Pretende ser diferente do normal, por isso ser "contra natura". A ideia é desenvolver textos críticos, que possam misturar (ou não) um pouco de humor não amordaçado.
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Sabendo que o felácio é uma forma muito interessante de dar/receber prazer sexual, é uma das artes mais complicadas para homens e mulheres.
O homem é um ser simples que, sexualmente, precisa de pequenos estimulos para poder desencadear o orgasmo. Para a mulher não é assim tão simples, até porque o seu sistema reprodutor e hormonal é complicadissimo. Porém isso são pormenores biológicos para os quais não tenho qualificações.
Mas justificando: porquê a complexidade do felácio? Para o homem é óbvio que proporcionar prazer oral a uma mulher não é fácil, sendo porem mais fácil que com a penetração. Todavia revela-se uma tarefa árdua perceber e compreender os mecanismos de alerta da mulher, sendo que os mais distraidos e preguiçosos limitam-se a imitar o que viram um qualquer Rocco Sigfreddi fazer nos filmes mais ou menos convencionais de pornografia.
E para a mulher? Para muitos um felácio é sempre um felácio, e qualquer que seja é sempre bom. Na mente dos homens leitores está um aceno concondante que se vislumbra durante a escrita deste que agora lêem. Mas com isto imaginais que o felácio é a própria relação sexual ou inicia o coito. Assim sim, pensamos, um felácio é sempre um... e se não terminar? E se a menina não gostar de fazer?
Convencionou-se junto dos homens que a boa arte oral seja o famoso "deep throat". No meu entender não concordo. Principalmente por isto: se quiser uma vagina tenho uma vagina! Não preciso de segurar uma cabeça e fazer vai-vem em algo cujo ambiente de humidade é muito semelhante a uma vagina. Dito assim é cruel. Eu explico: a boca é comandada pelo seu dono, tem muitos musculos, tem a língua, poder de sucção, etc. Portanto multiplas potencialidades. Torna-se redutor para uma boca ser usada apenas como se fosse uma vagina. Pode-se misturar imaginação, sensualidade, aromas, temperaturas, competência, porque ambos os membros - emissor e receptor - podem controlar a relação oral e encaminhar para o que é mais interessante para ambos.
É nisso que todos concordamos: se se gostar de fazer é sempre muito melhor.
Há a questão dos pelos pubicos, que também são bem desconfortaveis para quem quer brilhar na árdua tarefa acima enumerada. Sendo como as ervilhas - podem-se chegar para o lado que acabamos por ficar com uma na boca - o pelo pubico pode dar uma ideia de sensualidade como de desleixo, o que não é nada agradável para quem vai exercer.
Porém este é um assunto que pode ser debatido numa outra problemática.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
domingo, dezembro 24, 2006
É dificil descrever o Natal. Muitos dão-lhe um significado religioso; outros consumista; outros politizado como lhes convém; e outros ainda não ligam peva.
Confesso que já fui mais adepto da quadra Natalicia. Mas é impossivel, ao aproximar-se o dia, não ficar sensibilizado por um sem numero de pequenas coisas que tocam e fazem sentir feliz:
- A alegria estampada no sorriso das pessoas anónimas;
- Os votos de alegria e felicidade de todos os que, mais ou menos conhecidos, fazem parte do nosso dia a dia;
- As mensagens de carinho dos amigos, familiares, conhecidos, que tanto calor dão nesta época fria;
- O calor da familia, o sentido de que nada nem ninguém poderá destruir aquela bolha protectora;
- O cheiro de pacatez que paira no ar;
- Os doces, os vinhos, as comidas, o convivio...
É isto que sinto no Natal. E engraçado: nenhum destes sentimentos é exclusivo de qualquer religião, raça, politica, marca. É nosso, apenas; de cada um.
E ninguém tem nada a ver com isso.
Sejam felizes, onde quer que estejam.
Eu sei que sou. E estou!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Suspeitas de homicídio são "infundadas"
14.12.2006 - 12h25 PUBLICO.PT
Ainda bem que clarificam! Estava a pensar que aquele aparato televisivo num tunel de Paris tinha sido no estudio ao lado do que simularam a ida à Lua e o Holocausto.
São uns marotos, estes ladrões!!! Sempre a brincar!!!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Comentário sobre um livro interessante duma senhora que trabalhava na noite
A referência que é feita ao livro de Carolina Salgado, "Eu, Carolina", é notória. Porém um comentário alargado e generalizado só me permitia fazer após leitura do livro. No entanto essa é uma leitura que não farei e por vários motivos que posso apontar.
1) Não o considero literatura, apenas um pedaço de roupa suja a tentar ser lavado em publico;
2) Pela mesma razão não tenho qualquer interesse em ler o livro do Santana Lopes;
3) Se se escrevesse um livro por cada pessoa "famosa" que se sente insegura, frustrada, com teorias de conspiração, ou injustiçada, o panorama do leitor português disparava...
4) ... Pelo contrário, o panorama literário ia pelo cano;
5) Nada tenho contra a senhora, e o gostar ou não dela é relativo. Era companheira de um presidente de um clube que é, para muitos, suspeito. O facto de revelar pormenores sórdidos ou de uma possivel ligação de Pinto da Costa a um mundo obscuro é o principal factor de tanto alarido à volta do livro;
6) Até agora vi na televisão que ela está muito arrependida porque, supostamente a mando de Pinto da Costa, contratou uns manfios para espancar um vereador da Câmara de Gondomar. O facto é que ela os procurou e lhes pagou; o arrependimento surgiu depois de ver o dito senhor todo partido na tv; a estupidez é como uma pessoa que trabalhou na noite e contrata alguém para bater em outrém ficou espantada com o estado da vítima...
7) No mesmo dia em que saiu a obra, Luis Filipe Vieira foi indiciado como arguido no caso da transferência de Mantorras...
Não vale a pena dar mais razões; não tenho interesse no livro nem em nada do que lá está escrito. Irrita-me que os telejornais estejam tempo indeterminado a falar deste assunto e deixarem noticias importantes para o fim. Enfim, causa-me pena que Carolina Salgado tenha sido manipulada para tirar o véu da sua vida e, daqui a algum (não me parece que seja muito) tempo ela fique sozinha, sem amigos e sem imprensa para a ajudar quando tiver que responder em tribunal a todas as acusações que faz no livro.
Mais uma vida perdida...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
terça-feira, dezembro 12, 2006
Actualização factual
Não tenho actualizado o blog. Preguiça. Talvez. Desde a ultima vez entramos em Dezembro; passaram-se dois feriados, 1 e 8, caiu um prédio na baixa de Coimbra, a Académica perdeu os dois jogos, 4-2 em Braga e 1-2 com o Marítimo em Coimbra.
A época de Natal adivinha-se mesmo sendo-se cego pois não há centro comercial, rua ou loja onde não se ouçam as deprimentes musicas de Natal (Santa Claus is comming, Natal de branco e outras...); sendo-se surdo também porque as ruas começam a estar iluminadas onde antes não existia; multiplica-se a luz e é quase de dia em muitos locais à custa da iluminação colocada à pressa.
Como presente de Natal o mundo livrou-se de Pinochet; para ele foi presente também porque se livrou da humilhação de responder em tribunal pelos crimes que cometeu. E para onde vai também não será muito diferente da disciplina militar que ele sempre defendeu, com uma pequena excepção: ele aplicava aos outros, ser-lhe-á aplicada a ele agora.
No Iraque continua a politica do aspirador, em selectivos ataques bomba suicidas que matam às 50 pessoas por dia. Não faltará muito para os unicos "habitantes" do Iraque serem as tropas ocidentais, os iranianos xiitas, os jordanos sunitas, os palestinianos e os curdos. Saddam ainda será o ultimo iraquiano a ser morto por enforcamento no seu proprio país... Ironias!
Estou um pouco farto do visual deste blog, devo alterar em breve. Ou talvez não...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
terça-feira, novembro 28, 2006
No outro dia, enquanto passeava pelas lojas de roupa do Dolce Vita - obviamente acompanhado pela minha cara metade feminina - ia-me divertindo (a meio do suplicio é bom encontrar uma distracção para achar aquilo divertido) com os modelitos mais horriveis que, segundo o meu gosto particular, estariam expostos no dito estabelecimento. Ao entrar naquela loja cujo nome não posso revelar (começa por um B, termina num A e no meio tem ERSHK) reparei que as meninas que lá trabalhavam anteriormente, só uma se mantinha.
Fiquei com pena. Especialmente pela da caixa, pois tinha sempre um belo decote arejado, a fazer sobressair o contorno dos seus belos, embora pequenos mas muito bem desenhados, seios.
