na linha ténue que separa a vida da morte, nos fraquissimos seres humanos.
"Estou mal com o mundo; o mundo está mal comigo..."
Um leve trejeito no canto esquerdo da boca, um leve e irónico sorriso abafado de tristeza, de quem volta amanhã a desafiar os deuses. "Vou dormir", dizes em surdina para o infinito visível e invisível.
Sais de cena...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sexta-feira, agosto 12, 2005
Religião, o teste!
Novidades?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
You scored as Satanism. Your beliefs most closely resemble those of Satanism! Before you scream, do a bit of research on it. To be a Satanist, you don't actually have to believe in Satan. Satanism generally focuses upon the spiritual advancement of the self, rather than upon submission to a deity or a set of moral codes. Do some research if you immediately think of the satanic cult stereotype. Your beliefs may also resemble those of earth-based religions such as paganism.
Which religion is the right one for you? (new version) created with QuizFarm.com |
Novidades?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sábado, agosto 06, 2005
Pausa...
(foto: Paulo Aroso Campos)
Merecida ou não, é a minha altura de partir para longe destas paragens. Aqui o ar tem estado irrespirável, à custa de incêndios, e a necessidade de buscar uns dias de tranquilidade noutras paragens urge.
Afinal recomeço o meu trabalho no Café General no dia 16 de Agosto, altura em que terminam as minhas férias semi-profissionais - mas não escolares - e esta é a ultima semana que tenho oportunidade.
Paragens?
Setúbal, Serra da Arrábida, belas praias nesse ambiente paradisiaco e espero que incólume de más surpresas - fogos, poluição - mas sempre em companhia agradável, estou certo!
Em seguida, se o parco salário o permitir, um salto para junto dos indefectiveis amigos que fazem a sua escala em Vila Nova de Milfontes.
Assim por uma semana este blog vai estar parado, só com estes ultimos posts, já madrugadores, para serem lidos.
A todos os leitores, críticos, amigos, passeantes, transeuntes, espécimes e deuses, umas boas férias (se for esse o caso) ou um bom trabalho (que também é necessário para o devido enriquecimento do país).
Até ao nosso regresso!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Ganhar...
É isso e apenas isso que interessa: ganhar. Não estou a falar de desporto mas de política. É assim que vejo a hipótese Soares para Belém. A hipotese do Partido Socialista ter um nome que rivalize com o de Cavaco Silva e que possa induzir em erro, tapando os olhos do povo, uma maioria inteligente mas insatisfeita com o sucessivo e prometido rumo do país.
Eu acho que os eleitores sabem votar. Alguns. Tirando os cerca de 20% de cada lado dos rosas e laranjas, dos 10% do Partido Comunista e dos 5% do CDS-PP - e agora pelo menos 5% já indefectiveis do BE - ainda há 40% da população que age de forma mais ou menos inteligente nas eleições. O problema é que os 20%'s dos maiores partidos conseguem arrastar, por ignorância ou por atrito, algumas pessoas que são facilmente enganáveis. Assim, com promessas de el-dorados ou com uma campanha ávida de ódio, dizendo que se aquela pessoa ganhar então tudo será pior, estará a colocar-se em casa um regime que tantos e tão bons resultados (!) tem dado.
Não será isto tudo um absurdo? Afinal o PSD não se importou de perder nas legislativas porque sabiam que, apesar da humilhação, os seus lugares/boys estão maioritáriamente garantidos nas autarquias; sabem também que dificilmente perderão as presidenciais e que terão assim mais um contra-poder contra a dilatada maioria socialista. Os socialistas responderam: temos maioria absoluta mas aqueles projectos "chave" para o país vão avançar contra quem quer que seja, mesmo que seja ministro, porque já há um "sócio" para o seu lugar (que tem outros "sócios" para as empresas publicas!). Além disso vamos perder nas autarquias mas vamos fazer uma sangria nas autárquicas, rejuvenescendo o bom e velho Soares (olhe que não! olhe que não!).
