Cabeças
Em conversa, à pouco tempo, com algumas pessoas amigas, constatámos o erro que é uma universidade cobrar um valor de 880 euros/ano de propinas a todos os alunos de todos os cursos. Atendendo a que a Universidade onde estudo é a de Coimbra, que tem 8 faculdades (no papel, já que a de Desporto e Educação Física, FCDEF, só tem como instalações o Estádio Universitário...), uma grande diversificação de cursos - desde os mais dispendiosos (medicina, engenharias...) aos menos (direito, muitos de letras) - e um grande e fabuloso corpo docente, com várias centenas de doutores, laureados, catedráticos, vencedores de prémios, de carreiras fabulosas, lembrei-me:
Porque é que todas estas cabecinhas maravilhosas e pensadoras não encontram uma forma de cálculo para o valor das propinas que pudesse beneficiar os bons alunos e castigar os maus - digamos no primeiro ano pagar a mínima e a partir daí usar essa fórmula para evitar os maus resultados - tendo em conta o curso que se está a tirar, o número de alunos, a utilização e qualidade do espaço a ser usado pelos alunos...
Ou será isto pedir demais porque ninguém, partindo da Reitoria, tem a honestidade de dizer que a Universidade necessita ávidamente deste dinheiro por má gestão passada, que os docentes têm mais que fazer do que trabalhar numa fórmula que os possa penalizar (e às suas investigações), e trabalharem a mais para receberem o mesmo?
Afinal o mal do país não é das novas gerações mas da forma como as velhas educam as novas.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
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