Nisto, enquanto sentia pena por não se ver mais do que um centimetro de costas femininas, comecei a desenrolar um argumento cinematográfico que terminaria com o titulo exibido em cima.
Claro que é um titulo um tanto ou quanto grande, porém tão ou mais original que o roteiro. Senão vejamos: a acção desenrola-se num centro comercial com várias e variadas lojas, sendo filmado pelas cameras de segurança, tanto das lojas, como dos corredores do centro, como as dos vestiários, casas de banho, etc. Até onde é permitido haver segurança.
Os protagonistas (ou deverei dizer "as") são funcionárias das lojas, que podem ou não conhecer-se, e que vão passando o seu dia ora a atender clientes, ora a ser abordadas pelos olhares ou conversa deste ou daquele com mais ou menos interesse nas bugigangas das lojas, e pelos pensamentos e conversas paralelas que cruzam a cabeça de quem trabalha em tão interessante local.
Claro que não será fácil incluir no argumento todos aqueles predicados que fazem um bom filme ser bom e, quiçá, rentável, tais como sexo, crime, drama e um final feliz.
Mas ainda é uma frase embrionária, por isso...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, novembro 20, 2006
Finalmente comecei o mais recente projecto. Espero que gostem!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Quem leu o ultimo post (que está aqui por baixo, ó, e tem por titulo "hipocrisia") deve ter reparado que termino com uma frase directa: "Então que arda no inferno".
Uma vez que seria dirigida para um padre, bispo para ser mais exacto, deve estar no grau 9 na escala de blasfémias e insultos a profissionais. Afinal se eles, católicos, acreditam que é para o inferno que vão as almas penadas quando condenadas sem absolvição, praguejar dessa forma para um membro clerical será, tipo, mau.
Exercicio de memória: para outras profissões que tipo de insulto estará nesse grau 9 na escala?
Conto com a vossa imaginação, humor, e capacidade de irreverência e blasfémia! Escrevam nos comentários, enviem por mail, em graffitis, aviões de papel ou com urina nas paredes! Inventem qual a blasfémia correspondente a cada profissão.
Vou dar um exemplo:
Professor de matemática: Que nunca mais consiga fazer contas de somar em toda a sua vida, nem sequer com calculadoras de merceeiro!
Vá, experimenta e vê como é divertido!!!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Uma das coisas que acho mais fantástica na religião, como a conhecemos nos nossos dias, é a capacidade infinita de, no meio de tanta mensagem paz e amor e respeito pelo próximo, há tanta hipocrisia que por vezes é escorrida de forma quase subliminar.
Em declarações ao Diário As Beiras o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, refere que “a vida deve ser respeitada e defendida desde a concepção”, pelo que estará ao lado daqueles que dizem “não” à interrupção voluntária da gravidez."
Se não me engano, se não vemos os mesmos noticiários, lemos os mesmos jornais, diria que aqui há um equivoco, e fico a pensar se não será meu.
Assim pergunto: quem deu a ideia a este senhor que se vai referendar a vida?
O referendo é claro: é sobre se a interrupção voluntária da gravidêz deve ou não ser despenalizada. Ou seja, se as pessoas podem decidir livremente o que fazer com o seu corpo sem serem acusadas criminalmente com isso.
Estarei errado? Penso que não.
Assim proponho um exercicio de memória ao sr. Albino Cleto: se ler este blog no intervalo da pesquisa sobre pornografia que tal se fosse crime que os pais obrigassem os seus filhos a ir à missa ao domingo? Não seria a favor que isso deixasse de ser crime e que as pessoas decidissem livremente o que fazer?
Compreendo que religião e liberdade, Vaticano e democracia, padralhada e realidade não combinam muito bem, mas utilizar subterfugios para enganar as pessoas numa votação, ganhar sem anunciar às pessoas a verdade sobre um assunto... não será isso um pecado? Mortal?
Então que arda no inferno!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, novembro 16, 2006
Compreendo que, no jornal A Bola, ambos os comentadores acima citados têm uma coluna de opinião para defenderem, por assim dizer, o seu clube de eleição. Porém estranho o facto de sempre ler opiniões em que Miguel Sousa Tavares é muito faccioso mas nunca o contrário. Porém alguém que seja minimamente imparcial basta ler ambas as crónicas semanais (e nem precisa comprar o jornal pois pode ler online) e percebe que Miguel Sousa Tavares diz claramente que é do Porto mas também tem olhos de quem sabe ver futebol e sabe criticar quando é preciso, e Leonor Pinhão... bem esta além de escrever paupérrimamente mal é uma péssima defensora do seu clube. Porque além de ser uma estupida de merda que não diz coisa com coisa, é daquelas pessoas que têm os olhos tapados como os burros para não olhar para o lado.
Enfim, ela acredita naquilo que quer acreditar. Gostaria de ler a crónica dela na altura do jogo do Porto - Benfica para saber o que escreveu... cá para mim ainda arranjou forma de justificar que o Anderson se lesionou de propósito para incriminarem um dos gregos (já não me lembro qual foi).
Mas escrevo este post com um propósito: demonstrar a universal estupidez de tal alma. Na crónica desta semana ela diz que José Veiga teve uma atitude digna por se ter demitido do Benfica.
Digo que sim, aliás nada mais ele poderia fazer. Afinal ele já era accionista maioritário do Estoril e director do Benfica quando esta polémica estalou e quando houve uma acção em tribunal. De lembrar que ele era accionista maioritário do Estoril quando este clube vai jogar com o Benfica ao Algarve e desce de divisão. Ele nunca disse que era santinho, nunca ninguém o pintou de santinho, mas os benfiquitas doentes (como esta senhora) acharam que ele o era porque, na consideração deles há outros bem mais mafiosos (cuja culpa nunca foi comprovada) que nunca sofreram punição. Um criminoso nunca é absolvido porque os seus crimes, comparados com os piores crimes, não são nada. Mas se o criminoso é do Benfica então deveria ter todos os perdões do mundo - o que seria uma boa desculpa!
Espero sinceramente que se esclareça este problema do José Veiga e a bem, mas que se se provar a sua culpa que se faça justiça. Quer o arguido seja de que clube for, a justiça é para todos.
Preocupa-se Leonor Pinhão com a rábula do Gato Fedorento sobre o Pinto da Costa e, segundo ela, uma reportagem da RTP não foi deixada entrar no Dragão por causa disso. É um pouco absurda essa explicação porque qualquer animal percebe, facilmente, pelo cheiro, que as pessoas são diferentes. Pinto da Costa sempre soube ser irónico e demonstrar o seu sentido de humor mesmo quando usou em conferências de imprensa que tinha o Bobby e o Tareco a vigiar os outros, numa clara alusão ao seu boneco da Contra-Informação.
Outra que adorei foi a desculpa que a selecção nacional tinha que vir no melhor periodo do Benfica. Sim, senhora, só a semana passada é que a Federação decidiu que esta quarta feira a selecção deveria jogar com o Cazaquistão.
É por pequenas coisas como estas ( e palermices que ouvi de benfiquistas após o jogo com o Porto, que os adeptos do Benfica não deveriam pagar as cadeiras partidas no estádio porque o Porto agiu de má fé ao não dar bilhetes, quando houve um dirigente do Benfica a dizer que não fez o pedido dos bilhetes a tempo...) que adeptos de ambos os clubes são parciais e quando podem acusam o árbitro, os adeptos e os dirigentes de outros clubes, se envolvem à pancada. Mal entendidos que são provocados por pessoas mal intencionadas e que têm a facilidade de dar a sua opinião (humoristica, quanto a mim) num jornal de tiragem nacional ou decidem convocar conferências de imprensa em campanha eleitoral a bater no vizinho só porque lhes dá mais votos.
Quem merece ganhar prova-o em campo, e os derrotados são muito mais dignos por reconhecerem o mérito do adversário e por darem o tudo por tudo em campo para contráriar as vitórias dos rivais.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quarta-feira, novembro 15, 2006
Apercebi-me na 2ª feira que a pré campanha para a mais antiga associação de estudantes do pais, Associação Académica de Coimbra, tinha começado, ao ver espalhados pelo pólo universitário várias faixas com disticos das várias listas.
No dia seguinte apercebi-me qual era a lista que não seria o seguimento da actual Direcção Geral: o vento seleccionara e arrancara miraculosamente as faixas da lista "contra".
Incrivel o poder que o poder dá...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Pedro Mantorras, jogador do S.L. Benfica, lembrou-se ontem que lhe tinham feito comentários racistas no jogo com o F.C.Porto no estádio do Dragão, jogo que aconteceu à cerca de duas semanas. Para espanto de muitos não o chamaram de perneta ou velho, apenas de preto.