Afinal os partidos politicos não vêem além das suas necessidades: ganhar, arranjar cargos aos seus melhores "sócios" de fileira para estes poderem contribuir com donativos para as campanhas (em seu nome ou de outrém). E assim sucessivamente. O país? É apenas um mar de oportunidades! Afinal acabando a mama neste temos sempre poder (e nome e currículo) para conseguir emprego em qualquer empresa/off-shore do mundo. Talvez o Alberto João devesse olhar primeiro para os "chineses e indianos" que há nos partidos antes de criticar os legitimos - que até são bastante trabalhadores!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
É isso e apenas isso que interessa: ganhar. Não estou a falar de desporto mas de política. É assim que vejo a hipótese Soares para Belém. A hipotese do Partido Socialista ter um nome que rivalize com o de Cavaco Silva e que possa induzir em erro, tapando os olhos do povo, uma maioria inteligente mas insatisfeita com o sucessivo e prometido rumo do país.
Eu acho que os eleitores sabem votar. Alguns. Tirando os cerca de 20% de cada lado dos rosas e laranjas, dos 10% do Partido Comunista e dos 5% do CDS-PP - e agora pelo menos 5% já indefectiveis do BE - ainda há 40% da população que age de forma mais ou menos inteligente nas eleições. O problema é que os 20%'s dos maiores partidos conseguem arrastar, por ignorância ou por atrito, algumas pessoas que são facilmente enganáveis. Assim, com promessas de el-dorados ou com uma campanha ávida de ódio, dizendo que se aquela pessoa ganhar então tudo será pior, estará a colocar-se em casa um regime que tantos e tão bons resultados (!) tem dado.
Não será isto tudo um absurdo? Afinal o PSD não se importou de perder nas legislativas porque sabiam que, apesar da humilhação, os seus lugares/boys estão maioritáriamente garantidos nas autarquias; sabem também que dificilmente perderão as presidenciais e que terão assim mais um contra-poder contra a dilatada maioria socialista. Os socialistas responderam: temos maioria absoluta mas aqueles projectos "chave" para o país vão avançar contra quem quer que seja, mesmo que seja ministro, porque já há um "sócio" para o seu lugar (que tem outros "sócios" para as empresas publicas!). Além disso vamos perder nas autarquias mas vamos fazer uma sangria nas autárquicas, rejuvenescendo o bom e velho Soares (olhe que não! olhe que não!).
Afinal os partidos politicos não vêem além das suas necessidades: ganhar, arranjar cargos aos seus melhores "sócios" de fileira para estes poderem contribuir com donativos para as campanhas (em seu nome ou de outrém). E assim sucessivamente. O país? É apenas um mar de oportunidades! Afinal acabando a mama neste temos sempre poder (e nome e currículo) para conseguir emprego em qualquer empresa/off-shore do mundo. Talvez o Alberto João devesse olhar primeiro para os "chineses e indianos" que há nos partidos antes de criticar os legitimos - que até são bastante trabalhadores!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Fogos...
(foto: www.rtp.pt)
Todos os anos a mesma coisa: selectivamente os incêndios vão, ano a ano, reduzindo a mancha verde do país a um cinzento triste e a um castanho merda. O cinzento é da área ardida e o castanho da forma descontrolada, pouco inteligente, absurda - enfim, cagativa - como o português lida com o seu ambiente e bem estar.
O português é egoista. Olha apenas para o seu umbigo e bem estar. Caga nos outros. Caga nos vizinhos, sejam de moradia, de apartamento, de cidade, de distrito. O seu bem é apenas o seu bem fisico e, às vezes, o dos seus mais próximos. O bem do pulmão verde, das culturas ali próximo, do conselho são, para ele, desprezáveis. Desde que ele tenha boas estradas para ir de férias e não pagar; desde que tenha combustiveis baratos; desde que tenha casas para comprar e viver ou moradias onde investir e alugar aos menos abastados; desde que tenha supers e hipers mercados onde vai abastecer alambazadamente o seu carrinho de compras...
Falo porque sou igual, mesmo que não o demonstre; porque se não o sou serei. Falo porque vejo algumas coisas com consciência abalada e com uma gritante intolerância que me poderiam levar a cometer loucuras.
Afinal o país está a arder. Todos os dias os jornais, telejornais, fazem manchetes com isso. Desde o inicio do calor que a seca mostra que a água é um bem escasso (e que nós desaproveitamos de forma estupida - lavando o carro, regando o jardim, lavando os quintais...) e que, assim, os fogos terão combate dificil. Surgem os ayatollah's dos incêndios - alguns com interesses económicos por trás, outros apenas e só com a sua estupidez natural de fazer queimadas com estas condições - e fazem do país uma chaminé: no Litoral a água, salgada, onde a população vai a banhos; no interior o fogo, infernal e diabólico, que cada vez mais cava um fosso na interiorização e importância que sucessivos governantes dão ao seu país - tão amado em eleições!
Imagem paralela: em 1991 as tropas iraquianas queimavam os poços de petróleo no Kuwait, cobrindo o céu de fumo e iludindo os aviões da força multinacional no ataque ao Iraque. Sucessivamente a nossa floresta é alvo de queimadas, criminosas por interesse ou por estupidez. Será que o nosso "petróleo" não é a floresta, que é abusivamente queimada pelo mesmo tipo de tiranos da linhagem de Saddam Hussein (ou George W. Bush, para o qual se diminuia o numero de incendios pelo abate de árvores...)?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Férias...
Chega o Agosto e o êxodo segue o caminho para sul. Será que este ano é igual? Coimbra fica deserta de estudantes, que voltam a casa ou simplesmente procuram paragens mais prazenteiras (ou alguns trabalhos de férias onde o volume salarial é maior...), e enche-se de turistas. Espanhol, francês, inglês, brasileiro, línguas estranhas, podem-se ouvir na Universidade, na baixa de Coimbra.
Saio à noite e vou até ao novíssimo parque Verde, onde os preços não são nada convidativos, mas é o local da moda - e dos poucos abertos na Lusa Atenas - e onde se está agradavelmente à beira rio, em calma amena. Mas constato com surpresa: as caras são as mesmas de sempre, apenas mais bronzeadas, roupas mais curtas devido ao calor.
Onde estão os paladares de outras linguas, as estrangeiras? Só no nome do bar (Irish), porque os turistas devem ter vindo só de visita (curta) a uma cidade estupidamente quente e sem qualquer motivo de interesse para além das belezas históricas.
Afinal os estudantes continuam a ser a unica forma de subsistência da cidade, apesar dos preços, das propinas, das dificuldades de todos, dos part-times para uma vida mais desafogada. Continuando assim onde vai parar esta cidade? Onde está o desenvolvimento?
A jusante, a seguir o curso do rio Mondego...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Chega o Agosto e o êxodo segue o caminho para sul. Será que este ano é igual? Coimbra fica deserta de estudantes, que voltam a casa ou simplesmente procuram paragens mais prazenteiras (ou alguns trabalhos de férias onde o volume salarial é maior...), e enche-se de turistas. Espanhol, francês, inglês, brasileiro, línguas estranhas, podem-se ouvir na Universidade, na baixa de Coimbra.
Saio à noite e vou até ao novíssimo parque Verde, onde os preços não são nada convidativos, mas é o local da moda - e dos poucos abertos na Lusa Atenas - e onde se está agradavelmente à beira rio, em calma amena. Mas constato com surpresa: as caras são as mesmas de sempre, apenas mais bronzeadas, roupas mais curtas devido ao calor.
Onde estão os paladares de outras linguas, as estrangeiras? Só no nome do bar (Irish), porque os turistas devem ter vindo só de visita (curta) a uma cidade estupidamente quente e sem qualquer motivo de interesse para além das belezas históricas.