Acho triste que não se tenham lembrado da sua melhor caracteristica: a burrice!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, novembro 09, 2006
Depois da tempestade, a bonança. E depois das chuvas e das cheias e de registos de precipitação muito acima das previsões e da média, cursos de água cheios e a transbordar e o Alqueva com mais água para potenciais campos de golf, vieram belos dias de calor, dignos de uma bela estação de verão.
Convidem o George W. Bush a vir passar aqui as férias de Natal, talvez ele perceba que o aquecimento global é uma realidade.
(quando é que essa marionete fundamentalista e palhacita faz como o Batatinha e desaparece do panorama governativo mundial? É que os ditadores estão todos a cair...)
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Achei delicioso uma noticia que li, já não sei onde, em que esta greve da função pública de 9 e 10 de Novembro poderia "render" (poupar) ao estado cerca de 80 milhões de euros.
Não sei porquê mas no Ministério das Finanças deve-se estar a pedir à Nossa Senhora de Fátima que faça um milagre parecido com o do Prestige e leve todos os funcionários para a greve.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quarta-feira, novembro 08, 2006
terça-feira, novembro 07, 2006
Com tantas formas inovadoras de morte testadas na "nova e jovem democracia iraquiana" (George W. Bush dixit), o tribunal recorreu a uma das mais antigas: o enforcamento até à morte...
Sinceramente acho que foi a via mais fácil, condená-lo à morte, dificil seria pena suspensa!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
domingo, outubro 29, 2006
Perguntaram-me no outro dia se seria verdade que Miguel Sousa Tavares tinha plagiado uma outra obra no seu livro "Equador". Disse que seria ridiculo pois tenho por costume ler jornais online e alguns escritos e em nenhum veio qualquer referência. Hoje encontrei num blog que costumo ler um link para um outro blog em que era formulada essa acusação.
Li a acusação e alguns comentários que estão feitos à acusação. O que penso sobre o livro ou sobre o autor não interessa a não ser para mim, mas a forma como é apresentada a acusação e como o autor de "Equador" é atacado - pelas opiniões em que dá a cara, na TVI, no Expresso e n'A Bola - infamemente por um blog anónimo, unica e exclusivamente criado para fazer a acusação e achincalhar Miguel Sousa Tavares é atroz.
Lendo o texto apresentado no blog freedomtocopy.blogspot.com notam-se semelhanças entre o livro "equador" e o "cette nuit la liberté", sendo apresentadas as semelhanças da tradução inglesa. Isso ninguém coloca em causa. O que eu coloco em causa é quem faz a acusação não dar a cara. Se a acusação fosse feita pela editora do "cette nuit la liberté" ou pelos seus autores, isso seria uma resposta ao possivel plágio. Quando o livro "Equador" passou o consumo interno e é editado em várias línguas, várias partes do mundo e a acusação de plágio vem de um blog anónimo?!
É normal no jornalismo muitas noticias surgirem de fontes anónimas, e muitas vezes essas noticias não são totalmente verdadeiras mas colocam em causa algumas pessoas importantes ou célebres; também é comum haver ministros, secretários de estado, juizes, etc, que têm informações que lhes interessa divulgar e fazerem-no anonimamente para depois poderem mostrar a sua indignação perante a forma como a noticia circula.
Pelo que aprendi não se trata de plágio quando são referidas as obras em que nos baseamos, mesmo que haja semelhanças. Quando queremos citar deveremos colocar entre aspas o texto citado e referir a proveniencia desse texto. Miguel Sousa Tavares refere o livro "cette nuit la liberté" na sua bibliografia, pelo que é falado no blog...
Sinceramente se eu fosse acusado de qualquer coisa por alguém anónimo, estava-me a cagar para a acusação e para as pessoas. O anónimo deve ter alguma coisa a ganhar por fazer isto, senão não o faria, ou em vez de escrever um blog a denunciar e enviar para os jornais à espera que investigassem, enviaria directamente as suas provas para a editora do "cette nuit la liberté" e eles que formalizassem a acusação, a existir.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sábado, outubro 28, 2006
terça-feira, outubro 24, 2006
sexta-feira, outubro 20, 2006
quarta-feira, outubro 18, 2006
"Subida de 15,7 por cento no próximo ano
... lembrei-me que há certas coisas que me deixam indignado. Uma delas é a injustiça, outra é o caminho da ignorância. Mal li o titulo pensei imediatamente o que a maioria de quem leu pensou, e que foi...
OLHA-ME ESTE FILHO DA PUTA!!!
... no entanto lembrei-me que não devem ser imputados aos pais toda a educação dos seus infantes ao (parecerem) ter atingido a maturidade, pelo que li o resto da noticia à procura de uma justificação razoável que pudesse ser dada pelo (FDP) assessor de um ministro da republica, pago com os nossos impostos e com responsabilidades para com o país e o povo que o elegeu. Assim a justificação mais que óbvia - "António Castro Guerra, afirmou hoje que a culpa do aumento de 15,7 por cento no preço da electricidade em 2007 é dos consumidores, porque "este défice tem de ser pago por quem o gerou"." - leva-me ao caminho da ignorância a que foi levado este membro do staff governativo.
Ignorancia porquê? Porque os ignorantes desculpam a sua ineficácia com erros do passado que não lhes poderão ser imputados; e porque a unica empresa portuguesa que prestava serviços de electricidade amealhou um império e riqueza acumulada, e distribuida por uns quantos seleccionados pelo poder em gestão na altura; e que a cada aumento dos preços da electricidade a eléctrica portuguesa tinha lucros recorde; e porque...
Bem, utilizando a justificação como justificativa, V.Exª senhor secretário de estado compreende que não é eficaz para o estado continuar a pagar a sua incompetência. Como não podemos colocá-lo no olho da rua talvez um decréscimo de, sei lá, 15.7% no seu salário compense a falta de capacidade - em multiplos sentidos!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, outubro 12, 2006
12.10.2006 - 12h40 Reuters, PUBLICO.PT
Há um pormenor que resta saber: foi ou não foi "Home Run"?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Depois do teste nuclear, que segundo as medições ocidentais de sismos provocados por explosões não confirmarem se a magnitude é ou não maior do que a das bombas de Hiroshima, a Coreia do Norte ameaça o Japão se este mantiver a ideia de sanções unilaterais.
Dentro das ameaças estão envio de misseis com ogivas de coreanos esfomeados, livros de propaganda norte coreana, e pior que tudo, centenas de milhar de pequenas jangadas com emigrantes ilegais coreanos.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
PSD-Madeira: notícia da demissão de Jardim "é especulação"
"O vice-presidente do PSD-Madeira, Coito Pita, disse hoje..."
Coito Pita, vice presidente... está tudo explicado!!!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, outubro 09, 2006
Sou relativamente novo, 28 anos, para o comum da longevidade de um caucasiano num país desenvolvido... porém o titulo deste post é daquelas coisas que só me lembro de ouvir de pessoas com mais de 50 anos, género pais ou avós, ou amigos de pais ou avós, ou inclusivé... bem, não interessa!
Mas deu-me na telha (também gosto de veneta ou real gana, sem saber muito bem o que quer dizer) de usar essa frase para espelhar uma realidade. Internet.
E podia, tal como no post anterior, ficar por aqui e continuar com o festival nonsense dando a ideia - talvez correcta - que este vosso estava completamente pirulas! Também.
Ainda me lembro de tv a preto e branco, ao correio demorar quase uma semana para cidades vizinhas, a chamadas telefonicas cruzadas, queda de linha, viagens de 14 horas para o Algarve. Neste momento comunica-se com o outro lado do oceano em segundos, em salas de chat, voip, messenger. Pode-se inclusivé ver a outra pessoa em tempo real numa webcam, ouvir a voz dessa pessoa. Pode-se ler um jornal americano, francês, japonês ou tailandês e saber o que lá se passa, saber como está o tempo noutra parte do mundo ou ver cidades via satélite, com pormenor suficiente para se distinguirem pessoas!...
Claro que tudo isto foi ainda mais estupidamente e absurdamente e hiper mega super cenas (a malta tem que se manter actualizada, mesmo que não assista a esse fenómeno Floribela)... perdi-me... ah! Para os nossos pais e avós isto ainda parece mais absurdo porque eles mal conseguem acreditar que um e-mail para os EUA pode ser lido uns segundos mais tarde, ou que se podem saber as farmácias de serviço no outro extremo do mundo.