Afinal os estudantes continuam a ser a unica forma de subsistência da cidade, apesar dos preços, das propinas, das dificuldades de todos, dos part-times para uma vida mais desafogada. Continuando assim onde vai parar esta cidade? Onde está o desenvolvimento?
A jusante, a seguir o curso do rio Mondego...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Cabeças
Em conversa, à pouco tempo, com algumas pessoas amigas, constatámos o erro que é uma universidade cobrar um valor de 880 euros/ano de propinas a todos os alunos de todos os cursos. Atendendo a que a Universidade onde estudo é a de Coimbra, que tem 8 faculdades (no papel, já que a de Desporto e Educação Física, FCDEF, só tem como instalações o Estádio Universitário...), uma grande diversificação de cursos - desde os mais dispendiosos (medicina, engenharias...) aos menos (direito, muitos de letras) - e um grande e fabuloso corpo docente, com várias centenas de doutores, laureados, catedráticos, vencedores de prémios, de carreiras fabulosas, lembrei-me:
Porque é que todas estas cabecinhas maravilhosas e pensadoras não encontram uma forma de cálculo para o valor das propinas que pudesse beneficiar os bons alunos e castigar os maus - digamos no primeiro ano pagar a mínima e a partir daí usar essa fórmula para evitar os maus resultados - tendo em conta o curso que se está a tirar, o número de alunos, a utilização e qualidade do espaço a ser usado pelos alunos...
Ou será isto pedir demais porque ninguém, partindo da Reitoria, tem a honestidade de dizer que a Universidade necessita ávidamente deste dinheiro por má gestão passada, que os docentes têm mais que fazer do que trabalhar numa fórmula que os possa penalizar (e às suas investigações), e trabalharem a mais para receberem o mesmo?
Afinal o mal do país não é das novas gerações mas da forma como as velhas educam as novas.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Em conversa, à pouco tempo, com algumas pessoas amigas, constatámos o erro que é uma universidade cobrar um valor de 880 euros/ano de propinas a todos os alunos de todos os cursos. Atendendo a que a Universidade onde estudo é a de Coimbra, que tem 8 faculdades (no papel, já que a de Desporto e Educação Física, FCDEF, só tem como instalações o Estádio Universitário...), uma grande diversificação de cursos - desde os mais dispendiosos (medicina, engenharias...) aos menos (direito, muitos de letras) - e um grande e fabuloso corpo docente, com várias centenas de doutores, laureados, catedráticos, vencedores de prémios, de carreiras fabulosas, lembrei-me:
Porque é que todas estas cabecinhas maravilhosas e pensadoras não encontram uma forma de cálculo para o valor das propinas que pudesse beneficiar os bons alunos e castigar os maus - digamos no primeiro ano pagar a mínima e a partir daí usar essa fórmula para evitar os maus resultados - tendo em conta o curso que se está a tirar, o número de alunos, a utilização e qualidade do espaço a ser usado pelos alunos...
Ou será isto pedir demais porque ninguém, partindo da Reitoria, tem a honestidade de dizer que a Universidade necessita ávidamente deste dinheiro por má gestão passada, que os docentes têm mais que fazer do que trabalhar numa fórmula que os possa penalizar (e às suas investigações), e trabalharem a mais para receberem o mesmo?
Afinal o mal do país não é das novas gerações mas da forma como as velhas educam as novas.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, agosto 01, 2005
Fantasmas
Há fantasmas que gostaria que aparecessem para me fazer uma surpresa.
Penso que não me assustariam porque estaria à sua espera.
Há fantasmas que mesmo desejando que apareçam eles tardam... e nunca aparecem.
Copo Vazio - Toranja
...
Quem quer sai!
Quem quer sai!
Lá fora a dôr é maior e ninguem quer sair...
Fico no copo vazio onde me lanço,
danço em paz.
Sou como um copo vazio,
ando num resto apagado,
sou como um rasto quebrado,
um rato,
um corpo,
fechado,
parou!