Já não vivi a ditadura nem a falta de liberdade ou informação. Dificilmente saberei o que é ou farei uma ideia, mas só de pensar fico com sede, e imagino como será viver sem água ou luz ou comida. A informação também alimenta, a liberdade a mesma coisa. Pode não alimentar muita coisa palpável mas, hei!, tem poucas calorias!!! (piada feminina hehe).
Não estaremos, civilização, a dar um passo maior que a perna? Não haverá informação a mais disponivel para que as crianças de hoje assimilem? Não terão que absorver um pouco de tudo e... que filtro terão? Estaremos a assistir a mais uma evolução - e mais rápida - que torne o Homem um ser mais inteligente ao absorver e assimilar mais informação em menos tempo?
Bem, são muitas duvidas. Porém pelas estatisticas talvez não tenhamos de nos preocupar. Afinal a continuar por este ritmo daqui a uns anos há muito menos jovens que havia à 10 anos atrás... É que perdemos muito tempo do dia a assimilar informação em vez de fazer aquilo que, bem, como se chama?...
Reproduzir.
(Genial aquele aparte em que coloco o nome de Floribela no post: assim qualquer pesquisa no Google e o meu blog aparecerá na dita pesquisa. Tentativas!)
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
domingo, outubro 08, 2006
segunda-feira, outubro 02, 2006
Preservo o meu momento de preguiça no acordar matinal, que se prolonga exaustivamente até perto do meio dia. Respiro, inspiro, viro, tapo e destapo, com frio e calor. O raio que me parta.
Olho-me ao espelho, ao levantar, ainda meio baço o olhar de acordar recente, olhos remelados e cansados. E preguiçosos.
Cabelo grande igual a cabelo curto. Vou cortar, já decidi. Careca, vou ser. Serei eventualmente, algo que querem adiar mas não eu porque sempre gostei assim sempre quis assim não vou deixar de pensar dessa forma só porque querem que eu deixe de pensar dessa forma. Para o raio que os parta!
Foda-se! Porquê o chove não chove das ultimas missões? Porquê o enrolar do fio no novelo cinzento escuro cor de rato, de sujo nojento?
Podias ter ligado, podias ter telefonado, podias ter mostrado o desprezo.
Ou podias ter morrido [ou podias ter morrido] sem que ninguém soubesse... nem mesmo a sombra de Deus [nem mesmo a sombra do deus], como se zelasse, como se importasse, como se estivesse de vela na mão, acesa, à espera que a cera queime. E fure; e crie uma vela na carne humana e ilumine a vela com o rastilho humano.
Vermelho. É paralelo sangue sem o ser. É o amanhecer de um novo dia, de um novo sol. Daquela fotografia remanescente, talvez virtual, que ficou na minha memória [naquela memória, cartão de memória], aquela que não desaparece. Como uma doença.
Do catano. Num sorriso.
Desaparecido. Nunca mais visto.
Com um adeus, como num adeus.
Paralelo.
32.
[Tenho formigas que percorrem o meu corpo, sinto-as pelas cócegas e pelas picadas. Tenho uma musica que me acompanha em momentos nonsense, zen ou chill out - ou de loucura pura e sã, talvez - mas que é impossivel reproduzir com letras. Pelo menos sem a ouvir. Porque tem de se ouvir! Senão não será mais que masturbação virtual, prazer sem corpo alheio sem próprio corpo...]
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
domingo, setembro 24, 2006
Desejo
Ouço a tua voz a falar-me, calmamente, da tua recente má experiência com os amores. Como foges do sexo oposto como o demónio da cruz, como fazes isso para não te magoares num novo relacionamento que poderá causar-te dor; vamos tirando a roupa enquanto explicas calmamente, de vez em quando trocando olhares cúmplices, contemplando aos poucos as poucas peças de roupa que caem no chão e os centímetros de pele agora descoberta.
O pescoço, o abrir da camisa a destapar o soutien e esses magníficos seios escondidos por detrás desse adereço deitado à fogueira na revolução feminina. A pele a brilhar, do sol ou só do olhar que nela coloco, a brilhar de desejo de ser beijada, tocada. Um arrepio percorre a minha pele agora também descoberta, peito descoberto e penugem eriçada. Chego às minhas calças, olho para ela que mordisca o lábio com curiosidade em saber o que vai ver, o que quer ver, o que pretende tocar e beijar e deixar grande e pulsante e desejoso de vontade de a ter. Ela antecipa-se e pergunta-me o que deve fazer se ele não lhe sai da cabeça e se ele quer estar com ela mas ela tem medo de entrar num relacionamento que a magoe, outra vez. E que seja possessivo, outra vez. E que ela tente definhar até poder desaparecer fisicamente.
Digo que se ela quer estar com ele devia procurar, devia arriscar e não esquecer de ligar; digo que mesmo por maravilhosa e bela e que corpo perfeito que tem não impede de demonstrar os seus sentimentos e alguma fraqueza e arriscar em estar com alguém que gosta. Nem que seja para conversar, rir, conhecer amigos de amigos. Ela sorri, chama-me de cachorro e faz um gesto subtil com as sobrancelhas, como que mostrando que me corta os argumentos. Despe-se, de uma só vez, abandonando por completo as roupas, desapertando de uma vez os botões da saia e descendo as cuecas minúsculas de fio dental para o chão.
O meu corpo responde, ainda por cima dos boxers, mostrando o meu sexo para fora da pequena abertura daquele confortável adereço de roupa interior. Ela, de mãos nas coxas, olha para mim a mordiscar o lábio inferior, como já tinha feito antes, e que me deixa pulsante e louco de desejo de lhe tocar. Mas as regras não são essas e retiro o que falta da minha roupa.
“Quero chupar-te, quero percorrer a minha língua pelo teu pau, cheirá-lo, senti-lo, saborea-lo, sugar as tuas bolas”. Respondo que, neste momento, não tenho muito sangue na cabeça pelo que, e como é demonstrado fisicamente pela afluência sanguínea, não conseguirei ser tão explicito… mas que pretendo percorrer todo o corpo daquela mulher fenomenal que me enfrenta, nua, de uma ponta a outra, com as mãos, a boca, a língua. Lamber e beijar onde depois vou entrar e onde vamos dar prazer e gemer e suspirar e trocar fluidos, emoções, carinhos, frustrações, e explodir num só, fugindo do mundo num momento de êxtase – seja ele pequeno ou grande – mas nosso momento. Aquele momento.
Antes de nos tocarmos pergunto-lhe o que ela vai fazer relativamente ao homem que não lhe sai da cabeça e pelo qual ela sofre. Ela responde que neste momento só uma coisa lhe passa pela cabeça: foder-me… o resto fica para depois.
Agrada-me a ideia e depois da descrição que ambos fizemos, depois de percorrermos e imaginarmos como o fazer, jogamos os corpos para o delírio prazeroso do conhecimento puramente físico e amoral.
Sobre as regras do jogo: simplesmente não tocar sem saber e explicar o que se quer fazer. Quase mesmo até ao limite da imaginação e da própria estimulação, tendo o objecto do desejo à frente e pronto para nós, mas como se estivesse a milhares de quilómetros de distância.
Dá um novo significado – virtual – ao sexo convencional.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Normal
Em toda a gente há a procura de criar tudo na normalidade, desde os filhos, as descobertas, o transito… tudo o que esteja relacionado com a vida terrena que temos. Como se a lógica fosse o normal e como se isso fosse uma evidência comum, em que se é incapaz de fugir.
E se não for assim?
Porque todas as explicações têm sempre de ser normais, reduzir-se ao mais simples e único? De vários deuses, várias explicações para um só deus, uma só explicação, para a ciência…
Essa procura, esse desejo, essa necessidade faz com que tudo o que fuja ao comum seja desde logo riscado do mapa das mentes de raciocínio mais lógico, colocando de parte qualquer sentimento, emoção – barreira – que possa ultrapassar isso.
É o que faço normalmente.
Esconder o que há de mais animal, mais reactivo e menos social que o ser humano possa ter, só para não o demonstrar, para que os outros não o vejam, para que não se torne uma fraqueza. É uma estratégia, todos as temos para disfarçar a anormalidade una. Mas o que torna esta mais normal que as outras?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sexta-feira, setembro 22, 2006
Há um pormenor, ou caracteristica, como preferirem chamar, nos palestinianos que eu acho graça - ou piada, se assim preferirem - que é o seu acentuado sentido de humor, com laivos irónicos. Curiosidade que se estende à maioria dos países árabes do médio oriente. Se nesses até que se compreende, em parte, esta posição, pois têm reservas de petróleo muito importantes, logo poder, nos palestinianos isso não acontece e torna-se hilariante - talvez estupido para alguns - que eles insistam nesse ponto.
A que me refiro? A (não) existência do estado de Israel, ao (não) reconhecimento do estado vizinho. Por um lado facilita bastante as coisas porque em Gaza e Hebron palestinianos são mortos por entidades que não existem mas que estão bem armadas e que os vigiam por todo o lado - o que explicará o porquê destes serem tão religiosos.
Quando um estado eleito democráticamente em eleições ditas, pela comunidade internacional, como sendo livres refere que nunca reconhecerá o vizinho nem os seus direitos, cai na imbecilidade de não ter qualquer tipo de credibilidade, não só para o vizinho que de vez em quando deixa umas bombas no jardim, nem para os demais parceiros internacionais.
Se isto não é uma demonstração de puro humor britânico, então não percebo porque o fazem!
(tal como o governo libanês permitir que uma parte do seu território não seja seu mas de uma milícia terrorista... (!)... pensando bem também temos a Região Autónoma da Madeira...)
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sábado, setembro 16, 2006
Já tive oportunidade de me debruçar sobre este programa intelectual da TVI mas não me consigo conter. Hoje, enquanto trabalhava, ia olhando para o écrã. E o que eu vi?
O mesmo de sempre: o namorado de alguém a ir a uma entrevista de emprego. Até aqui tudo normal, o que não é normal é a entrevistadora ser uma gaja bem boa, tipo stripper, de roupas justas e num sofá, bem juntinho. A páginas tantas vão para o exterior da vivenda (uma entrevista numa vivenda?!) e está lá um Porsche 911. Do que eles se lembram? Lógico: ir lavar o Porsche, em que ambos se despem.
Há coisa mais real que esta?
Há!
Da ultima vez que vi, a entrevista foi num quarto que era equipado com, pasme-se, um daqueles ferros do tecto até ao chão como nas casas de strip. Esse sim é que é um verdadeiro local de entrevistas de emprego!
Aprendam, empregadores!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, setembro 11, 2006
domingo, setembro 10, 2006
Na quinta feira que passou estava a dar uma Corrida de Touros na televisão. Não é que goste muito do espectáculo mas tenho algumas duvidas sobre todo o ritual e sobre os aficionados. Mas não é sobre isso que escrevo hoje. Em conversa com um amigo, cujo pai gosta bastante de assistir, ele revelou-me que os touros nunca tiveram companhia do sexo oposto antes de subir a arena e que, após a corrida, são tratados das feridas das farpas - não são mortos como pensava, excepto alguns cuja carne é doada para caridade - e, como não podem ser novamente lidados porque já conhecem o espectáculo e estão mais mansos, servirão como cubridores da restante manada, para nascerem touros fortes e saudaveis como o progenitor.
Voltei a olhar para a TV com outros olhos. E de cada vez que entrava um touro novo na arena, cheio de força e vitalidade, a enfrentar o cavaleiro de cabeça erguida e cheio de potência, a levar com farpas no cachaço, a correr atrás das vacas, a tentar encornar e magoar os forcados, mais me lembrava o quanto é parecido com a adolescência!
Afinal no inicio da adolescência também pouco contacto tivemos com o sexo oposto e só aí nos apercebemos o quanto é interessante; estamos possantes e cheios de força e atacamos de frente a tudo; fartamo-nos de levar com farpas e sangrar, e o pessoal por fora a aplaudir o nosso esforço inglório; tentamos marrar em quem nos faz mal mas, ao não atingir o mais forte, damos uma lição no mais fraco... que chama os amigos e nos pega de cornos.
Pelo meio andamos a correr à volta da arena atrás das vacas e todos aplaudem o esforço. E no final da lida curamos as fridas e passamos a cubridores.
Se alguém discorda da teoria está à vontade para comentar. Até agradecia a sensibilização de outras opiniões.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, setembro 07, 2006
Fala Fernando Pessoa:
(fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/fpessoa156.html )
Não quero rosas, desde que haja rosas.
Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?
Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria...
Ah, com que esmola a aquecerei?...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, setembro 04, 2006
(Letra e musica: Falamos depois, Paulo Gonzo)
"Foda-se!", murmuro entredentes ao olhar para a hora tardia do relógio. A cabeça parece explodir só com a réstia de claridade que entra janela dentro. Viro-me para o outro lado da cama - vazio - libertando uma expressão de descompressão "ufa!", como que pensando o que poderia estar junto a mim e o porquê de não me lembrar.
Ainda meio a andar de lado, com a boca seca e a língua de cortiça, arrasto-me até à casa de banho. Lá fora ouve-se a chuva, forte, e o vento a assobiar.
"Bonito!", digo eu a imaginar mentalmente o dia 12 de Setembro no calendário.
Sei que estou cansadoSaio a correr de casa depois de um banho de quase água fria, um pão mal mastigado e um café mal tomado - preciso de outro, rapidamente, penso - ao correr para a paragem do autocarro, a tentar desviar da chuva e das poças de água.
E já não quero .. Falar mais contigo
Até de manhã
Deixa-me dormir
Dá-me umas horas
Que depois eu ligo
E falamos depois
Autocarro quente, humido, cheio. Nos vidros embaciados vê-se o escorrer do orvalho humano, a respiração de todos os que acordaram atrasados, cansados, mal dispostos.
Uma criança ri-se e olho para ela ao sentir a estranheza da gargalhada. Mostra-me a lingua e sorri. Faço o mesmo só por teimosia, até porque nem a mostrar linguas gosto de perder, e retribuo o sorriso e um piscar de olho.
ha ha ha ha haA minha paragem. Que falta faz um livro para ler nos 20 minutos de viagem por entre o trânsito citadino. Terá de ser sempre tão cinzenta e rotineira a vida comum de um comum mortal?
Queres ficar aqui
À espera que eu acorde
Com pena de ti
Entro no café - "um café, se faz o favor" - e sento-me à mesa a observar a rua pela janela. Em frente, na paragem, os sonos mal dormidos e acordares mal humorados, somados ao respingar de água com o passar dos automóveis. Rotina... do senhor que sai do autocarro com o cigarro na boca e o acende mal pisa o chão; da menina bonita, vestido formal pelo joelho, vermelho a condizer com o baton, que ajeita o cabelo para tras da orelha e abre, com a outra mão, o guarda chuva; da criança com olheiras porque deve ter dormido pouco; da dona de casa inexpressiva que não escolheu a roupa nem se penteou e corre, de rosto inexpressivo, para baixo de um abrigo.
Dá-me um tempo"55 cêntimos", pago e agradeço com um sorriso, esqueci-me de pedir curto, coloco todo o açucar porque gosto do café doce, está quente, queimo sempre a língua no primeiro café da manhã, olho para o relógio, "5 minutos", pondero o pastel de nata que me faz olhinhos...
Dá-me espaço
Deixa-me ter .. um momento
de cansaço
Que é bem melhor assim
Recuso a gula, saio e misturo-me na rotina alheia, no meio de muitos desconhecidos anónimos que, num dia aparentemente diferente, escolhem abraçar uma rotina igual.
Pensa bem
Se vale apena discutir
Por uma tolice
Ou por quase nada
Ou se me preferes de cabeça fria
Logo de manhã
Quando acordar
ha ha ha ha ha
Sei que vamos rir
E até jurar
Não mais discutir
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sábado, setembro 02, 2006
quinta-feira, agosto 31, 2006
Como a Luísa não foi capaz...
Reproduzo aqui o poema "A água", de Manuel Maria Barbosa du Bocage.
Devo avisar os mais sensiveis que este poema contém
linguagem pouco própria a crianças,
grávidas, lactantes,
condutores de autocarros e espécies autoctones.
Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.
Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da raspa
tira o cheiro a bacalhau rasca
que bebe o homem, que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão.
Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho
Meus senhores aqui está a água
que rega rosas e manjericos
que lava o bidé, que lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber ás fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
domingo, agosto 27, 2006
A Liga Portuguesa de futebol recomeçou este fim de semana, depois da ressaca do Campeonato do Mundo na Alemanha. Estranho é que no ano em que a liga reduziu o numero de clubes em competição, é quando há mais clubes a garantir que eles é que pertencem ao primeiro escalão. Belenenses, Gil Vicente e Leixões clamam junto da opinião publica e tribunais o acesso (que eles acham merecido) a disputar a primeira liga de futebol.
Analisando bem:
- Gil Vicente safou-se da descida, ficou no penultimo lugar que garantia a permanência. Porém utilizou um jogador que estava mal inscrito, por ser amador e ter assinado um contrato de profissional. Permitiram que o campeonato terminasse porque hábilmente recorreram ao tribunal de trabalho para garantir uma providência cautelar que lhes permitisse usar o jogador. Provou-se no final que a inscrição seria inválida.