Há fantasmas que aparecem quando menos se espera, mesmo que desejados à longo tempo;
esses mesmos fantasmas que causam sempre medo, sempre que aparecem.
E que causam saudades quando desaparecem.
E que relembram com um sorriso o susto (alegre) passado no futuro.
TÃO SEU - Skank
(Rosa Samuel/Chico Amaral)
Cê sabe que eu sinto a sua falta / Não posso esperar tanto tempo assim / O nosso amor é novo / É o velho amor ainda e sempre / Não diga que não vem me ver / De noite eu quero descansar / Ir ao cinema com você / Um filme à toa no Pathé / Que culpa a gente tem de ser feliz / Que culpa a gente tem, meu bem / O mundo bem diante do nariz / Feliz aqui e não além / Cê sabe que eu faço tanta coisa / Pensando no momento de te ver / A minha casa sem você é triste / E a espera arde sem me aquecer / Não diga que você não volta / Eu não vou conseguir dormir / À noite eu quero descansar / Sair à toa por aí / Que culpa a gente tem de ser feliz / Eu digo eles ou nós dois / O mundo bem diante do nariz / Feliz agora e não depois / Me sinto, só me sinto só, me sinto tão seu / Me sinto tão, me sinto só e sou teu
É com fantasmas que relembro as lembranças conjuntas.
É com aquele sabor agridoce que recordo aqueles dias e meses e anos longamente escritos no passado, no pensamento, na alma, no momento.
Na cor dos olhos, no sabor da pele...
Nos cabelos soltos ao vento, no toque de pele...
A Carta - Toranja
...
É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua...
numa chama minha e tua
Até logo.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Há fantasmas que gostaria que aparecessem para me fazer uma surpresa.
Penso que não me assustariam porque estaria à sua espera.
Há fantasmas que mesmo desejando que apareçam eles tardam... e nunca aparecem.
Copo Vazio - Toranja
...
Quem quer sai!
Quem quer sai!
Lá fora a dôr é maior e ninguem quer sair...
Fico no copo vazio onde me lanço,
danço em paz.
Sou como um copo vazio,
ando num resto apagado,
sou como um rasto quebrado,
um rato,
um corpo,
fechado,
parou!
Há fantasmas que aparecem quando menos se espera, mesmo que desejados à longo tempo;
esses mesmos fantasmas que causam sempre medo, sempre que aparecem.
E que causam saudades quando desaparecem.
E que relembram com um sorriso o susto (alegre) passado no futuro.
TÃO SEU - Skank
(Rosa Samuel/Chico Amaral)
Cê sabe que eu sinto a sua falta / Não posso esperar tanto tempo assim / O nosso amor é novo / É o velho amor ainda e sempre / Não diga que não vem me ver / De noite eu quero descansar / Ir ao cinema com você / Um filme à toa no Pathé / Que culpa a gente tem de ser feliz / Que culpa a gente tem, meu bem / O mundo bem diante do nariz / Feliz aqui e não além / Cê sabe que eu faço tanta coisa / Pensando no momento de te ver / A minha casa sem você é triste / E a espera arde sem me aquecer / Não diga que você não volta / Eu não vou conseguir dormir / À noite eu quero descansar / Sair à toa por aí / Que culpa a gente tem de ser feliz / Eu digo eles ou nós dois / O mundo bem diante do nariz / Feliz agora e não depois / Me sinto, só me sinto só, me sinto tão seu / Me sinto tão, me sinto só e sou teu
É com fantasmas que relembro as lembranças conjuntas.
É com aquele sabor agridoce que recordo aqueles dias e meses e anos longamente escritos no passado, no pensamento, na alma, no momento.
Na cor dos olhos, no sabor da pele...
Nos cabelos soltos ao vento, no toque de pele...
A Carta - Toranja
...
É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua...
numa chama minha e tua
Até logo.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Subscrever:
Mensagens (Atom)