- Belenenses desceu de divisão na ultima jornada quando nada fazia prever. Como é lógico, e provando-se que o Gil Vicente utilizou um jogador indevidamente e perdendo pontos, trocaria com o Belenenses neste aspecto ficando o clube de Lisboa com acesso à 1ª Liga. Mesmo assim mantiveram-se no silêncio à espera que a decisão mais lógica surgisse;
- Leixões ficou no 3º lugar da 2ª Liga, onde só são promovidos dois clubes. A ideia é... bem, acho que não há ideia, é atirar o barro à parede e ver se cola. Com esta brincadeira, e por ironia do destino - porque o primeiro jogo da 2ª Liga era com o Gil Vicente... - os jogos destas 3 equipas foram suspensos e todos a reclamar a razão.
Da minha parte, e sem querer alongar-me mais sobre esta porcaria, mantenho a preferência clubistica, já conhecida de muitos: a Briosa! Dificilmente ganhará o campeonato e vai lutar pela manutenção até aos ultimos minutos, mas sempre que se ama sofre-se!
Não?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, agosto 17, 2006
"Voo entre Londres e Washington foi escoltado até Boston"
in Publico.pt
Depois de no inicio desta semana ter havido uma operação de segurança que impediu uma presumivel operação terrorista, hoje um avião foi escoltado por aviões de guerra por causa de um incidente a bordo. Não consigo impedir de citar a noticia do Publico por esta ser, sem sombra de duvidas, o melhor trecho humoristico que há memória em época de férias:
"Vários média norte-americanos e britânicos avançaram que a passageira em causa tinha em sua posse vaselina, uma chave de fendas, fósforos e notas escritas sobre a Al-Qaeda, mas um agente policial que seguia no mesmo voo afirma que a mulher teve apenas um ataque de pânico."
Assim ficamos a saber que certas pessoas têm que ter cuidado ao viajar de avião: terroristas, pessoas com lábios secos ou sodomitas, mecânicos e fumadores sem isqueiro. Ah, e jornalistas ou árabes também.
É a grande diferença entre um ataque de pânico e o mundo aterrorizado.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, agosto 14, 2006
(ou a ausência inconformada de um participante na blogosfera)
Durante a semana tenho visitado este douto espaço para consultar os meus links em busca de novidades. Uma leitura rápida pelos sites de jornais e esgota-se o tempo que dou a mim como disponivel para um pequeno surf pela web.
Porém no final de uma semana (9 dias para ser mais exacto) dei por mim com aquela sensação de prisão de ventre mental, frequente para quem tem ideias de merda mas que não as explana no imaculado papel higiénico virtual. Assim executei um clister mental, li umas noticias e aproveitei no dia de hoje para discorrer as minhas visceras na actualidade.
Após esta descrição acutilante aguardo com ternura que haja ainda alguma fome da parte do estimado leitor para se alimentar com o resultado que se encontra abaixo inserido.
Da minha parte, e por hoje, assumi um compromisso com o vale dos lençóis; isto já dará que pensar por umas horas e, amanhã, voltarei com - espero - mais tempo para um contacto salutar com a world wide web dos conteudos.
Je vous en prie!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Este ultimo alerta de possivel ataque terrorista apanhou-me desprevenido. E, se as informações estiverem correctas, terá também apanhado desprevenidos os vários grupos terroristas que teriam como missão explodir vários aviões comerciais.
Mas a minha "desprevenção" deve-se a um ponto muito simples... ou talvez dois:
- Quem são estes terroristas que não se vêem a cara, mas que terão sido presos preventivamente na Grã-Bretanha, Espanha e Itália?
- Onde estão os possiveis explosivos, ou os ingredientes de mistura para os fazer durante o vôo?
É que até agora vi na tv muita gente a deitar em caixotes enormes, num qualquer aeroporto americano, batons, garrafas de água e de sumo, cosméticos, embalagens de medicamentos e utensílios que são de uso comum a quem viaja e que só ao Macgyver dariam jeito para sair de uma enrascada... Ok, isso ajuda ao aumento de consumo, logo aumento do PIB, logo mais dinheiro a circular, logo mais impostos pagos, logo mais dinheiro disponivel para combater terroristas que ameaçam destruir vários aviões comerciais com produtos simples caseiros...
No entanto no Telejornal da RTP menciona-se que, somente com água oxigenada e lixivia se pode produzir um artefacto com potência suficiente para deitar um avião abaixo. A partir deste ponto dei logo razão à precaução de segurança! Afinal o que não falta é pessoal com medo de voar, logo roi as unhas e arranca o couro cabeludo, logo provoca feridas - tratadas para a água oxigenada. Durante o vôo há probabilidade de se ficar borrado de medo, logo lixivia para lavar as cuecas na casa de banho.
A mistura destes dois componentes e a recepção de uma mensagem no telemóvel e BUM!
Parabéns pela astúcia, e obrigado pelos congestionamentos nos aeroportos. Afinal o que são umas horas a mais ou o despojar de todas as fraldas, mamadeiras, produtos de higiene, beleza, meios para fugir à sede?
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Nem todos os portugueses optam pela praia nesta altura. Uns preferem a pacatez do campo, a frescura e o repouso de uma floresta!
À saída aproveitam para deixar uns sinais luminosos nocturnos, até que pela noite é mais dificil encontrar o caminho de volta...
(Enviamos tropas para o Iraque, para o Afeganistão, GNR para Timor e já nos oferecemos para cooperar na força de intervenção no Libano... para quando um reforço militar nas florestas nacionais?)
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Nesta ultima semana, segundo o ministro António Costa, houve mais ignições do que nos ultimos anos na mesma altura. Refere-se, concretamente, a incêndios provocados, seja de que forma. Admite também que a prevenção não resultou tão bem quanto pensaria.
Para mim a prevenção nunca é demais, porém penso - mas isto sou eu! - que a prevenção não tem época, é para ser mantida o máximo de tempo possivel e reforçada no periodo seguinte, tentando cobrir as falhas da anterior e aprendendo novos métodos de prevenção.
Um dos métodos que falhou foi o divino: a não convocação das entidades religiosas para rezar à sua maneira pela nossa floresta.
Entretanto as bandeiras nacionais continuam, alegremente, a ser alimentadas pelo intenso vento (que também embala as chamas)!
Não há no ar um leve aroma a lareira?!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Tendo em conta que Israel é um país de tradições, fico comovido como eles levam à letra todas as suas tradições. O exército é uma máquina, logo não descansa enquanto não cumpre o objectivo até novas ordens; a tecnocracia mantém-se e a máquina governativa - estado - mantém a semana, fim de semana no caso, inviolável, deixando para segunda feira assuntos menos importantes.
Afinal quem é que no sábado está disponivel para ratificar uma moção das Nações Unidas para um cessar fogo?
(Se em Portugal se respeita com tanto fervor a páscoa, em Israel não se poderia ficar atrás...)
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
Uma coisa que me faz alguma espécie é que países como a Turquia ou Israel entrem em competições europeias desportivas e outros, género Siria ou Jordânia, que fazem fronteira com Israel, não o façam. Penso que o problema não seja só uma questão geográfica mas também bom senso: afinal não estou a ver Israel entrar em competições desportivas no Médio Oriente e Ásia. Além disso a cruz de David ajuda no treino de muitos desportistas no Libano e Palestina, principalmente em corridas de obstáculos, maratona, triatlo, pentatlo e heptatlo e tiro ao alvo.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sexta-feira, agosto 04, 2006
Desde segunda feira que voltei à tradicional vidinha trabalhadeira, e tal - vá, pode ler-se segunda à noite, não é preciso tanto rigor... - mas ainda não compus uma singela dose de escrita explicativa dos inicialmente 4, prolongados para 5, dias de férias. É que só uma dose é pouco, e terá que ser acompanhado das ditas provas do crime - as fotos - que delimitam a fronteira entre o real, o imaginário e o humanamente possivel. Assim ficam alguns tópicos:
- Voltas de Sines;
- Praia de S. Torpes;
- Parque de caravanas de Porto Covo;
- Vaqueiro liquida;
- Frescos e Cia;
- Supermercados;
- Paisagens;
- o sempre eterno José Cid (para quando elevado à categoria de Deus?!)
- Musicas do Tom Sawyer, Cidades do Ouro, Joane e o Amendoim Saltitante e Jaimão;
- Jack Johnson;
- O monstro das bolachas;
- Tits Ahoy
- Monsaraz e Grão Vasco e Martini e Imperial e Bohémia;
- A menina do supermercado do parque da Zambujeira;
- Um biólogo, um geólogo, um quase jornalista e um quase engenheiro mecânico numa autocaravana rumo ao sul...
Haveria muito mais a apontar como tópico mas não temos tempo.
No próximo talvez!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, julho 27, 2006
Tal como todos os duros, trabalhadores com afinco, merecedores de tais incómios... e também massarros, gebos, pacóvios, palafreneiros, pategos e matarruanos deste nosso belo Portugal, ausentar-me-ei da bela cidade de Coimbra - a fantástica Lusa Atenas - para uns quantos dias de périplo pelas belas e fabulosas praias esquecidas e incólumes (ou não) do sul do país, mais concretamente no sudoeste alentejano.
Assim, e com ponto de partida na primeira, teremos, como podeis observar, belas vistas e optimas paragens em mente, agradando a gregos, troianos e outros que tais:
Zambujeira do Mar (foto retirada do Google Maps)
Odeceixe (foto retirada do Google Maps)
Aljezur (foto retirada do Google Maps)
SagresAdivinham-se excelentes dias de pausa, recolhimento, introspecção e, acima de tudo, meditação - desde a tântrica à transcendental, passando pela tremócica e, porque não, a marisca ou caracoleta.
Ficai bem, ávidos leitores do Contra Natura!
Até ao ansiado (ou não) regresso!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quinta-feira, julho 20, 2006
Telescópio: Spitzer Space Telescope (NASA).
Engraçado como encontramos coincidências onde elas não existem, só porque nos convém...
Coincidência como estas frases fazem sentido para muita gente e não têm cabimento para outras.
sábado, julho 15, 2006
Segundo uma fonte anónima da Mossad, polícia secreta de Israel, houve um erro de leitura, confundindo Bombarral com Beirute.
Fontes do governo israelita não comentam esta versão, apenas dizem que receberam uma mensagem no telemovel: "Em caso de incêndio ligue 112 ou 117 – P... *** algum texto em falta***" e acharam que seria uma reivindicação de ataque, pelo que desbloquearam todo o dispositivo de defesa.
Ao que parece a mensagem foi por engano para o Médio Oriente. Em Portugal, a mensagem "Em caso de incêndio ligue 112 ou 117 – Portugal sem fogos depende de todos" vai começar a circular nos telemoveis de possiveis incendiarios, tese que não é corroborada pelos fuzileiros portugueses anónimos que, em missão secreta, viajaram (em segredo) para o antigo Zaire.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
terça-feira, julho 11, 2006
Cristiano Ronaldo perde para Podolski o titulo de melhor jogador jovem porque, segundo o organismo máximo do futebol, ele gosta de mergulhar. A mensagem que passou não foi bem interpretada, porque o que a FIFA queria dizer ao Cristiano era, tão simplesmente, ...
... usar a cabeça!
Zinedine Zidane, eleito o melhor (cabeceador) jogador do Mundial 2006.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sábado, julho 08, 2006
(pelo menos antes dele terminar...)
Não resisto a imaginar o final perfeito para o jogo da final, uma final cínica com duas selecções cínicas. Vou descrever para que o leitor aí em casa possa perceber o quão delicioso seria este final:
Resultado a zero até ao primeiro minuto de descontos da primeira parte, em que há um suposto penalty sobre o Henry na área da Itália. Zidane converte e é a vantagem para a França.
Meio da segunda parte autogolo de Zidane, partilhado com uma falha de Barthez. Num canto o jogador francês tropeça ao tentar afastar a bola, que caminha para a baliza. Uma defesa fácil para qualquer frango, porém Barthez deixa a bola passar por baixo das pernas.
Prolongamento, minuto 119, dois minutos de compensação. A França marca numa jogada de contra ataque após dominio completo da Itália no prolongamento.
Ultimo minuto de compensação, contra ataque francês numa perda de bola no meio campo italiano e a França sela o jogo num 3-1 final.
Desculpem mas não gosto mesmo do futebol praticado pelos italianos; vão ser cínicos para a p*** que vos pariu!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
... sem vaticinios, desta vez...
Cristiano Ronaldo perde prémio de melhor jovem futebolista por "simulações"
Segundo a Fifa, uma das razões para o jogador português não ter ganho o prémio é por mergulhos e simulações de falta. Não acho mal que o Podolski tenha ganho, por outros factores apresentados (tempo jogado e eficiência), mas justificar a atribuição a outro porque o comportamento do Cristiano não é correcto é desvalorizar o jogador alemão. Também vi jogadores de outras selecções a simular faltas, também vi o Podolski a ganhar faltas sem as ter sofrido, e vi muitas entradas sobre o Cristiano (como no jogo contra a Holanda) que não foram sancionadas devidamente pelo árbitro... no entanto ficará para a história a justificação da Fifa em que o Ronaldo simula...
Por outro lado, Portugal é a equipa que proporciona melhores espectáculos . Claro que esta notícia tem apenas o valor que lhe quisermos dar, afinal é só uma votação na internet. Porém, ao visitar o site e após votar, reparei que dos mais de 200 mil votos em Portugal, apenas 8% vieram de solo luso. Pode-se especular também qual seria o resultado se fosse uma votação oficial da Fifa: sim senhor jogam bem porém simulam muitas faltas...
Será que os senhores da Fifa só viram as partes dos jogos de Portugal em que jogou o Hélder Postiga?!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quarta-feira, julho 05, 2006
A cerca de uma hora do jogo da meia final do mundial já só se pensa no jogo e na hipótese de Portugal chegar à final. Acho que isso deve ser um passo natural que, seguramente, já está enraizado na cabeça dos jogadores. Mas não na do adepto. O adepto português ainda se lembra daquela meia final do Euro 2000 em que perdemos com a França num penalty sobre uma discutivel mão do Abel Xavier. Para muitos o desejo de vingança sobrepõe-se a uma vitória tranquila... certamente a mesma ideia que tiveram holandeses e ingleses antes do jogo contra nós, lembrando-se do Euro 2004. Seja qual for o resultado hoje, que confio que vai ser uma vitória, esta selecção já fez história. Não só por igualar o resultado de 66 - não vou entrar nas teorias dos "ses" porque isso não interessa - mas porque demonstraram crença, o que é algo que tem estado afastado da mente portuguesa dos ultimos anos.
Lembro-me de ter escrito, durante o Euro 2004 e após a vitória do F.C. Porto na Liga dos Campeões, que os portugueses começaram a mostrar com orgulho a sua lingua, costumes e a deixarem de se esconder na capa de bem receber, bem falar e bem entender os estrangeiros. Somos uma nação valente, imortal, abrimos os caminhos do mundo - apesar de pequeno país - e temos as nossas valias. Temos a mania que somos abaixo dos outros, pessimismo como nunca, mas no meu entender deve-se a uma simples razão: medo. Medo de vencer, medo de ser melhor que os outros, medo de mostrar aos outros que podemos ser melhor em muitas coisas!
O espírito do futebol, tal como no Euro, deve agora alargar-se para as mentalidades. Começar a amar o país, a apoiar medidas mesmo que não sejam favoráveis, camaradagem, boa vizinhança. Protestar sempre que as coisas não estão bem, mas de forma civilizada e com respeito pelo outro - Há canais para isso! - Orgulho de ser quem somos e não olhar só para o nosso umbigo, para a nossa pequena parcela de terreno. Sozinhos não somos nada, mas juntos somos muitos. E bons.
E para esta meia final não somos só os 10 milhões residentes, somos os emigrantes espalhados pela europa, pelo mundo; somos os brasileiros que vibram pelas quinas e pelo Felipão; somos os países de lingua portuguesa que vêem em nós uma esperança e a luz de um futuro melhor, mais visivel; somos todos aqueles espanhóis, argentinos, alemães que no dia a dia convivem com portugueses espalhados pelos 4 cantos e que simpatizam com um povo simpático, acolhedor e reinadio.
Somos a língua.
E vamos à final!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
segunda-feira, julho 03, 2006
No passado dia 30 de Julho os centros comerciais Dolce Vita promoviam um dia aberto, 24 horas em contínuo, com muitos espectáculos - concerto dos Toranja, além de outros - e cinema a 2€ a sessão a partir da meia noite.
Sendo apreciador de bom cinema e não o fazendo à muito tempo porque os preços praticados são muito altos, no meu entender, aproveitei a promoção e assim poderia ver o filme "O código Da Vinci", cujo livro tinha gostado bastante. Nesse sentido fizemos a compra do bilhete à tarde e assim que saísse do trabalho poderia disfrutar de uma sessão - tardia, é certo, previsto o começo para as 3:20 da madrugada - prazenteira.
Assim, pouco passava das 2h da madrugada quando me dirigi para a entrada. Já tinha ouvido pessoas conhecidas falar que já não se entrava, porém como tinha bilhete de cinema estava com algum conforto relativamente a essa questão. Ao chegar à porta estão cerca de 30 pessoas à espera para entrar e o segurança, devidamente identificado, a dizer que a programação tinha sido cancelada - sem mencionar o motivo do cancelamento. A musica lá dentro continuava, pelo que me dirigi ao segurança dizendo que tinha bilhete para o cinema, que a minha namorada estava lá dentro com o bilhete e se poderia entrar. Ele diz-me o mesmo, que tinha sido tudo cancelado e que não haveria mais cinema. Perguntei-lhe então porque não desligavam a musica, uma vez que tinha sido cancelado. A resposta(nonsense) foi que só estavam à espera que as pessoas saíssem do edificio para desligar a musica.
Entrei em contacto com a minha namorada, informei-a do que se passava e ela tentou obter resposta junto dos cinemas. Entretanto a polícia foi chamada e entrou para falar com a administração; os ânimos à porta já estavam um pouco exaltados e o segurança presente não sabia bem como aguentar as pessoas nem tinha mais respostas. A minha namorada desce e fala com o segurança que nos cinemas estavam a continuar a programação, que nada sabiam do cancelamento e que ninguém lhes tinha dito nada. Ele insistiu e ela voltou para pedir explicações.
Entretanto aparece um individuo vestido de preto, com identificação escondida, que seria supostamente o responsável da segurança. Voltou a dizer o mesmo que o anterior tinha dito e foi muito desagradável para pessoas que o interpelaram e que, com toda a razão e com bilhetes para o cinema, queriam entrar ou, pelo menos, uma resposta oficial de algum administrador. Este cortou toda e qualquer possibilidade das pessoas apresentarem queixa ou fazerem reclamação no livro amarelo, ora dizendo que as pessoas estavam sob o efeito do alcool, ora tentando dissuadir com argumentos energumenos que a sua pequenina cabeça - dos poucos musculos que tal cavalheiro pouco deve usar - permitia.
Este saiu e interpelei novamente o outro segurança, mais educado e prestável, atendendo às circunstâncias. Perguntei então como poderiam devolver o meu dinheiro e ele disse que só no dia seguinte... perguntei como poderia provar que fiquei à porta e que não tinha faltado à sessão, ele responde que no dia seguinte será devolvido o dinheiro. Pergunto se pode chamar um responsável que me diga aquilo que ele me disse e ele diz-me que só no dia seguinte havia um responsável... a minha namorada volta e diz-lhe novamente que já há pessoas a entrar para outra sessão e que nada foi cancelado nem tinham ordens para cancelar. Ele diz que nada pode fazer e que a informação que tem é que foi tudo cancelado. Ela diz que é uma fraude e ele concorda mas que não pode fazer nada.
Volta o energumeno não identificado e, ao que parece tem uma justificação para o cancelamento. Refere que os espectáculos foram cancelados "devido a motivos que somos alheios", foi o que disse. Foi a melhor resposta que obtivemos nessa noite... Eu soltei uma gargalhada a que ele fez cara de poucos amigos, e outras pessoas insurgiram-se, dizendo que fizeram vários quilometros para chegar a tempo da sessão, ao que ele responde inteligentemente "está a ver, eu sou alheio a isso"... Fala-se em chamar os jornais, no porquê da polícia não fazer nada e tento pedir para que ele mostre identificação. Ele recebe uma chamada e dois minutos depois diz que só pode entrar quem tem bilhete de cinema. Muitas pessoas tinham bilhete para uma sessão que já tinha começado. Entrei.
A menina que estava na entrada, ao entregarmos os bilhetes, desfez-se em desculpas pois tinham recebido a informação que as sessões que ainda não tinham começado já não iriam começar. E a musica ainda a tocar, já eram 3h da manhã. Perguntamos o que podemos fazer, se nos devolvem o dinheiro, ao que ela responde que ou nos devolvem ou trocamos os bilhetes para outra sessão sem qualquer encargo, mas vai tentar saber se há sessão.
Houve sessão, entramos às 3:10 para a sala e outras pessoas que reconheci da entrada, que tinham bilhetes para outras sessões, acabaram por ver o Código Da Vinci.
Não encontro explicação para este tipo de comportamento, nem vi a té agora qualquer justificação por parte do centro comercial Dolce Vita. Nem toda a gente sabe do sucedido e quem conheço que foi ver os Toranja disse que foi muito bom, que estava muita gente e que tudo correu bem. Há aqui uma falha grave, uma fraude e um anuncio de algo brilhante que não correu bem mas que ninguém sabe; só ficou que o centro comercial Dolce Vita promoveu uma abertura 24h que correu lindamente e que todos ficaram satisfeitos. Isto é mentira!
Nesse sentido publico aqui o relato do que se passou, bem como vou escrever cartas aos jornais regionais e nacionais a expor o sucedido, bem como vou enviar também à administração do Dolce Vita. Apelo a quem ler este texto e que tenha passado pelo mesmo para também juntar a sua voz porque este tipo de acontecimento não pode voltar a acontecer.
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sábado, julho 01, 2006
domingo, junho 25, 2006
Holanda - Portugal, às 20h
Daqui a umas horas joga-se o apuramento para os quartos de final do mundial da Alemanha. É estranho que, vendo o calendário de jogos, haja uma coincidência possivel para o caminho de Portugal, caso a selecção vença a Holanda.
Passo a explicar:
- O vencedor do Holanda - Portugal jogará com o vencedor do Inglaterra - Equador;
- Imaginando que vencem Portugal e Inglaterra, o jogo dos quartos será entre estas duas selecções;
- Nas meias vamos defrontar uma destas 4 selecções: Brasil, Espanha, França ou Gana (isto porque o jogo dos quartos será entre o vencedor do Brasil - Gana e Espanha - França).
A coincidência está aqui: imaginando que derrotamos a Holanda, que jogamos com a Inglaterra nos quartos e que passamos às meias e jogamos com a Espanha? Será o inverso do Euro 2004 onde tivemos de derrotar a Espanha para ir aos quartos, derrotamos a Inglaterra para ir às meias, onde defrontamos a Holanda!
Bem, mas a possibilidade disto acontecer é um pouco remota...
De acrescentar que em 2004 no dia do jogo que se disputa hoje, estava de partida de Paris (onde estive a cumprir um periodo de Erasmus) e cheguei por volta da hora de almoço, já vendo a nossa vitória junto dos amigos e familiares. Espero que se repita hoje!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
sexta-feira, junho 23, 2006
Tais como escrever, estar com amigos, namorar, aventuras e passeios.
Praia, mar, sol e esturricar, churrascos, comezainas, devaneios!
Ah! Saudade!
Por momentos, ao receber o mail semanal com as visitas à minha página, penso: "o que move 7 a 8 pessoas, que julgo serem sempre as mesmas, a vir a este site todos os dias, vendo que não há actualizações!... nem hoje... nem ontem... nem anteontem... nem...?"
É que até está aí o Mundial, Portugal e Brasil na senda das vitórias e nos oitavos! Os exames e provas finais, trabalhos trabalhitos e trabalhecos, a saudade de um verão que se aproxima e de uma praia que tarda em chegar...
E na ideia continuam essas 7 almas diárias que me visitam... e que nem com elas cumpro na pequenissima tarefa de lhes dar um texto novo - por muito PARVO que seja (como este!).
Pois bem, este fica para a posteridade (sim, porque acho interessante colocar termos que se não fossem tão usados ninguém saberia o que são e para que servem), com um grande bem-haja (cá está um agradecimento politicamente correcto e que dá ideia de alguma importância, género presidente ou rei) a esses fiéis escudeiros (como me referindo aos cavaleiros fiéis que me seguem na batalha contra o horripilante e energumeno inimigo)!
Ah! E bebam com moderação!
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
"O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar"
Titãs - Epitáfio
É o que espero que aconteça nestes próximos dias...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt
quarta-feira, junho 14, 2006
raios e explosões,
de vários tipos.
E formas. E normas,
que se respeitam ou não.
Há dores e sabores,
há paixões e amores.
Há gostos,
que não se discutem.
Há dias que não são dias,
e outros que valem por três!
Tais como anos,
e desenganos,
que nos levam a sonhar...
e a desejar
que o tempo parasse,
e ali ficasse
sem saber para que lado andar.
E escolher!
E haver!
E poder,
porque não?
E andar e olhar e falar e desejar...
E sonhar!
Que diabo!
Porque não ter o que se quer?
Porque não sonhar o que se tenta?
Tentar o que se pretende?!
Por que não?...
Porque não!...
Paulo Aroso Campos - paulo.aroso@zmail.pt